(LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR:
Olha o Mateusobaka aqui gente!
A recepção do capítulo 1 foi maravilhosa, obrigado também pela doação Samuel Rocha, Filipe Fernandes e João Vitor, ajudaram legal! O dia 2 está entre nós, e creio que o dia 3 chegará aqui no blog mais rápido, então comentem em!
Doadores do mês (Julho):
(...)
Era uma manhã ensolarada na ilha tropical. Enquanto tubarões boiavam de costas parecendo curtir o sol usando óculos de praia, dentro de uma caverna escura e perigosa existia um animal predador assustador: “Ash Ketchum” da raça homo sapiens acaba de acordar com quatro mulheres agarradas em seu corpo.
— Pindarolas, não foi um pesadelo? — Foi a frase dita invés de “nham, café da manhã”.
Onde estavam não era tão escuro por estarem perto da saída, o rapaz começa a ficar calmo com o conforto das mulheres adormecidas agarradas nele. Seu braço direito tinha folhas amarradas em volta do local do corte de ontem.
“Eu me sinto tão confortável aqui, mesmo que a parede e chão rochosos e empoeirados devam fraturar algum osso meu em poucas horas”
Abraçadas por cima dele estavam Hilda e Bea, basicamente usando seu peitoral como travesseiro. Já Rosa, também agarrada nele, mais na esquerda, enquanto Misty ocupava a direita.
Desde que acordou as duas mãos dele existiam nos seios das duas últimas citadas.
— Hum. Os da Misty são legais, mas os da Rosa parecem ter algo especial.
[SOC!]
Depois de dar um soco no rosto do rapaz, a ruiva vira de costas ainda dormindo.
— Deve ser o instinto contra mim. — Ash disse com o olho direito roxo, pela sua visão periférica viu Rosa o encarando com olhos semicerrados.
— Você não toma jeito mesmo, não dá pra dormir abraçados por causa do frio sabendo que vou ser apalpada por um maníaco.
— Eu acordei neles, é diferente.
— Sei Sr. Marshmallow. — Pelo olhar de Rosa, parece que ela estava acordada há muito tempo.
GRAUR!!
— Tem um animal selvagem aqui dentro?! — Ash se assusta.
— É só minha irmã acordando com fome. — Comenta a Heartfield mais velha.
— Ash, tô com fome. — Fala chorona.
[P.O.V. Ash Ketchum ON]
Ontem foi um trabalho danado para pôr Hilda pra dormir, tive que dar três pauladas na cabeça dela invés de duas. — Pego o pedaço de pau envergado. Ela encheu tanto o saco dizendo que tava com fome e frio, que só assim pra ela dormir.
— Precisamos procurar comida. — Falei vendo Bea se levantando, a morena confirma com a cabeça.
— A ilha tá cheia de coqueiros. — Rosa comenta. Passamos fome ontem de noite por causa da tempestade, toda vez que tentamos sair de um lugar sem proteção, um raio tentava pegar a gente.
Essa ilha é bastante esquisita, esse tempo todo aqui a gente só encontrou tubarões, insetos asquerosos e um javali aleatório.
— UMA COBRA!! — Rosa grita escandalosa e o pânico rapidamente é cessado quando Bea pediu calma a mim, que estava prestes a jogar uma rocha que peguei.
— Ela não é venenosa. — Bea cautelosamente segurou a serpente e saiu com ela da caverna. Tirando Misty que estava dormindo, acompanhamos ela. — É uma caninana. Não é nenhum pouco perigosa.
Ver aquele bicho preto e amarelo de 2 metros e meio voltar para a moita me fez lembrar da Misty. Se essa cobra não atacou a Bea tendo essa cara e essa pelagem, a Misty que parece inofensiva é justamente o contrário.
— Vou acordar a Misty pra ela ir pegar outro Javali.
— Não, Rosa! Melhor não! — Pedi vendo a ruiva dormindo confortável no chão duro. Que bruta. — A Misty acorda rabugenta demais. Mesmo nessa situação, ela ainda pode ser uma mulher ignorante.
— Quem é ignorante?! — Falou dormindo se mexendo, minha alma quase saiu pra fora.
— Ela falando dormindo tá me lembrando você. — Rosa disse se afastando da dorminhoca. — Só que de um jeito legal, já que não tem assédio sexual.
