Capítulo 03 de "5 longos dias": O lado bom das coisas ruins!

 (LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: 

Olha o Mateusobaka aqui gente!

Fiquei Agosto inteiro sem postar, estive passando por problemas pessoais, e ainda estou, mas estou melhorando. A cabeça do Baka aqui tava mal, mas aparentemente vai tudo entrar em ordem agora. É paia quase sempre nas notas falar sobre essas coisas, mas pelo menos os mantenho informados.


Esse mês de setembro eu pretendo postar uns 10 capítulos, vou encerrar logo esse spin off (fazer o dia 4 e 5) e vou atualizar as outras histórias. Queria agradecer aos leitores que mandaram uma ajuda mês passado (Agosto), Junin Cego (70 reais), John Doe (30 reais) e Samuel Rocha Souza (50 reais). Junin e John souberam que eu estava passando por problemas, mas infelizmente não tenho o contato do Samuel. Mas obrigado de coração gente, desculpem novamente por não ter trazido nada mês passado.


Meu Pix é 142.958.614-13 (Mateus Vinicius)



SINOPSE: E a onda violenta no iate então bateu, mas todos foram salvos, quase nada se perdeu.
Foi quando uma ilha de repente apareceu… Ash então gritou e as garotas começaram a gritar!!

E eles ficarão aqui, por mais um dia, e provavelmente aqui, por 5 longos dias…

Por 5 longos dias.
.
Por 5 longos dias.

Por 5 longos dias.

Por 5 longos dias.

Por 5 longos dias.





Dia 03: O lado bom das coisas ruins!

 (...)

Sem piratas, parasitas e fantasmas, a turma tomava banho de sol no habitat natural de areia da ilha tropical. 

— Eu não aguento mais ficar aqui!! — Rosa grita. 

— E eu não aguento mais você reclamar todo dia, a cada 5 minutos. — Ash retruca aconchegado na cadeira de praia perto do esqueleto. 

— Como vocês conseguem fingir que está tudo bem? — Rosa falava sentada na areia debaixo de um guarda-sol furado na parte de trás, já Misty estava em uma piscina improvisada de rochas próxima de Bea e Hilda que se bronzeavam de costas sobre tapetes feito de folhas. 

— Não estamos fingindo, é que tá tudo bem… — O Ketchum levanta a mão direita dialogando. — Estamos vivos e sobrevivendo, é o que importa. 

— O que importa?! Meus dedos estão se mexendo sozinhos querendo um celular com internet para teclar, e eu não suporto mais comer e tomar cocos e usar esse biquíni sujo, mas ainda estupidamente sexy! — Rosa parecia mais neurótica. 

— Por quê não tenta ver o lado bom das coisas? — O cabelos negros vira para a Heartfield mais velha. 

— Qual é o lado bom…? 

— Nessa ilha tropical a gente pode realizar alguns desejos que jamais achávamos que poderíamos  realizar. 

— Não tô entendendo… 

— Por exemplo, a Misty pôde sair na mão com um urso. 

Misty abre os olhos sobre uma cama d'água roxa acima da piscina. 

— Eu nunca desejei isso.

— Mas a Hilda sim. 

— Eu queria ter visto, mas Ash contando como aconteceu, já foi o suficiente. — Fala a irmã mais nova sorrindo. 

— Eu nunca quis ficar presa em uma ilha, mas amo ficar perto do mar e poder ficar em uma piscina de águas termais que eu mesmo construí. 

— Mas quê… — Rosa mostra os dentes para aquilo. — Me recuso a perguntar. 

— E você, Bea, vê algo bom em ficar presa aqui com a gente? — O rapaz com cicatrizes nas bochechas precisava do otimismo da cabelos cinzas. 

— Sempre quis ficar muito tempo longe da civilização, e também não perdi a manha no futebol, estou treinando com cocos e aquela bola de praia do naufrágio. 

— E eu — Ash remove seu calção e joga para cima. — Sempre quis ficar pelado ao ar livre. 

— AAAHHH!! MEUS OLHOS!! — Rosa tapa os dela com as mãos. — Seu estuprador miserável, guarda isso aí! 

— Jamais. Foi assim que eu vim pro mundo. — Ash selou seus olhos castanhos colocando os braços atrás da cabeça, ficando na paz. 

— 3 dias foram o suficiente para transformar ele em um selvagem. — Misty tentava não dar uma espiada, pagando de tsundere. 

— Ashinho, eu posso subir em você? 

— Ninguém vai subir em ninguém! — A irmã mais velha morga a mais nova. — Ash, coloca o calção de volta! 

— Nossa. — Bea paralisa encarando de longe, corou. 

— Está excitada, eu sei. Alguma voluntária afim? — Perguntou mantendo a mesma posição de sem-vergonha. 

