OVA 07: O namorada da Delia? (Academia de garotas)

 (LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: 

Olha o Mateusobaka aqui gente!

Hoje retornamos com academia! Um capítulo envolvendo a mãe de nosso protagonista infame.


Meu Pix é 142.958.614-13 (Mateus Vinicius)  

Doadores do mês (Abril):

Junin Cego (60 reais)
Rafael Henrique (100 reais)
John Doe (30 reais)
Daniel Adas Abib (240 reais)
Mateus Mourão (30 reais)
Filipe Fernandes Ferreira (103 reais)




OVA 07: O NAMORADO DA DELIA?


— Mãe, será que dá pra ficar mais calma? Isso acontece, os jovens tão assim hoje em dia! — Ash pediu calma, foi colocado contra a parede da cozinha por Delia. 

— Você não pode ficar namorando adoidado! Eu não te criei pra ser um namorador, e sim um homem de família! — A ruiva puxa a orelha dele e o joga na cadeira da mesa. 

— Aiaiaiai!! — Reclamava de dor pelo puxão enquanto a mãe ia até a panela. 

— Está brincando com os sentimentos das garotas?

“Elas que brincam com meus sentimentos.” — Claro que não mãe, só acabou… tô em outra. 

— Você trai a Korrina com a Hilda, depois já tá namorando outra? Você tem sorte que a Dawn pelo menos parece ter futuro! Ou eu proibiria! Mas por quê não a Serena? Ela é rica, você não sabe? 

— Pindarolas… — Ash só coloca a mão no rosto por estar passando por aquela situação. 

— Por quê você não pensa no futuro da sua mãe? Eu me matei de trabalhar para te fazer estudar naquela academia e você não me comprou nem um presente de natal! 

“Tenho que lembrar de falar com a Cynthia para ela me deixar estudar lá de graça. Mas peraí um segundo…” — Mãe, mas a senhora não fica sozinha aqui? Tirando a academia, quem gasta a energia, água, come, e tudo mais, é praticamente a senhora. 

Delia encara seu filho por alguns segundos antes de voltar a reclamar. 

— Não é disso que eu tô falando agora, estou dizendo sobre exatamente você e o Red me deixarem sozinha. Me sinto sozinha e vocês não pensam em mim!

— Eu achei que ainda tava falando do dinheiro. 

O olhar da mulher parecia mais bravo, segurando sua raiva dentro daquele corpo escultural. 

— Eu sinto muito! Minha vida longe da senhora é bastante turbulenta… eu acabo, er, me esquecendo. 

Ela bufa fechando seus olhos, parece ter aceitado algo. 

— Eu sei que meu garotão um dia vai sair de casa também. — Disse com certeza, em tom um tanto desanimador. — Acho que vou sair amanhã com um amigo. 

— Não! Eu não vou sair de casa quando acabar a escola! — Falou qualquer coisa para evitar o evento canônico de quase toda mãe viúva. 

— Me engana que eu gosto, você saiu de casa quase todos os dias nessas férias! Você não quer passar tempo com sua mãe! 

— Eu quero! Vamos fazer algo juntos! — Exclamou se levantando. 

— Não vou aceitar você sendo forçado a isso, eu vou esperar que seja natural! Eu conheci um cara legal na feira, ele é um pai viúvo que também cuida da filha aborrecente. 

— Ele podia até ser um empresário, eu não gosto da ideia! — Disse com ciúmes ficando próximo da mãe. 

— É mais do que isso. 

— E o que alguém rico estaria fazendo em uma feira humilde?! 

— Ash, dá pra parar? — O encara zangada. — Você não se importa com a sua mãe, é igual ao Red! Que se mudou do nada para morar com a Leaf!

“Ela infarta se souber que foi com a Yellow, mas calma, eu sou um filho terrível assim?” 

— Mas eu me importo com a senhora! “Uhr, mas quase sempre quando penso nela, é sobre como ela vai arregaçar meu couro quando descobrir sobre o harém.”