— Se você acha ameaças engraçadas. — Falei e retornamos até Bea e Hilda, foi quando vimos um urso pardo de 1 metro e meio saindo das árvores, se encontrando com a gente.
[P.O.V. Ash Ketchum OFF]
— Fiquem parados.
— AAAHHH!! — Hilda ignora o aviso de Bea e foge para dentro do mato, o urso rosna na direção para onde ela foi, mas volta a encarar a turma, ainda há alguns metros.
— Tentem parecer maior que ele e não fiquem com medo. — Manda a cabelos cinzas falando muito baixo.
Ash e Rosa levantam os pés e estendem um pouco os braços, tentando parecer mais ameaçadores que o urso pardo, que se aproxima e fica cara a cara com o trio enquanto cheira.
…
GRAURHUHHAHA! — O urso simplesmente aponta para eles rindo e entra na caverna.
…
— É sério? — Rosa vira parecendo estar brava. — Aquele urso acabou de caçoar da gente?
— Foi um dos maiores desrespeitos que fizeram comigo. — Disse Ash e Rosa fez questão de falar que é mentira, coisas piores já aconteceram com ele.
— Misty. — Bea fala o nome da ruiva que acaba de ser abraçada pelo urso que foi dormir agarrado nela.
— A gente deveria se preocupar? — Pergunta o cabelos negros.
— Ahn Ash, não me abraça agora, as meninas vão ver. — Misty fala sonâmbula debaixo do urso.
— Vamos deixar ela aí. — Fala o homem do grupo, quando iam embora, a ruiva acorda.
— AAAHH!! UM URSO!!
A turma presencia pela primeira vez na história uma mulher sair na mão com um urso e ainda por cima ganhar.
A cabeça do urso pardo rola até perto do pé de Ash, horrorizado.
— Como puderam deixar uma garota indefesa dormir ao lado de um urso perigoso? — Misty parecia brava coberta de sangue.
— Como pudemos deixar um urso indefeso dormir perto de um t-rex disfarçado de garota escolar, eu diria. — Rosa suava frio.
— Pelo menos temos carne para o dia todo. — Bea parecia estar controlada mesmo depois de presenciar tal ato bizarro.
— Deixa que eu removo a pele, aprendi no Red Dead Redemption 2.
— Dá pra parar de usar seu conhecimento em jogos como exemplos de entender esses tipos de coisas na vida real? — Rosa sai da caverna depois de tanta falta de sentido.
— Uma vez um garoto salvou seu avô que dormiu no volante por causa do GTA 5, sabia disso?
— Foda-se! Vou procurar minha irmã boboca. — Aponta Heartfield seguindo a direção por onde sinalizou.
— Uaahh!! — Misty boceja se espreguiçando. — Dormi muito bem.
Ash esfolava a pele de urso com uma faca feita de madeira e pedra, vira para a ruiva e comenta: — Sujou o bikini de sangue, vai ter que ficar pelada agora se não quiser pegar alguma doença. — Já arranjava uma desculpa para ter uma mulher pelada na ilha.
— Eu achei minha roupa no iate destruído.
— Pindarolas.
— Eu vi um lago aqui perto, vou lá tomar banho. — Misty pegou suas roupas na bolsa de Hilda e saiu, Bea acaba de acender o fogo próxima do Ketchum.
— Ela daria uma ótima sobrevivente. — A morena com seu maiô preto gastado fica com o rapaz.
— Achei que você fosse do tipo caladona. Muito caladona. — O cicatrizes de raio profere enquanto sujava as mãos de sangue. — Não que isso seja um problema, só tô comentando.
— Eu apenas falo quando vale a pena.
— Unhum. — Ash sorriu de leve continuando o trabalho. Ele percebe que Bea parecia admirada com ele removendo a pele de urso e ficou mais ainda vendo-o cortar a carne que será assada.
…
— Não vai me dizer que você é igual a Marnie e gosta de me ver sujo de sangue.
— Não, é que estou gostando do seu comportamento de sobrevivente.
— Já é a segunda ou terceira vez que você menciona essa palavra. “Sobrevivente”.
— Eu sou uma. — Bea diz com aquela cara séria que dá vontade de apertar as bochechas.