— Que coisa horrorosa! — Rosa exclama corada depois de ver a Excalibur. — Misty, dá um murro nessa coisa pra ele aquietar o fogo! 

— Eu não vou encostar nisso… é contagioso…

??? — Rosa faz uma careta de idiota. 

— Nada pode abaixar isso agora. — Fala o dono do único pênis daquela ilha. 

Rosa põe as engrenagens de seu cérebro para funcionar e se lembra de algo importante. 

— Sua mãe sabe do harém e provavelmente vai te espancar de sandália. 

Ash broxou e colocou seu calção. 

— Pindarolas… e se ela me tirar da academia? — Virou pensador.

— Você ter um harém não é o fim do mundo para uma mãe… — Rosa comenta. — Só se ela for conservadora. 

— Ela é. 

— Tem algum plano se a gente sair daqui? — Misty pergunta. 

— Acho que eu posso hipnotizar minha mãe, eu só teria que pedir ao Clemont para refazer aquele pêndulo. 

— Iiuu Ash, que creepy! Você falando assim me faz ter pensamentos ainda mais ruins sobre você. 

— Como assim? 

[Imaginação da Rosa ON] 

[Imaginação da Rosa OFF] 

— É melhor você não saber. 

— Eu em. — Ele a estranha. 

— Quer saber? Eu vou ver se tem algo interessante acontecendo do outro lado da ilha. 

— No lado que a gente não olhou? E se for o lado perigoso da ilha? — Misty pede para ela pensar duas vezes.

— Aqui já fomos atacadas por tubarões saltitantes, ursos, uma pirata, um parasita cephalo e um polvo gigante com tentáculos! — A última aconteceu mais cedo. — Eu vou ver o que é que tem no outro lado da ilha! 

Rosa continuava sendo a garota mais curiosa do grupo. 

— Ânimo para outra aventura na ilha? — Ash se levanta. — Vamos nessa! 


(...) [Academia Vitoria] 

Cynthia deu as caras em sua renomada escola para organizar uma papelada das novatas e da renovação das alunas. 

— Então a filha da Juniper vai mesmo estudar aqui? — Falava consigo mesma na diretoria. 

O celular sobre a mesa começa a tocar e a loira nota que é a Delia Ketchum. 

— Deve ser sobre a renovação da matrícula. — Cynthia respira fundo. — Será que ela vai querer mudar ele de escola por causa das vagas?

Nas academias escolares normais agora tinham inscrições abertas. 

— Vou oferecer uma oferta gratuita para o Ash continuar estudando aqui, conhecendo Delia, ela não vai resistir. — A loira de preto atende o telefone. — Oi amigaaa, como você tá? — A temida diretora em seu habitat natural virou uma mulher comum. 

Delia Ketchum: Oi queridaaa, será que a gente pode conversar a sós? 

— É sobre a matrícula do Ash? Não tem problema em ele continuar estudando aqui, a maioria das garotas já estão acostumadas. 

Delia Ketchum: Eu sei muito bem disso… 

O tom da fala parecia estranho. 

Delia Ketchum: Você está na academia, não é? Posso passar aí ? 

Cynthia sorri inocente com o celular sobre o ombro, não o deixando cair usando sua bochecha enquanto checava as novas matrículas. — Claro que sim, Delia. É bom que nós duas vamos pôr o papo em dia.

Delia Ketchum: Vamos mesmo… temos muito o que conversar. 

— É… cadê o Ash? Está aí com você? 

— Alô? Oi? — Viu agora que a chamada foi desligada. 


(...) [Lado inexplorado da Ilha tropical] 

A parte de trás da ilha tem um tom mais sombrio e acinzentado, além de ossos de animais e humanos estarem espalhados pelo chão, tinha até de um tiranossauro rex. 

— Que lugar maneiro. — Estavam na praia deteriorada. 

— Maneiro? — A garota com coques de meia encara o Ketchum torta.  

— Rosa! Eu já disse que você tem que tentar ver o lado bom das coisas. Por exemplo, neste lugar miserável pode ter coisas boas. — O Ketchum profere pegando uma mochila de um cadáver ossudo e dentro dela havia um Nintendo Switch. — Viu só? 

— Humpf. — Rosa desvia o olhar do rapaz. — Isso é ridículo. 

— Mim dá? — Hilda pede o artefato videoguimìstico e o cabelos negros entrega. 

— Pode ficar, nunca gostei de Nintendo. — Uma cobra enorme com prováveis 12 metros de comprimento passa por trás dele indo para as árvores. 

— Huh? — Misty se encuca, Rosa se arrepia  e Bea se prepara para uma caçada mortal. 

A criatura retorna e se envolve no cicatrizes de raio. 