— Não sinto verdade nas suas palavras, esse assunto terminou. Eu vou sair sim, sim senhor. — Afirmou empurrando ele para fora da cozinha. — Tá trocando de namorada igual troca de roupa, fique na sua. 

— Ei, ou! Ou! Não vai nem me apresentar a ele?

— Pra você arruinar tudo? Não! Eu vou sair com ele amanhã, fica no seu quarto jogando videogame! É o que você sempre faz quando eu tô aqui! 

— Pois eu vou sair também! 

— E vai onde?

— E você vai aonde com esse palerma? 

— Ash, eu juro que… — Ela levanta a concha terrina, preparada para esmagar o cocuruto dele com o utensílio. O Ketchum obviamente sai correndo pelas escadas indo se proteger em seu quarto. — Ai danado, eu vou te pegar hoje! Fica na zona de perigo! — Ameaçou voltando à cozinha. — Eu vou deixar sua bunda vermelha!

— Essas mães e esses fetiches estranhos em espancar a bunda do filho! — Ash suspirou após trancar a porta do quarto e se jogar na cama, tirando o celular de seu calção. 

Acessou o whatsapp e entrou na conversa com a Shauna, escrevendo as seguintes palavras: “Vou ter que cancelar a gameplay de amanhã, deixa pra outro dia.”

Eles tinham marcado de jogar online o dia todo. 

Bloqueou o celular e colocou ao seu lado na cama, pondo os braços atrás da cabeça, encarando o teto de seu quarto.

“Eu tô sendo muito egoísta de pensar assim? Quem é que gostaria de comer minha mãe?” — Ao pensar, a imagem de todos os homens da cidade e seus amigos passam em seu cérebro igual um ataque epilético. 

— Ai droga, a minha mãe é classificada como uma MILF mesmo. Eu já saí na mão com Gary e Clemont justamente porque queriam tentar ter algo com ela!

“Minha mãe é tão sozinha, se ela decidiu agora conhecer algum homem, significa que ela pode casar rapidamente com ele igual faz com meu pai.” 

Ash falava e pensava, com certeza, agoniado sobre o assunto. Mais tarde entrou em chamada de vídeo com seus antigos amigos e simplesmente a dupla mandou ele estragar tudo entre a Delia e esse cara ainda desconhecido. 

— Escutem aqui, vocês nunca vão ficar com a minha mãe! Deixem de coisa! 

— A gente tá te ajudando, verme insolente! — Era o antigo líder do trio xingando. 

— E eu não tenho mais motivos para estar interessado em sua progenitora. 

— É claro, arranjou uma namorada. 

— Clemont tá namorando?! — Era uma novidade legal. — Tô orgulhoso. 

— A gente que devia estar orgulhoso de você! — Gary começa a gritar na chamada. — Te treinamos, onde estão nossas cocotinhas? Aliás, esse nerd viado tá namorando com uma negra judia! 

— Para de chamar ela de negra judia seu germe microscópico! Ela tem nome, e é Ayana. 

— Que nome lindo.

— Fique longe dela sua besta no cio! Nunca vai encostar nela! — O loiro surtava também. 

— Ele não vai encostar mesmo, não dou 1 mês de namoro pra você, seu babaca. 

— Você está com inveja, seu cabaço. 

Ash apenas ficou escutando os dois brigando até pegar no sono naquela noite. 


(...) [No outro dia…] 

Nosso protagonista infame estava fora de casa, tinha pedido permissão à vizinha para espionar sua mãe em sua árvore. Ele estava entre as folhas da árvore do quintal da mulher com um binóculos. 

— Ash, que porra você tá fazendo aí? — Leaf questionou. 

— Como é que você me descobriu aqui? — Reclamou com sua visão para baixo. 

— Eu senti seu cheiro. 

Se cheirou, incluindo os sovacos e dentro da camisa. 

— Meu cheiro nem tá forte! Tô cheirando a nada! 

— Hummmm, não. Dá pra sentir de longe seu aroma. — Confirmou sorrindo e acenando para ele. — Eu não sei do que você está brincando, já que é um cavalo velho, mas desce aqui. Ouvi dizer que sua mãe vai sair com um cara, a casa vai ficar a sós pra gente. 