— Legal. — Ash fala algo genérico checando se tem pelos na carne. — Ah, você tá querendo contar alguma história sua? — Perguntou após ver os olhos ansiosos da jogadora de futebol. — Pode falar.
Bea pede a faca e o garoto a entrega, ela agora que cortava a carne.
— Eu sou uma sobrevivente de um massacre sangrento de um acampamento de verão.
Ash levanta as sobrancelhas.
— 10 anos atrás eu fui convidada para passar as férias no acampamento Sunshine. Foi lá nos Estados Unidos.
— Óbvio que o massacre aconteceu lá. — Ash semicerrou os olhos. — Quem foi o psicopata miserável?
— O “Açougueiro de Mosquitoville” fugiu do hospício e matou dois policiais antes de chegar no acampamento armado com um facão e uma escopeta.
— Isso sim que é história de terror… — Ash engole a própria saliva. — Como você conseguiu fugir dele? Você era tipo uma versão kid de uma final girl badass do cinema?
— Não sei do que está falando.
— A final girl é a única e última sobrevivente de um filme de terror envolvendo um assassino. Como lidou com esse babaca sendo criança?
— Ele largou sua 9mm na mesa quando foi matar minha amiga usando as duas mãos, eu estava escondida debaixo da mesa. Então eu só peguei a arma e atirei nele.
…
Apesar que ficar preso em uma ilha tropical no meio do nada ser algo sério, escutar o passado da Bea deixou o clima pesado agora de verdade.
— Eu não o matei… ele foi preso novamente e está no corredor da morte.
— Algo me diz que antes de você se esconder, fugiu dele várias vezes.
— No começo da execução com disparos, quando ele começou a perseguir vários com o… hm. — Bea se cala após Ash pegar a faca e segurar as mãos dela.
— Acho melhor não falar mais sobre isso, você precisa esquecer dos traumas do passado. — O rapaz a abraça e passa a mão nos cabelos dela, fazendo carinho. — Desculpa, sujou de sangue.
— Tá tudo bem. — Bea fechou os olhos sorrindo. — Mas em si não foi isso que me fez ser sobrevivente, e sim os dias que passei naquele inferno até atirar nele.
— Não foi só uma noite? Não vai me dizer que foi igual nos filmes onde o assassino cereal corta a fonte de energia.
Ash deveria parar de comparar tragédias a filmes.
[Com Hilda…]
A garota tomava água de coco no canudo na sombra de um coqueiro assistindo…
— Socorro, eles querem me pegar! — Sharkira corria de tubarões saltitantes que saíram da água, estavam tão bravos contra o ser que até tentaram desafiar a física.
— Essa coisa não tinha morrido em off no acidente do iate? — Rosa já aparece reclamando.
— Oi mana!! — Hilda acena e aponta para outro coco no chão. — Você tá com sede?
— Obrigada Hilda… — Agradeceu pegando o coco com canudo. — Onde achou esses canudos?
— Sharkira me deu antes de tentar capturar uns tubarões.
— Sharkira! Você tem sinal de internet?
— Claro que não, sua pirralha burra! — Foi até elas. — Como aqui teria internet ou sinal?
— Para de me chamar de pirralha! — Rosa grita com olhos vermelhos e língua de serpente.
— Vocês podem completar 20 anos e ainda vou chamar de pirralhas, menos o pirralho, porquê ele é homem, então eu tenho que chamar de pirralho.
A Heartfield mais velha começa a beber a água de coco. — Tem pelo menos ideia de onde estamos?
— Na Itália! — Hilda levanta o braço.
— Não é óbvio? — Sharkira parecia que iria falar algo idiota como “estamos em uma ilha tropical”, mas então: — Em uma ruptura tridimensional localizada no triângulo das bermudas isolada do tempo-espaço normal.
— Ata. — Rosa confirma parecendo não se importar. — É claro. — Toma no canudinho.
— Foi uma piada? — A irmã mais nova vira rindo entendendo nada.
— Pior que não. — Rosa faz careta. — Eu quero meu celular… — Ela ia começar a chorar a qualquer momento. — Ficar tanto tempo perto de vocês, esquisitões, vai me fazer ter espinhas.
— Eu tenho aqui uma pomada contra espinhas. — Sharkira tira o item da negritude de dentro de sua fantasia.