— AAAAHHHH!! — As garotas gritam, menos Hilda que jogava Mario. 

— Meninas! O que foi que eu disse? — Ash reclama com elas, mesmo envolvido pelo predador que fazia “SSSS”  com a boca quase próxima da cabeça dele. — Vamos, eu sei que vocês conseguem. 

Bea coça a cabeça, não sabia se era pra atacar a anaconda com uma pedra ou fazer outra coisa. 

— Ela é fêmea. — Misty aponta com o dedo parecendo confusa e Ash confirma com a cabeça. 

A anaconda verde com manchas pretas passa a língua na orelha e rosto do Ketchum o fazendo rir, e parece estar feliz espremendo ele. 

— Hahaììì!! Meus ossos! Calma Jade!! — Gargalhava sentindo dor com seus ossos estralando. 

— Já deu um nome pra ela? — Rosa pergunta. 

— Não, ela me contou que esse é o nome dela. Mesma coisa foi a Chirley, a crocodila. 

— Vocês realmente acham isso normal? — Rosa vira para suas amigas.

— Ele tem talento. — Misty dá os ombros e Bea parecia mais impressionada com o garoto de olhos castanhos. 

— O cara tem um harém, eu não sei porque isso é o que mais me assusta. 

— Pula Mario, pula seu italiano balofo! — A voz de Hilda parecia mais fina. 

— Jade, você é muito fofinha, mas agora eu preciso ir seguir minha aventura com minhas amigas. — Ash dizia com as mãos na cabeça da predadora, que o olhava atentamente. — Não, você não pode devorar minhas amigas, eu amo elas também. 

A cobra gigante confirma com a cabeça e sai do “abraço apertado” indo agora em destino a floresta. Um grito de pato é escutado pela turma. 

Rosa toca na areia e a vê esfarelando de sua mão, fechando-a. — Já que é tão fácil assim encontrar o lado bom das coisas, eu penso que aqui tem um tesouro que vai me deixar rica! 

— Esse é o espírito! — Ash gosta do que vê. — Mas acho melhor a gente sair da praia, tem tubarões de areia aqui e eles são machos! — Alerta e o grupo sai correndo da barbatana que se movia dentro na terra. 

(...)

— Eu achei uma bananeira! Aaaaahhh!! — Misty abraça a árvore. — Chega de cocos! 

— Achei esse transmissor de rádio, vou tentar entrar em contato com a guarda costeira. — Bea tinha em mãos um VHF. 

— Eu não acho nada! Ugh! — Rosa se invocava cavando o chão com uma pá, ao redor dela tinha vários buracos. — H-mm, meus peitos. — Rosa acaba coçando na região da parte de cima do bikini. — Usar essa porra por 3 dias seguidos não tá fazendo bem para meus mamilos. 

— Tira eles por enquanto, aproveita que o Ash não está por aqui. — Recomenda Misty. 

— Sério? Sem lesbianismo de nenhuma de vocês? — Pergunta insegura. 

… — Bea fica calada com aquela cara neutra. 

— Eu não sou lésbica! — Exclama Misty. 

— Se já participou de bacanal com aquele troglodita, você é bi! 

Longe delas, o Ketchum caminhava sozinho entre as árvores deixando de lado o “personagem do dia” que decidiu incorporar. 

“Quem eu tô enganando, estamos presos em uma ilha no meio do nada e o que mais tenho medo é de olhar para cara da minha mãe” 

“E provavelmente eu engravidei a Cynthia, e se eu nunca mais ver ela e nem o meu filho?” — Depois de remover galhos que o atrapalhavam de prosseguir, achou um riacho lindo escondido no meio de tantas árvores. 

— Esse lugar parece até mágico, tem fontes termais próximas do vulcão e até mesmo riachos. Será que a água é da boa? — Removeu o calção e pulou pelado lá dentro. 

Após emergir, fechou os olhos sorrindo, se escorando em uma enorme rocha úmida. 

— Quer saber? E se eu ficasse nessa ilha para sempre? — Falava sozinho, não notando uma índia que tomava banho ao lado dele. — Aqui não tem outros homens, eu poderia repovoar esse lugar e fazer minha própria história. 

…? — A morena suavemente iluminada pelo reflexo da água, era marcada por símbolos tribais em branco, traços rituais que contavam histórias de ancestrais e espíritos da floresta. Os cabelos longos e escuros caíam como uma cascata sobre os ombros nus, decorados por penas azuladas presas a uma faixa de couro. Seus olhos, de um verde profundo, observavam o horizonte com uma mistura de serenidade e confusão. 

— É, vou fazer isso! Provavelmente a gente nunca vai sair daqui mesmo, eu vou ser um líder responsável que vai guiar essa nova geração! — Continuava no mundo da imaginação falando sozinho com os olhos ainda permanecendo fechados, nem notou a mulher quando pulou ali. 