— Eu não vou fazer sexo hoje! Eu tô aqui justamente para arruinar esse encontro. 

— Mas garoto, puf… não era mais fácil, ughn, apenas esperar eles no seu quarto? — Falava enquanto escalava a árvore, acabou ficando ao lado dele nos galhos. 

— Aí não teria graça. Daqui eu vou segui-los. — Conta alojando o binóculos em sua calça. — Eu não vou deixar ninguém pegar minha mãe. 

— Qual é garoto, deixa de ser um filho imprestável. Sua mãe tem que se divertir. 

— Não, e se ele só estiver interessado em usar ela e descartá-la? Meu pai levantaria do túmulo! 

— Relaxa, e se ela quiser um encontro de sexo? Qual o problema? 

— Eu não vou permitir isso! 

— Hipócrita, você vive na putaria, sua mãe tá há tanto tempo sem transar, que ela deve ter voltado a ser virgem. — A moça de cabelos castanhos o provocava. 

— Leaf, se você continuar falando da minha mãe assim, eu vou te derrubar aqui dessa árvore. — Ameaçou voltando a prestar atenção na rua. 

— Vou encher seu saco até ganhar sexo, esvaziando assim seu saco. — Falou em tom de deboche. 

— Você só pensa nisso. 

— Óbvio, você tem que fazer o mínimo do trabalho do seu irmão. Se não vai me levar pra sair, pelo menos me come. 

— Depois. 

Os dois veem Cristal andando pela grama do quintal da residência Ketchum, a gata corre desesperada para dentro de casa após a buzina de um carro que passou na rua, fazendo os dois na árvore rirem bastante.

— Dawn tem três lobos da neve em casa. Ela mora em um lugar que nunca para de nevar. 

— Quem é Dawn? E você tá falando da Ice Ponta Pontiaguda?

— Dawn é a que usa gorro, cabelos azuis. E sim, essa cidade mesmo. 

— Você vai até longe visitar essa sua amiga aí, e não tem coragem de uma vez sequer aparecer no meu apartamento? 

— Eu tenho princípios. 

… — Leaf serra os dentes e o tenta derrubar da árvore. 

— LoUCAH!! — Agarra o rosto dela com as mãos. — Se você me derrubar, você vai junto comigo! 

— Parahn!! — Leaf tentava empurrá-lo dali. 

— Me deixa em paz só hoje, amanhã eu te dou um trato. — Prometeu ficando sério e a jovem mais velha levantou as sobrancelhas. 

— Se você não cumprir, eu vou dizer à sua mãe o que tá acontecendo. 

“É uma desgraçada mesmo…” — Confirmou com a cabeça e a mulher simplesmente desceu da árvore, satisfeita em retornar para casa, sabendo que amanhã teria sua recompensa. “Isso funcionou?” — Viu ela pegar sua moto estacionada ali perto e ir embora. 

Uma ventania fez as folhas acima do Ketchum serem arrancadas, ele se ajeita na árvore para voltar a observar a residência pela frente, aguardando o tal viúvo. 

“Pai, se o senhor estiver me ouvindo, seja lá onde estiver, acha que é o certo eu fazer tudo isso? Ou outro homem pode fazer a mãe feliz de novo?” — Em um conflito interno que apareceu de repente, pensou por um momento em desistir e se manter neutro quanto a isso. 

[fRR!fRR!fRR!] — Um barulho cortante contra a árvore chamou sua atenção, ao olhar, viu alguém pior que a Leaf lá abaixo. 

— Hêhêhê, vai descer? Ashinho? — Era Marnie cortando a árvore com um serrote e a Shauna atrás dela. 

— Só pode ser brincadeira. — Vocês, o que estão fazendo? Marnie, para de cortar essa árvore! 

— Eu vou te derrubar daí e vou abusar de seu corpo! — Foram as palavras criminosas proferidas pela gótica de saia rosa. 