…
— Tem mais o quê aí dentro dessa fantasia? Fala pra mim que tem um kit de maquiagem e um banheiro portátil.
— Ou chocolate!
— É claro que tem… chocolate. — Pegou a barra e entregou a Hilda. — Não tenho um banheiro portátil e um kit de maquiagem, mas tenho este incrível liquidificador mondial, apenas 85,99 à vista.
— Você realmente é alguém impressionante… O QUE EU VOU FAZER COM UM LIQUIDIFICADOR NUMA ILHA DESERTA?
— Ora bolas. — Sharkira coloca o eletrodoméstico invertido encaixado na cabeça de Hilda. — É um ótimo chapéu neste lugar, principalmente se tiver molhado.
— Eu amei!! — Hilda bate palminhas.
— Eu só queria algo para tirar esse tédio… — Rosa vai até a televisão quebrada meio soterrada na areia. — Seria incrível se essa tv ligasse, mesmo só passando merda na tv aberta.
A televisão liga, mesmo sem antena conectada a nada, além do mais importante: era uma televisão de avião.
— Wah! — Os olhos azuis de Rosa brilham, mesmo vendo estática.
— Você deve ter poderes do gênio da lâmpada! — Hilda fala impressionada.
— Faz outro desejo! — Sharkira atiça. — Deseje pra gente sair daqui!
— Eu desejo um monte de dinheiro! — Exclamou.
…
Só um silêncio constrangedor ficou no ar.
— Eu tinha que pedir isso primeiro, né!
De repente braços e peitos bronzeados começam a sair da televisão, assustando as garotas e Sharkira.
Uma mulher com um óculos de sol sobre seus cabelos negros grandes que parece ter acabado de receber chapinha sai engatinhando de dentro da televisão. Ela vestia uma blusa da seleção brasileira com decote e short jeans bem curto que dava para ver um pouco da sua calcinha fio dental.
— Wow cara pálida, você tá mó gata! — Rosa gosta do que vê.
— Arigatoooo!!
— Tá com visu de rata da favela, mas de um jeito legal. Gostei. — É claro que o elogio de Rosa não era 100% legítimo.
— Quem é essa? — Hilda fica confusa, mas pede um autógrafo à japonesa com dark skin.
— É a Sadako, anta. Não lembra da fantasma que transa com o Ash em noites sombrias? Aliás, o que aconteceu com você?
— A onda que atingiu o barco deve ter aberto um portal para uma Sadako alternativa, brasileira, entrar no nosso mundo. — Sharkira comenta e a fantasma desmente movendo a cabeça negativamente.
— Estou. Férias. Agora. — Sadako tentava falar português com as mãos frente aos peitos. — Peguei. Bronze. Nooo… na. Máquina.
— Bronzeamento artificial? — Rosa pergunta e a fantasma confirma. — E que milagre é esse aparecendo de manhã?
Sadako sorri dando os ombros.
— Sadako, você sabe como sair dessa ilha?
A assombração gostosa confirma que sim e depois aponta para a televisão.
— Mas aí é só você que consegue, caceta.
Brazillian Sadako fica pensativa, seu cabelo mesmo arrumado tapava seu olho direito.
— Cadê Ashiii…?
— Fazendo carne de urso assada, quer vir? — Convida Rosa. — E você, Sharkira? Você… sumiu.
Sharkira só desapareceu de cena.
— Que maluquice. — Rosa, Sadako e Hilda vão embora da praia.
— Socorro, areia movediça!! — Botou a cabeça da fantasia de tubarão para fora gritando e depois afundou.
(...)
— Alguém pode dar um jeito nesse tarado do mangue? — Rosa reclamava com o Ketchum. Tirando Misty, a turma estava sentada fora da caverna em uma tenda improvisada com bambus e folhas amarradas.
— O que eu fiz?
— Você tá encarando a Sadako como se ela que fosse a comida!
Ash comia a carne de urso com os olhos e rosto virado para a fantasma bronzeada. Seus olhos castanhos pareciam querer sair para fora e entrar no meio daqueles seios ou dentro daquele short.
— Bea fecha os olhos usando a mão para comer a carne. — Mulherengo.
— Eu não sou, Bea! — Ele deve ter ganhado e perdido pontos com ela no mesmo dia.
— Nham, nhac, nhoc! — Hilda devorava várias carnes lembrando um robô triturador.