— Na… ha-lo?  — Parecia não acreditar no que estava diante dela. 

— Hã? — Ash finalmente a nota e já coloca sua visão para a comissão de frente à amostra da mulher possivelmente selvagem. — Quem é você??! Me diz que eu não pulei em um riacho sagrado ou algo assim. 

— Na Ha-lo? — Repetiu a frase da língua estranha, parecendo cair mais na real. 

— Bem que você podia vir com legenda. 

— Na ha-lo! (Um homem!) Va-ka... ne VA-to... LAA-raa! Na HA-lo... VÍ-ka! TI-ra... li HÁ-lo... TO na RREI-na! (Só pode ser por causa dos Deuses! Um homem bonito! Vou levar você para a rainha!) 

— Eu acho que tô conseguindo entender você agora. — Falou com olhar intrigante. — Você tem alguma roupa? Ficar vendo tudo pode me fazer perder o controle. 

— Halo turu, ko lara-sai to reina? (Homem macho, o que está querendo dizer?)

Ash aponta para as partes íntimas dela e depois para o seu “companheiro” de baixo. 

— Tira sai fatu nenu, ra rreina lara-tima eka. (Eu querer fazer bebês, mas rainha toma primeira decisão.)

— Calma aí garota, foi só uma piada.  — Notou o biquini tribal sobre a rocha úmida e pediu para que ela vestisse. 


(...)Ela trajava um conjunto adornado com padrões geométricos, tecidos artesanais que revelavam tanto sua cultura quanto sua confiança. Um colar feito de dentes pendia delicadamente sobre o colo, enquanto braceletes e adornos pendurados em seu cinto davam mais charme para a índia. 

— Essa viagem realmente tá me fazendo notar que eu deveria ter dado mais valor a Shauna e a Iris. — Mulheres morenas o deixavam um cabaço como se fosse antigamente. — Deveria ter feito elas usarem bikini. 

A nativa da ilha tropical pega sua lança escorada na árvore, dando ao Ketchum uma ótima visão ao se abaixar. 

— Qual seu nome? 

…? — Dois pontos estavam no lugar dos olhos daquela índia fofa, que não entendia bulhufas o que ele falava. 

— Seu nome. — Ash coça a cabeça pensando em como fazer um desenho para ela entender o que ele falava, mas desiste quase instantâneamente. — Meu nome é Ash Ketchum. Ash Ketchuuumm!! — Falou lento apontando para si próprio. 

! — Ela parece ter entendido. 

— Lahiri. Lahiriii!! — Fez a mesma coisa que ele repetindo suas ações.

— Então seu nome é Lahiri, mas que adorável. — Quando foi pegar o calção, a mesma estapeou a mão dele, parece que queria que ele ficasse pelado. 

— No fatu vela. Reina sai lima-sedi li to nura. (Não coloque roupas. A rainha vai gostar de ver você pelado.)

— Mas não é melhor eu — No fatu vela!! ( Não coloque roupas!!) — O ameaçou, pondo a ponta da lança perto de seu pescoço. 

— Então tá… espero que sua rainha seja uma versão de você com mais carne ainda, nível Deusa. Morrer por assédio sexual por ela deve ser melhor que com a Misty ou alguém assim.


(...) [Ao mesmo tempo com as garotas…]

— Ahhn.. ahn… ahh! 

— Rosa, quer parar com isso? Parece uma pervertida! — Misty reclama. 

— É tão bom eles livres, estava coçando tanto. — Rosa massageava os seios aliviada encostada em uma árvore. — Posso tirar a parte debaixo também? 

— NÃO! 

— Minha pepeca também precisa respirar um pouco. 

— Eu queria ter os seus peitos, mana. — Hilda a encarava com uma inveja inocente. 

— E eu sua bunda. Deus soube bem quando fez a gente.  

— Silêncio. — Bea pede futucando o transmissor de rádio. — Eu acho que tô conseguindo. 

Após barulhos irritantes do chiado, o grupo escuta o som ambiente de algum lugar. 

— Acho que agora pegou, alô? 

— Me dá isso aqui! — Rosa toma o item da mão da cabelos cinzas e já manda: SOS, Mayday, Mayday, Socorro! Estamos presas em uma ilha tropical com o maldito do Ash! Socorro! Ele quer me comer! 

— O coitado nem tá aqui pra se defender. — Misty protege ele dessa vez e Bea pega o transmissor de volta. 

— O que você acha que ele vai fazer com a gente se não conseguirmos sair daqui? Cinco dias são o suficiente para transformar um homem normal em um selvagem. 

— Guarda costeira? — Bea pergunta, ninguém ainda escutou vozes, apenas sons de teclado e de alguma máquina. 