— Por quê cancelou nossa gameplay? — Pergunta a morena de olhos verdes. — Fiquei preocupada, você só sumiu e não respondeu mais. 

— Marnie, é sério! Para de cortar essa árvore! Eu desço e explico! 

— Shauna, tive uma ideia. Se eu subir nessa árvore ele não vai ter como fugir de mim, eu vou dar umas mordidinhas nele. 

— MARNIE, NÃO! NÃO MARNIE!!! — Começou a gritar vendo a garota subindo até ele como se fosse um predador prestes a abocanhar sua presa. 

(...)

E isso realmente aconteceu. 

— Gah. — Com os olhos brancos, parecia ter morrido. Tinha uma mulher com seus dentes enfiados em seu pescoço.

 — Eu amo seu sangue. — Disse com a boca vermelha antes de voltar a passar a boca no pescoço de seu homem. 

— Saunah. — Não conseguia nem falar com ela. 

— Tá tudo bem, joga ele aqui. — Shauna trouxe um colchão podre e dilacerado, era de um mendigo que ela expulsou. 

— Vai Ashinho! — Marnie sadicamente empurrou ele da árvore, caindo sem se machucar com o bumbum no colchão. 

— Sua namorada tem que parar de chupar o meu sangue. — Disse tonto com a mão no pescoço. 

— Ela é sua namorada também. — Lembrou a morena com as mãos na cintura. — O que você tava fazendo ali?

(...)

— A gente pode te ajudar, quanto mais cedo resolvermos isso, mais cedo conseguimos zerar aquele jogo. 

— Eu posso fazer isso sozinho, eu, pommn, Marninn, paramnf de me beihumr. — Desiste de falar com a assanhada se agarrando nele e roubando vários beijos. — Ash entrega a gótica para a gamer como se ela fosse uma boneca e fala: — Me diz que minha mãe não viu isso. 

— Nenhum sinal dela, mas olha, tem um carro parando ali. — Alerta Shauna e os três se escondem atrás da árvore.

Do cadillac magenta saiu um homem alto e negro trajando uma jaqueta na altura do joelho, com gola com estampa de leopardo, lapela, punhos nas mangas e abas de bolso. Sua jaqueta tem ombreiras de espuma, lapelas largas e um único botão preto no centro da frente.

— É um cafetão?! — Shauna olha para o Ash assustada. As calças do homem tinham cintura elástica e punhos largos com estampa de leopardo.

Seu chapéu é de veludo com estampa de leopardo com uma aba larga, plana e aro de arame e uma faixa de fita de cetim dourada. 

— Eu aposto que ele tem um dente dourado. — Fala Marnie. 

O homem por enquanto enigmático bate na porta e segundos depois é atendido por Delia trajada de policial. Sua roupa não era sexualizada, mas por ter peitos bastante grandes, ficaram bem apertados naquele traje azul que era composto também por uma saia, mostrando suas pernas. Usava saltos da mesma cor que a roupa. 

Caveiras surgem no lugar dos olhos do Ketchum e um monte de coisas intoxicam seu pequeno cérebro. 

— D-diz que minha mãe não é do job…

— Eu acho que eles estão indo a uma festa à fantasia. 

— Ou sua mãe é uma garota de programa que tem um cafetão. 

As falas de Shauna e Marnie desesperam o cicatrizes de raio e eles encostam mais na árvore, quando a mãe olhou na direção deles. 

— Delia Ketchum… 

— Kade Ekoko… — A mãe sorridente estende o braço para ele quando o mesmo a segurou, e beijou sua mão. 

— Ash, por quê você não é romântico assim? — Brincou a olhos verdes e tomou um susto vendo ele espumando de raiva vendo aquilo, com as mãos bem fortes pressionadas contra o tronco. 

— Ai droga! — Quando notam que a árvore iria despencar por Marnie antes ter serrado a maior parte dela, pulam no arbusto ali próximo, à esquerda. 

A árvore cai bloqueando a pista e ainda a parte de cima com as folhas destroem o carro do homem, que leva um susto junto a mãe solteirona. 