— A comida só vai durar 1 dia com esse demônio da gula ao nosso lado. — Afirma Rosa. — Irmã, vou te sacrificar para as criaturas ancestrais marinhas.
— A carne vai estragar depois de qualquer forma. — Ash lembra.
— Não temos recipientes para preservar a carne. — Profere Bea. — A deterioração por causa do calor, umidade e insetos vai acabar com essa carne em algumas horas.
— ENTÃO EU VOU COMER TUDO! — Grita histérica a Heartfield comilona.
— Ashiii!! — Sadako abraça o Ketchum.
— Sadako, você é ótima para ser usada nesse horário, não sinto calor. — Comenta o Ketchum aproveitando a frieza do corpo dela.
— Sekkusushitai.
— Quer um pedaço de urso assado?
— Yada, Sekkusushitaii!!
— O que ela disse? — Rosa pergunta.
— Ela disse que quer carne. — Ela quer sexo e ele sabe disso. — Aqui Sadako, deixa eu dar na sua boquinha carne de urso. — Ash cortava a carne com as mãos igual um bruto.
Hilda enquanto enchia o bucho feito um animal selvagem pergunta algo: — Fantasmas comem?
— Engole porra, imagina isso.
— Estou comendo. — Bea pede respeito encarando de mal jeito a Heartfield mais velha.
— Dameee!! — Com uma carretinha fofa hilária, Ash agarrou a fantasma e tacou carne goela abaixo dela. — Iiiiii!! — Ela gostou.
— Você não pode dar nossa carne a ela! Ela já tá morta! — Hilda aponta para a fantasma japonesa.
— Oi gente, perdi muita coisa? — Misty apareceu com sua roupa casual: regata amarela curta mostrando a barriga com seu suspensório vermelho short jeans verdes curtos.
— Rata de favela. — Rosa xingou do nada e então a tenda desabou.
(...)
— Hilda, você tá legal? — Ash se agachou na tenda para ver o corpo da mulher.
Ela estava inchada e parecia mal, podia vomitar ou explodir a qualquer momento. Tinha a proporção de um urso e seu rosto igualava a cor de um limão.
— Tô cheia… — Ela dá um arroto que poderia ter causado um novo terremoto na ilha tropical. — Quer fazer amor comigo?
— Depois que você perder os quilos em uma provável caganeira. Tchauzinho! — Acenou e fugiu da garota que nem conseguia se mexer, atolada no chão.
Ash seguiu até a caverna que tinha um tapete de urso na entrada e viu Bea e Rosa deitadas tentando cochilar. Na verdade, já tinha “Zzz” saindo da morena de cabelos cinzas.
— Cadê a Sadako?
— Em algum lugar na escuridão dessa caverna. — Responde Rosa.
— Hum… — Ash grunhiu, pela cara sonsa dele dava pra notar que ele queria alguma coisa.
Rosa abre um dos olhos vendo a cara de bobão do rapaz e se sentou com as pernas cruzadas.
— É sério que você vai me expulsar da caverna para fornicar com uma fantasma?
— Correção, é uma “fantasma japonesa pagando de brasileira.”
— Você não sabe o que é uma mulher de verdade, só pega trambolho.
— Você é a única mulher de verdade agora?
— Eu não falei isso. — Rosa se levanta. — Espero que Bea acorde e fique com nojo de você.
— Estou ouvindo vocês. — A própria fala com os olhos fechados e Rosa “foge” da caverna, na verdade ela fica espreitando um pouco nas sombras para ver a treta.
— Bea?! — Ash quebra, Sadako já tinha descido do teto e estava abraçada nele.
— Eu sou morena de verdade, essa fantasma é uma morena falsa.
— Ashii watashi no desu! (Ash é meu!)
… — Bea volta a fechar os olhos, parece ter entendido o que ela disse.
— Sadako, você não precisa ter ciúmes. — Assim que falou, Bea o puxou para ela e o prendeu facilmente com seus braços e pernas fortes.
— Você vai ser meu animal de pelúcia e vai me ajudar a dormir nessa tarde.
— E-ei!! Aahr! Espera!
— Watashi no Ash o kaeshite! (Devolva o meu Ash!) — O olho livre da fantasma ficou bizarro.