— Aqui é Bea Hunter, estou presa em uma ilha tropical com mais 4 pessoas, localizada no triângulo das bermudas, câmbio.

… (Sem resposta)

— Eu acho que não estão ouvindo a gente. — Rosa comenta o óbvio.

— Um, dois, três, quatro indiazinhas. — Hilda conta as tribais que apareceram da floresta atrás dela. — Cinco, seis, sete indiazinhas. — Vai surgindo mais de todos os lados da mata, elas pareciam hostis e estavam armadas com lanças, arco e flecha e tinha até uma com uma colher de madeira. — Oito, nove, dez indiazinhaahh!! — Ela fecha os olhos com medo da lança tão próxima da garganta. 

— Ha-la sivra-na! (Mulheres brancas!)

Parecia que elas eram hostis apenas com as irmãs e a Misty, pois com Bea uma delas até mandou um “joinha”. 

(...)

— Eu falei que a gente não devia ir para o outro lado da ilha. — Rosa reclamava da forma mais sonsa possível e toma um chute da Misty atrás dela. 

As garotas brancas tinham braceletes e tornozeleiras de couro ligadas à uma barra de madeira, a fila era Hilda, Rosa e Misty. 

E Bea?

Bea caminhava livremente com as índias que não paravam de elogiar o cabelo dela e o visual tão diferente em relação a elas.

— Ko vela fatu, ra ko sai re-inka li to un-deva? (Você é tão bonita, por acaso você é a reencarnação de uma das Deusas?)

— Ta fatu-nari, vela turi… ta fatu-vela… (Esse cabelo, tão diferente… essa roupa…)

… — Bea não fala nada, se mantendo firme seguindo o percurso. 

— Bea, faz alguma coisa! — Pede Misty. — Fala pra elas soltarem a gente! 

 — Elas não vão. — Bea responde séria. — Não posso entrar em combate com tantas guerreiras. Vamos ter que conversar com a líder, parece que não gostam de mulheres brancas. 

— Ei! isso é racismo! —  Rosa protesta. — Racismo reverso existe! Olha aí porrraiihh!!

— Tura-na, hala sivra lara-peitu. (Calada, branca peituda.)  — Manda depois de espetar a bunda dela com um uma lança. 

O grupo chega na clareira. No centro, havia uma cadeira feita de madeira e ossos, cercada por tochas acesas. Mas a que chamou a atenção não foi ela, e sim o palerma pelado  junto da Lahiri. 

— Ash?! — As amigas dele não entendem. 

— Oi — O peladão faz Rosa e Misty gritarem, Bea só cora e continua quieta. — O que vocês fizeram para serem tratadas assim?

— Nascemos brancas! — Hilda exclama rindo. 

— Pode soltar minhas amigas? — Ash pergunta fazendo gestos de “puxar” perto da barra de madeira, Lahiri move a cabeça negativamente. 

— Ra reina lara-tima eka sa fate-na. (Apenas a rainha decidirá o destino delas.)

— E cadê ela? 

De repente, um som de chocalhos anunciou a chegada. As guerreiras abriram espaço enquanto Ash esperava ansiosamente e as meninas morriam de medo, foi então que finalmente a líder surgiu: Parecia ser uma menina pequena e magra com cabelos pretos curtos e espetados, pés descalços, pele morena e olhos azuis, com duas grandes flores vermelhas de estilo havaiano que cobrem as laterais de sua cabeça. 

— Hum?! — Decepção era perceptível no rosto do Ketchum. 

— Quem é a pirralha? É a filha da rainha? — Rosa pergunta. 

A garota usa um vestido azul de duas peças, tipo sarongue, com um sutiã sem alças com desenhos de flores brancas.  também usa uma tornozeleira vermelha na perna esquerda.

As amigas de Ash são colocadas de joelhos, a líder caminha devagar, cada passo acompanhado pelo eco das mulheres que batiam cajados no chão.

— Fique sabendo que a  “pirralha” aqui é você. — Saber que ela falava “português” deixou todo mundo chocado. A rainha parou diante da cadeira, observou as três em silêncio por um instante, e só então se sentou. — Tenho 834 anos, vadias. 

— Impossível! — Rosa grita. 

— Aqui perto tem uma fonte da juventude. — Ela tinha um sorriso sonso.

“Eu preciso achar essa fonte, com certeza deve valer uma grana alta” — Rosa pretendia sair dali de qualquer jeito. 

— Como sabe falar português? — Ash pergunta. 

— Há 300 anos, um forasteiro que falava essa língua apareceu por aqui, foi meu último marido. 

Ash desvia o olhar com ranço. — Pedófilo… 

— Eu não sou uma criança! — A rainha grita desconsertada e suas guerreiras estranham a situação. 