— AHH! MEU CARRO!! — Gritou correndo até o assassinato veicular. 

— Meu Deus Kade, que terrível, imagina se você tivesse chegado de carro agora. — Ela foi até ele e segurou em seu braço. — Que bom que você não se machucou…

— Tem razão, é só um carro, eu vou chamar a seguradora e a defesa civil e a gente pega um Uber. 

— Eu sei que a gente tá no matinho, mas dá pra pararem de me agarrar? — Reclamou com as duas se aproveitando dele naquela situação constrangedora. 

— Eu quero literalmente devorar esse homem. — Marnie tinha levantado a camisa dele, passando a mão em sua barriga ainda com a jaqueta aberta. 

— Ash, por quê você não esquece da sua mãe e vamos todos para o seu quarto se divertir? — Shauna morde o lábio dele de leve, puxando. — Sim, eu estou falando de jogar videogame. — Brincou a morena. 

— Fiquem quietas! Eu sei que faz tempo que a gente não se vê, mas vocês têm que ter calma. Eles vão pedir um Uber, aí, peçam também, eu tô liso. 

— Não é necessário, eu vim de carro. — Marnie sorri. 

— Se você não tinha dinheiro para Uber, como iria seguir eles? 

— Eu ia colar atrás do carro agachado em cima do meu skate. — A resposta troncha de Ash faz Shauna ter um olhar questionador. 

— Igual no Bully? Você é muito burro! — Ela dá uns soquinhos acima da cabeça do rapaz. — Marnie, vamos passar um pouco de inteligência a ele através de nossos lábios. — Arranjou uma desculpa para continuar o assédio sexual naquele matinho. 

Minutos depois, assim que a senhora Ketchum e o senhor Ekoko, o trio saiu do esconderijo e foram até o tal carro da gótica. 

Era um carro preto comum, com a única diferença sendo que tinha um líquido vermelho seco sobre a parte da frente, e que claramente não parecia ser algo que aquela mulher esquisita teria. 

— Onde roubou? 

— No posto de gasolina vindo pra cá, esse sangue não é de pessoas, não se preocupe. — A garota disse abrindo a porta e colocando o Ketchum aterrorizado no banco do motorista, Shauna senta à direita dele. 

— Espera, mudei de ideia! E por quê você me fez… uhr… — Calou a boca assim que a gótica rabuda sentou em cima dele. 

— É de boas dirigir sem cinto de segurança quando tem um Ash quase dentro de você, te agarrando. — Marnie zoa e os braços do Ketchum ficam em volta de sua cintura. 

— Pindarolas, é crime demais. Me diz que essa coisa vermelha é realmente apenas tinta. 

— Eu já disse que não é sangue de gente, é só de um cachorro otário e de um avestruz. 

— Vamos Marnie, não dá pra passar por essa árvore, vamos seguir eles pela outra rua! — Shauna apressa. 

(...)

Perseguindo discretamente os dois, acompanharam de longe eles em um restaurante, depois em um cinema, e agora estavam aparentemente indo para casa de Kade. 

— Ele não parece uma má pessoa, mas por quê estão vestidos assim? — Questiona o cabelos negros. — Nem eu tenho esses fetiches ainda! 

— Não vimos nenhuma vez eles se beijando ou coisa assim. — Relembra a jovem de camisa rosa e short curto.

— Eu me distraí no filme de mistério quando começaram os assassinatos. — Era pra ser um pedido de desculpa da garota pálida. 

— A gente parece estar em um bairro meio rico. — Ash fala vendo imóveis de alto padrão pela janela, a rua que estavam tinha uma infraestrutura sofisticada e serviços de qualidade, como uma loja de grife e um restaurante gourmet. 

— Deve ser aqui que ele vai cometer todos os crimes contra sua mãe. — Marnie o provoca. — Ele vairhmm, não aperta assim! — Gemeu com uma apalpada forte que o Ketchum deu nela por trás. 

O mais impressionante disso tudo foi eles ainda não terem sido parados por algum policial. 

— Estão parando, encosta. 