(...) [No mesmo momento, praia]
Misty caminhava no raso até que uma concha trazida da maré tocou seu pé. Ela pegou sorrindo para ver de perto, foi aí que notou um navio vindo em direção à ilha.
— Um barco?! — O sorriso da garota agora esbanja a verdadeira felicidade, não apenas o otimismo.
— Onde?! — Rosa spanwnou ao lado dela com olhos esperançosos, dando um susto na ruiva.
— De onde você apareceu??
— Eu não vou perder uma oportunidade sequer de fugir dessa joça!
Segundos depois, com o navio se aproximando, as garotas notaram que não era um navio qualquer, e sim um navio pirata.
— Eu odeio quem criou esse universo. — Rosa já arregava no segundo dia e o navio ancorou assim que uma pirata jogou a âncora que se afundou no chão de areia.
A esbelta pirata negra desce pela âncora e fica no meio das duas jovens.
— Outra personagem com pele escura no mesmo capítulo? Estamos preenchendo cota racial ou o quê?
— Ahoy marujas, eu vim saquear suas riquezas, yaargh!! — Levantou a espada com a mão direita e tinha um papagaio no ombro esquerdo.
A pirata tinha pele morena, cabelos pretos na altura da cintura presos em um estilo solto com duas mechas azuis, assim como a cor de seus olhos. Igual Sadako, parte de seu cabelo cobre um olho.
— Não temos nada, estamos isoladas aqui desde o acidente do nosso iate. — Explica Rosa.
— Huh? O que é um iate, pentelha?
— Pentelha é a sua mãe.
— Rosa! Ela é uma pirata! Você tem que falar na língua dela! — Misty alerta e faz uma careta imitando um pirata: — Arrgh!! Nosso peixe foi atacado por uma onda de Poseidon e ficamos ilhadas aqui!
— Que tosca, hahaha!
— Entendido. — A pirata confirma com a cabeça.
— Dá pra você parar de fingir que é uma pirata de verdade? Já estamos chegando em 2030 e você de palhaçada. — Ao falar, sentiu a ponta da espada afiada tocar seu pescoço.
— Não estou fingindo. — Estava séria. — Mais respeito comigo, peitos grandes.
— Ótimo, é só a May não estar por aqui, que eu vou virar o alvo de bullying agora. — E ela continuava falando.
— E que com mil demônios falas de 2030? É 1600, rapariga.
— Até parece que você é de 1600, olha o seu visual, garota.
A pirata usa batom vermelho vibrante, sombra azul e óculos de proteção sobre a cabeça.
Ela usa um top curto azul de mangas compridas (expondo seus polegares e ombros) e calças de neoprene com contorno branco, com detalhes em azul-claro nos joelhos e pés. A morena usa uma corrente amarela nos quadris e tem a área lateral das coxas exposta.
(Gostosa!)
— Vou mandar sua colega para o armário do Davy Jones.
— Por favor, não! Ele só fala de Gta 6 e eu não aguento mais!!
??? — A pirata põe a língua pra fora toda bobona, confusa demais.
— Rosa, “armário do Davy Jones” é uma metáfora para matar você e te jogar no fundo do mar! Mil desculpas, garr! Mil desculpas pela minha colega, ela é doida da cabeça. Fala sozinha, acredita?
— Joga essa coisa como oferenda no mar! — Manda a pirata depois de cuspir na cara de Rosa. — Meu nome é Shelly, sou uma pirata solitária em busca de riquezas e de um homem branco.
— Bem… ehhr… Shelly, não temos riquezas — Falava Rosa limpando a saliva da cara com vontade de morrer ou matar a pirata. — Mas temos um homem amarelo pra branco.
— Oh, ele troca de cores?
— Ele é meio japonês.
— Que caramujos é um japonês? Meio japanês? — Falava até errado a etnia.
— Rosa, você não pode entregar o Ash assim! — Misty reclama.
— Ele está agora mesmo provavelmente transando com Bea e a Sadako.
— A Bea e a Sadako?! — A ruiva se enfurece. — Aquele galinha desgraçado.
— A gente entrega o Ash para ela e pede carona para casa, depois ele dá o jeito dele de sair vivo dessa. — Falou no ouvido de Misty.