— Ra-sai taku to halo turu? (Devemos punir esse macho?) — Pergunta uma das índias. 

— Na-ra, tira fate-na lomu to sa. Tira-na halo-novo mari. (Não, eu esperei muito por esse momento. Eu preciso de um novo marido.)

— Marido?! — Ash parecia uma coruja. 

— Será meu marido, pai e amante das minhas filhas. 

…? — Ash olha para Lahiri de cima para baixo mais uma vez e depois observa todas as outras irmãs. — Wow. 

— Ash, seu vendido! — Misty tinha dentes afiados. 

— Eu só falei “wow”! Eu não concordei! 

— Morena jovem de cabelos prateados, apresente-se. 

— Não antes de você. 

— Quer saber meu nome? Sou a sétima Pajé da tribo DedWite e última da família Elisamamama, Phoebe Mamama. 

Rosa, Ash e Hilda seguram  as risadas. 

— Sou Bea Hunter, da família Hunter e a melhor jogadora de futebol da cidade onde nasci. 

— Você acha que é. — Rosa recalca. 

— Você deve ser a mais forte do bando, suspeito que seja a mulher deste homem. 

— A mais forte é a Misty. — Bea aponta para a garota de cabelos laranjas. 

— Ash, para de encarar meus peitos! — A Heartfield mais velha cora bastante. 

— Nossa Rosa, são perfeitos mesmo. — Só agora que aproveitou a chance. 

— Laka-na sivra hala-na sai taku to-ra halo nenu. Tima-ru to lara-maru nenu! Sa-tiri-na ra inha forros!” (Parece que essa branquela chama a atenção do meu novo marido. Sacrifiquem ela na mãe vulcão)

— Não faça isso, eu nunca fiquei com a Rosa! — Tecnicamente era mentira. — Só namoro as outras. 

Phoebe ordena em seguida que elimine as outras brancas da mesma forma também. 

— Você não pode sacrificar minhas amigas em um vulcão! 

— Ela quer sacrificar a gente num vulcão? — Rosa pergunta com caveiras nos olhos já que só Ash entendia a língua das índias. — Eu não posso morrer agora, eu tô perto de ficar rica! — No mundo imaginário dela onde ela consegue sair da ilha com a tal fonte da juventude citada. 

— Salve galerinha do mal. — Sharkira aparece dentre as árvores. 

— Em nome de Ratawah, o que é você? — Pergunta a rainha, suas aliadas se armam contra o ser. 

— Ai meu Deus! — Correu de quatro índias que o atacaram e o perseguiram. 

— Esse babaca não serve pra nada. — 

— Mamama, eu não quero brincar de sacrifício. — Fala Hilda com olhar de cachorro abandonado. 

— Nós da tribo DedWite não brincamos, somos diretas. 

— Uh, com licença rainha Phoebe. — Ash pede a atenção da Pajé. — Se você e suas filhas tem uma fonte da juventude, você deve ter compartilhado com o seu marido que falava português, não…?

— Obviamente. Não se preocupe, você poderá ter a eternidade junto com nossa tribo. 

— Não é isso, seu ex-marido morreu de quê?

— Dath sai Snu Snu. (Morte por sexo.)

— Ahahaii! — Os cabelos negros do Ketchum se espetam por medo. “Elas todas querem ter bebês, se todas forem com tudo pra cima de mim eu vou morrer também!”

— Nem se atreva. — Uma das índias percebe que Misty estava tentando quebrar a madeira com sua força bruta. 

— Tem medo delas, mas não de um urso? Patético. — As críticas de Hilda continuavam afiadas. 

(...)

— O índio me deu um remédio pra dor de cabeça, mas o remédio do índio fez minha cabeça 🎶 — Hilda cantava enquanto caminhava lentamente com sua irmã e amiga, as três presas no mecanismo de madeira que obrigava a moverem-se em sincronia. — Foi chá, menina foi chá, menina foi chá, menina foi chá 🎶— Até prestes a morrer, Hilda irritava elas. 

A trilha subia em espiral, estreita, até o topo do vulcão ativo.

— 🎶 Olha a dança do Índio, tem que dançar nu, com a mão na cabeça, e outra no — TURA-NA!! (CALADA!!) — Lahiri bate a lança na tagarela. 

— Bea, tem algum plano para salvar elas? — Ash conversa baixo ao lado da morena de olhos cinzas. 

— Tenho, mas se eu tentar, vão me matar junto com elas. Tente convencer a Pajé. 

No alto, a rainha que teve seu trono carregado por duas filhas voltava a segurar seu  cajado adornado com ossos. Seu olhar ardente refletia as chamas que subiam das fendas da cratera.

— Mãe Vulcão, receba estas oferendas! — Bradou a Rainha, erguendo os braços.