— Eu tô sentindo você encostando muito em mim. — A gótica remexeu um pouco o traseiro. 

As mulheres hoje estavam imparáveis. 

Assim que param, veem que um carro parou de frente à uma casa luxuosa, mas não chegava perto de ser uma mansão. 

— Hey, é a Mallow ali na frente! — Ash se surpreende vendo a usuária de ervinhas chegando até a calçada depois de sair da residência. 

— Ei Ash — A gamer cutuca ele. — Você acha que…

— Ela é a filha do viúvo?! 

Mallow conversava animadamente com a Delia e o Kade, parecia que ela conhecia bem mais a mãe do Ketchum do que ele achava. 

— Eu não quero entender o que está acontecendo aqui, vamos embora. 

— Essa morena que fuma maconha é linda. Ash, você já pegou ela? Seria uma adição boa para o harém, quero pegar ela. 

— Marnie! Não! E nem pense nisso! 

— Adora uma negra de olhos verdes, não é? — Provoca Shauna e Marnie rapidamente beija ela, ainda em cima de Ash. 

— Vocês se amam tanto, poderiam sair do harém sem problemas…

— Repita isso e eu corto seu pênis! — Ameaça séria a gótica psicopata. 

— As coisas ficam mais legais com seu pau no meio. — Shauna concorda ainda com os ménages. 

— Acho que vocês terem voltado a ficar criou uma tensão sexual quase impa[Tuc! Toc!] — AAH! — Grita com o susto de Mallow que bateu na janela. 

— Haha. Qual é turma, o que fazem por aqui? — A cabelos verdes pergunta assim que Marnie desce o vidro. 

— Você tava ali agorinha. — Shauna aponta. — Como é que viu a gente? 

— Senti o cheiro do gigolô.

— Não é possível! Eu não tô cheirando a nada, gente! 

— Hoje você tá sim, e tá bem apetitoso! — O sorriso de dentes afiados de Marnie o assombra. 

— Tia Delia chamou vocês? Eu pedi pra te chamar, mas vocês duas podem chegar de boa. — Feliz da vida, deu um legalzinho para elas com os olhos fechados. 

— Ela não convidou ninguém! Seguimos minha mãe, eu tava assustado, o que tem entre o seu pai e a minha mãe? 

— Ela vai trabalhar pra ele. 

— Que tipo de trabalho?! 

(...)

Estavam dentro de uma sala simples, paredes altas e teto pintados de preto passavam um ar espaçoso, fazendo com que os cômodos por dentro parecessem maiores do que realmente eram.

— A senhora vai ser atriz?! — Ash pergunta boquiaberto. — Me diz que não é pornô, pelo amor de Deus! 

— Menino! De onde você tirou isso? Você tá me envergonhando! — Se aproximou dele puxando a orelha de seu filho, completamente corada. 

— Hahahaha! — As garotas riam com Kade, Mallow se aproxima deles.

— Meu pai tá começando no ramo de diretor de cinema, cinema normal, Ash! — A morena de macacão rapidamente fala antes dele proferir algo estúpido. — Achei sua mãe uma figura e ela contou que o sonho dela era ser atriz antes de ficar prenha. 

— Drake Ekoko, muito prazer garoto. — Apertou a mão dele com um sorriso estampado no rosto, parecia carismático e Marnie estava certa sobre o dente de ouro, mas era apenas “maquiagem” para o personagem que interpretava. — Estávamos treinando falas, fomos ao cinema para eu explicar a sua mãe um pouco mais sobre como funciona um roteiro e personagens. 

— Mandaram vocês calarem a boca um monte de vezes. — Ash lembrou rindo. 

— A Mallow quer realizar o sonho do pai, conta a eles, querida. — Delia sorri fofo aguardando a fala da ex-atriz. 

— Eu fiz parte daquela série lá… esquecida hoje em dia, mas era a versão original “Contra o Sobrenatural”.

— A que foi cancelada na 2 temporada? — Shauna fica bastante interessada. — Espera, é você mesmo! Você fazia a parceira burra do protagonista que vivia fumando maconha. 