— Calma aí loli Phoebe — Ela não sabia da ofensa. — Não faça isso com elas, elas com certeza vão ser úteis para você. 

— A mãe vulcão gosta de carne branca! Temos que alimentá-la para que não solte sua ira sobre nosso mundo! 

— Calma, calma, não podemos achar outra solução? — Ash engole a própria sálvia ao ver as guerreiras empurrarem as prisioneiras para mais perto da borda incandescente. — Elas podem ser mais úteis para outras coisas, a Misty ali pode ser a melhor guarda sua, e a Hilda ali pode ser tipo um bobo da corte. 

— O que é um bobo da corte? 

O ar cheirava a enxofre, e o calor fazia a pele arder como fogo líquido. Algumas índias começaram a bater tambores de pedra, intensificando o ritmo do ritual.

— E a Rosa ali, ela pode ser… ela pode ser… — Ash não conseguia pensar em algo para ela, a ofendendo. — Acho que pra gente, ela só vai servir de escrava mesmo. 

— Ash, você não vai me comer nunca!! — Rosa reclama furiosa. Bea estava afastada de todos mexendo em seu rádio transmissor. 

— Eu tô tentando te ajudar, sua tonta! 

— Por sua causa de “tentar ver o lado bom das coisas ruins”, todas vamos morrer! 

— Eu estou calmo. — Ash fecha os olhos respirando fundo. — Com certeza existe algo bom em estarmos vivendo isso agora. 

— Para de mentir pra si mesmo, seu merdinha! 

— Então tá bom! — Ash abre os olhos falando bastante sério. — Já que você me acha um merda, você vai adorar isso. 

? — As garotas se entreolharam. 

— Rainha Phoebe, se você vai mesmo jogar elas do vulcão, você não vai me ter. 

— Eu não me importo de te transformar em um escravo sexual, você é muito meninão mesmo. 

— Falou a loli com a alma mais velha que a da Gretchen. Quer saber, se vai mesmo matar elas, eu vou ser o primeiro sacrifício para a mãe vulcão. 

— Ash, para de bancar o poser. — Rosa o encara com olhar tedioso, já as índias não entendiam bulhufas de toda aquela conversa, apenas observavam. 

— Morrer na lava antes de você não seria o lado “bom” dessa situação toda? — Ash levanta as sobrancelhas para Rosa, que desafia. 

— Até que sim. 

— Então eu vou pular no vulcão! — Correu e pulou.  

— ESPERA ASH, NÃOOO!! — AAAHHH!! — Misty, Hilda e Phoebe gritaram atrás de Rosa. 

Em câmera lenta, antes de encontrar seu miserável fim há vários metros abaixo, a anaconda Jade o agarrou no ar após se jogar e o enrolou voltando para  cima. 

— Realmente existe o lado “bom” em situações ruins! — Rosa sorri ainda não acreditando, ninguém tinha notado a cobra gigante à espreita daquelas pedras quentes. 

— Eu não sei como vocês fizeram isso, mas chega!

A anaconda coloca Ash longe da confusão e se aproxima da tribo, ameaçando com um chiado assustador. 

— Pilei! Dath Ha-la sivra-na! (Rápido! Executem as mulheres brancas!) 

O som profundo dos tambores foi abafado por outro — Um zumbido metálico que vinha do céu. As nuvens se abriram em círculos, revelando uma luz intensa.

Um disco voador prateado surgiu, pairando acima do vulcão. Sua superfície refletia as chamas, criando um espetáculo surreal. As índias, atônitas, deixaram cair suas lanças.

Feixes de luz azul desceram do objeto, atingindo apenas as índias. 

— ASHIIII!! — Lahiri grita. 

Uma a uma, foram erguidas no ar, gritando em desespero enquanto seus corpos eram sugados para dentro da nave. 

— O QUE TÁ ACONTECENDO?? — Phoebe questionava tentando parar de levitar, mexendo os braços e pernas rapidamente. 

Jade parecia dar “adeus” pois também estava sendo sugada pela nave, ela rapidamente se aproxima da rainha e se enrola na mulher, sua língua com duas pontas sendo colocada para fora várias vezes significava que ela tinha encontrado o almoço de hoje. 

— Takana i sadala!! (Calma aí amiguinha!)

O cântico cessou. Só se ouviam os rugidos do vulcão e o som grave da nave.

Num clarão, todas desapareceram.  

… A turma continua no topo do vulcão, observando a nave desaparecer entre as nuvens.

— Eu acho sem querer contatei alienígenas europeus do espaço sideral. — O que Bea disse era sério. 

— Alexa iria adorar ter visto isso… — Ash respira agora pondo a mão no peito. — Eu espero que a Jade fique bem no espaço. — Comenta o Ketchum e Misty finalmente arrebenta a madeira, se soltando das irmãs. 

— Rápido, eu quero saber onde fica essa fonte da juventude! — Rosa na ignorância só aborda a ruiva, nem um “obrigado” pede a Bea e ao rapaz com sua anaconda, que lembrando, continuava pelado. 

— Misty, solta essas duas agora. — Pede o cicatrizes de raio chegando atrás delas. — Vou levá-las para o abrigo para cuidar dessas queimaduras. 

— Iugh, saiii!! — Rosa se treme toda. — Eu não me queimei seu aproveitador, e para de olhar pros meus peitos! 

— Índio quer dançar, índio quer, índio quer merenguear 🎶 — Hilda retorna a cantar a música da dança do índio e geral entra na onda. — Quer misturar lambada com merengue, o índio tá afim de vadiar! Olha a dança do índio, tem que dançar nu, com a mão na cabeça, e outra no — GLUGLUGLUGLU!!



— Continua no dia 4 de “5  longos dias” —


(Clique aqui) para ver o encerramento no YouTube

(LEIA-ME) DO AUTOR: 

Curtiram o capítulo/dia 3? Comentem!  Dia 4 vai ser uma homenagem que vou fazer a um certo desenho lendário e dia 5 vai ser 🔥

(Último capítulo lançado)
TODOS OS CAPÍTULOS DA ACADEMIA DE GAROTAS:

Comentários

  1. Como e bom tê-lo de volta, suas histórias continua sendo as melhores quando se trata de Pokémon que eu já li e espero que sua situação melhore também e aliás, ótimo capítulo e já estou ansioso para o próximo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado demais pelo carinho, é um prazer pra pessoas como vocês ❤️

      Excluir
  2. Eae mano bala e bom te ver de volta
    Slk foi tanto kilo de droga pra fazer esse capítulo que o baka ficou doidão
    Cinema absoluto esse capítulo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eae grande Ash Kechutm KKKk
      Padrão academia de garotas pô kkk
      Obrigado!

      Excluir
  3. Bom te ver de novo, espero que o que você esteja passando melhore mais definitivamente, esse capítulo foi o mais engraçado dessa série dos cinco dias, já estou esperando a continuação

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Definitivamente é muito difícil, mas o importante agora é que melhorou o bastante para conseguir escrever.
      Que bom que achou o mais engraçado kk
      A continuação sairá hoje de noite, assim espero!

      Excluir
  4. Cómo me alegra que volvieras y encima no pierdes el toque para hacer capitulos bien bizarros

    ResponderExcluir
  5. É muito bom ver-lo de volta baka, sobre o capitulo ri para caralho kkkkkkkk, o shakira servindo de nada + a mãezona india kid kkkkkkkkkkkkkk, mas nada me faz rir mais do que pensar que o ash e rosa passaram toda a situação sem roupas de baixo kkkkk, o ash por ser obrigado por ver o lado da rosa pervertido kkkkkkkkkkkkkkkkkk(apesar que ela ainda estava com a partes baixas cobertas), esse pensamentos creepies dela são linhas perigosas de se escrever.
    No final de tudo F índias, a colonização levou elas de maneira intergaláctica AHHAHAH.
    Me intriga ainda o desfecho que vai ter esse papinho da Delia e a Cynthia em acho que vai ser maior B.O., mas confio que vão se acertar de algum jeito.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. KKKK a meta é quase sempre fazer os leitores rirem pra caralho com capítulo random da academia.
      Sharkira inúti poggers
      Kakaka
      Ash peladão
      Pensamentos creepys? Se for piadas racistas, as vezes eu coloco na história já que contém humor negro. Eu sou um homem negro que faz essas piadas as vezes igual aqueles irmãos de todo mundo em Pânico ou até mesmo Chris Rock kakaka
      Hsususuusj
      Era pra ter colocado esse desfecho nesse capítulo, mas me esqueci. Vou ter que dar um jeito de colocar no dia 04

      Excluir
    2. Kkkkkkkkkkkkk sem nada a falar sobre as piadas de humor negro (amo todas AHHAHAHA), as linhas perigosas que eu quis dizer são o fato do Ash ter que hipnotizar a mãe dele e a Rosa falar naquilo deu entender que ela pensava que rolaria uma (como posso dizer?) Uma "travessia proibida" entre os dois kkkkkkkkkk

      Excluir
    3. Que bom
      Aaahh sim, pode crer akkkkk. É, saber que o Ash consegue hipnotizar qualquer pessoa, é creepy. Apesar do capítulo do pêndulo de 3 cabaços ser muito engraçado, Ash fez muita parada errada kkkk

      Excluir
  6. Adorei esse capítulo
    Tava com saudades baka
    Ansiosa pelo próximo

    ResponderExcluir

Postar um comentário