— Minha filha nunca mexeu com drogas de verdade. — Disse confiante o pai, fazendo a garota olhar para o lado. 

— Cancelaram do nada a temporada, quase chegando no clímax. Anos depois quiseram voltar com o reboot, mas com um elenco novo e mais jovem. — Conta a garota. 

— Canalhas… me desculpa por não te reconhecer, você mudou muito, mas ainda deve ser uma ótima atriz! Era a personagem mais engraçada! — Fala Shauna sorrindo. 

— Ninguém da academia que assiste Contra tem ideia de que é você, né? — Ash disse animado por ser amigo de uma famosa. — Só a Sabrina, e ela nunca contou por quê você pediu? 

— Não, ela só foi gente boa mesmo em ficar de bico calado. Mas eu só virei atriz nesse tempo por causa do meu pai fã de cinema, agora tô ajudando ele financeiramente como diretor. 

— Só tem dezenove anos e é um gênio do capitalismo. — O pai abraça sua filha. — É tão popular na escola que mora por lá ajudando as alunas. Ela arrecada esse dinheiro todo na academia de garotas, dá pra acreditar? 

“Sua filha é uma drogada líder do tráfico da cidade junto com o Sharkira, é claro que acredito.” — O Ketchum esconde a verdade com uma carinha falsa, com uma gota na cabeça. Vira para o lado e vê sua mãe naquela roupa de policial que parecia aumentar os seios dela, Delia nota a careta dele e morre de vergonha junto com seu filho, os dois pedindo desculpas um para o outro. 

— É estranho já que a senhora tá sempre de avental ou camisola, roupas assim de mãe, mas tudo bem. — Abraçou ela. — Eu apoio você nesse seu sonho, desculpa pelo ciúme idiota, tudo bem em você conhecer homens por aí, deve ter gente legal igual o Kade. 

— Ketchum jr, não estamos em algum relacionamento além do trabalho, eu tenho namorada. 

— Mas a senhora disse que ele é viúvo. 

— E é, mas diferente de mim, ele é comprometido com alguém! — Disse e riu da cara de paspalho de seu filho. — Ocultei coisas para fazer você dar mais valor a mim, seu mimizento! 

— Eu vou dar! Eu já pedi desculpa! 

— Esse Ash é ciumento, né. — Shauna gargalha com a outra. 

— Quem são essas duas que estavam com você? — Pergunta curiosa a ruiva.

— Elas jogam videogame, são minhas amigas lésbicas! São um casal! — Exclamou antes que alguma dissesse para a mamãe que era namorada dele. 

— Oh… — Olhou para elas com bico. — Se afaste delas. — Mandou imediatamente dizendo baixo.

— Alguém aí tá com fome? — Mallow passa as mãos na barriga. — Tô numa larica arretada!


(...) Era no meio da noite que retornaram para casa cansados. Delia ainda vestida de policial, o chamou quando viu passar pelo corredor, Ash tinha acabado de lavar seu corpo e alma.

— Pode ir tomar banho. 

— Dorme comigo hoje? 

— Mãe, a senhora tá carente mesmo né. — Riu se aproximando e sentou na cama.

Ash estava de pijama, blusa preta e calção também black listrado com verde. 

— Faz tempo que eu não durmo com meu garotão, vou te usar como urso de pelúcia igual fazia com você criança. 

— Tá bem, eu deixo… — Deitou na cama e a mãe, cansada, já se abraçou nele fechando os olhos. 

— Boa noite filho querido. — Beijou a testa dele antes de rapidamente adormecer. 

“Que estranho, essa sensação é quase a mesma que tive dormindo com a Johanna… só que melhor.” — Fechou os olhos se sentindo muito seguro ali, mas então teve o Vietnã flashback do que fez com a mãe da Dawn ontem. “Calma, é diferente. Diferente das loucas da cidade, isso aqui é amor puro da minha mãe “ — A abraçou de volta e adormeceu. 

Na manhã seguinte, Ash acordou com sua mãe completamente derrotada e se tremendo na cama.

Seu rosto quase derreteu mostrando seu crânio quando lembrou do que fazia quando está dormindo com uma mulher ao lado. A parte da frente de sua comissão estava manchada igualmente mais em cima, perto da gola. 

— Eu sinto muito!

— Você é muito desinquieto… eu esqueci que não dormimos mais juntos justamente por isso… 

— Eu tô vazando! — Deu uns tapinhas na perna dela envergonhado e fugiu do quarto. 

Naquele dia visitou Leaf como prometido para evitar ter problemas, e chegando em sua rua caminhando, sentiu um frio na espinha. 

— Cuide de sua mãe, pequeno. — A voz ao chegar nos ouvidos dele o fizeram entrar em choque por saber de quem era, mesmo tanto anos sem escutar. 

— Pai?! — Ao virar e ver praticamente um fantasma em seu reflexo, viu que não tinha nada ali. — Pai?? — O chamava olhando em volta. — Pai…?

Retirou seu chapéu e passou as mãos em seus cabelos, os puxando em seguida antes de botar o boné de volta. 

— Eu devo estar ficando louco. — Disse se aproximando perto de casa e viu sua vizinha conversando com sua mãe. 

— ASH KETCHUM!! — Seu nome proferido com tanta destreza o paralisa de medo. — FOI VOCÊ QUE DERRUBOU A ÁRVORE?! 

— É claro que ia sobrar pra mim no final… — Disse e tentou fugir, mas a sandália teleguiada de Delia pegou sua cabeça sem dó e nem piedade.


[Epílogo]

Com um galo na cabeça com curativo e um travesseiro amarrado no traseiro, foi obrigado a estudar em seu computador. 

[Bzz! Bzz!] — Seu celular vibrou e era mensagem de sua mãe. 

Mamãe: Dorme comigo de novo? 

Ash Ketchup: A senhora é masoquista por acaso? 

— ASH, ISSO É JEITO DE FALAR COM SUA MÃE?!

— Aaih, desculpa! — Pediu após ouvir o berro dela no outro quarto. Ele saiu de seu e foi até lá conversar com ela, vendo assim uma cena um tanto inusitada. 

— Você acha que essa roupa de policial me deixa mais nova? — Ela tinha até prendido seu braço esquerdo com uma algema. 

— Mãe, o que é que você tá fazendo? — A encarou com olhos semicerrados.

— Nada. — A cara sínica dela era hilária. — Eu fico bonita assim? 

— Mãe, você é linda até de avental. Agora tchau! — Fechou a porta rimando e deixou ela presa gritando com ele, pretendendo soltá-la só após ela dormir, para não levar outra surra. 


(LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: 

No início do livro 2 vou fazer uma enquete polêmica envolvendo essa história, sobre Delia ☠️ curtiram o capítulo? Comente! 





TODOS OS CAPÍTULOS JÁ POSTADOS:

Capítulo 00: Prólogo. (Estrelando Ash e Rosa)


Comentários

  1. Bom, agora eu sou obrigado a repetir o que tinha te dito antes.

    Tá na hora já fih. Hora de tirar a Délia da seca. Bora. Anda. Sem enrolação.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. É pelo visto não vai demorar pra Délia ir pra chapa.

    E as meninas hoje tavam no cio kkkkk.

    Ótimo capítulo baka.

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  4. Sabe, eu não sei vc, mas acho que a Mallow precisa receber um oscar de melhor atuação, enganou todo mundo, kkkkkkkkkk

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  5. Rapaz, acabei enrolando demais pra ler por causa das provas, mas valeu a pena, tenho muito conteúdo pra rushar uhuul

    Rapaz, levando em consideração as conversas do grupo, imaginei que fosse rolar um bagulho doido ☠️

    Referência a Contra carai 😭 nós te amamos Mallow

    Esse final em kkkkk

    Ótimo capítulo mano Baka

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    Respostas
    1. Muito conteúdo mesmo haha

      ☠️

      Te amamos Mallow!!

      Hahahaha

      Obrigado!

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