— Se estiverem tramando algo contra mim, cortarei suas gargantas após caminharem na prancha!! — Ameaça a pirata azul. — Este homem que citastes, Ashr, ele tem espada longa? — Shelly levanta as sobrancelhas repetidas vezes. — Busco homem branco com espada igual homem da minha cor.
— Tem sim, ô se tem. — Rosa abana a mão fingindo rir. — Você vai amar ele! Vai ser paixão à primeira vista!
— Sim, espada grande e é lindo como um Deus grego… no sexo. — Misty lembra as transições esquisitas que o Ketchum possui.
— Se não for o que estão contando, vocês — Já sabemos, vamos andar na prancha e conhecer o armário do Davy Jones. Tá bom. — Rosa bota sua cara tediosa.
(...)
As duas estudantes e a pirata Shelly conversavam enquanto caminhavam pela floresta de bambu.
— … e então vi uma espécie de raios roxos na tempestade, quando me dei conta, yo-ho-ho, parei em um mar sem fim até chegar aqui.
— Me diz que você realmente não mudou de dimensão. — Rosa se tremia toda. — Isso tem que ser um pesadelo.
— O que é aquela bola de gordura caída debaixo daqueles bambus?
— É minha irmã, ignora.
— Vejo um bicho homem.
— É o Ash! — Misty e Rosa exclamam.
O cabelos negros cortava uma árvore com seu machado de pedra, estava suado e aparentemente cheissimo de testosterona.
— Esse corpo, esses cabelos sedosos… — Shelly corre com seus olhos azuis vidrados no homem. — Cicatrizes de raio… — Passou a mão no rosto do jovem. — Tão bonito…
— Quem é a amiga de vocês? — Ash pergunta um pouco vermelho, mas gostando da admiração que está recebendo. — E-epa!
— Nem preciso descer o calção para ver se é grande, tocar em sua calça já deu pra ver que este macho possui uma baita cobra. — A cara animada da pirata chegava a ser cômico. — Muito bem, vou levar.
— Ash, essa é a Shelly, uma pirata de 1600 vinda de outra dimensão. — Rosa apresenta a morena sexy de azul.
— Uma pirata? Uma pirata de verdade? Bem que eu suspeitei pelo papagaio.
— Cròòàà! Idiota! — Foi embora voando.
— Quer se juntar a mim, Ashr? Roubaremos e curtiremos juntos a vida como os maiores piratas dos sete mares!
— Eu sempre quis ser um pirata! — Ash adorou poder realizar um sonho de criança. — Você vai cortar minha perna para botar uma perna de pau, ou eu tenho que esperar um tubarão ou algo pesado remover ela nas aventuras?
— O QUÊ?! Por quê faria isso? — Shelly não entende. — Se você tirar uma perna do nada, vai ser ruim no sexo. Eu não gosto de cotocos.
— No sexo? Você não tinha me chamado para ser pirata? — O rapaz demonstra confusão.
— Estou buscando um marido, você se torna pirata por eu ser pirata também.
— Parece muita responsabilidade, a gente não pode ser amigos piratas temporários que às vezes se comem?
— Mal caráter. — Misty o intimida. — Acabou de transar com duas mulheres diferentes e já planeja como vai enganar a outra?
— Acabei de transar? Vocês viram como eu tô? — Apontou para baixo e dava para ver uma ereção muito clara querendo rasgar aquele calção sujo. — Durante a briga, Bea capturou a Sadako e a usou como travesseiro, as duas estão dormindo ali na caverna.
— Castigo que Deus dá! — Rosa sacode o braço direito com o punho fechado.
— Vamos Ash, precisamos ir antes que a maré prejudique a nossa fuga desse lugar bisonho.
— Leva a gente também! Queremos sair dessa ilha maluca! — Rosa grita igual uma maluca.
— Shelly, me desculpa, mas eu infelizmente não posso ser um pirata com você. — Ash começa a chorar com as mãos no rosto.
???
— Eu tenho muitas responsabilidades com meu harém, não posso ir embora sem mais, nem menos… mesmo que eu queira muito ser um pirata. — O diálogo foi escrito por William Shakespeare.
— Você tem muitas concubinas?
— Treze. Quase quinze se contar Bea e Iris.
— Ele realmente não esqueceu nenhuma. — Misty ficou menos brava, ela foi incluída nas treze. — Nem precisou contar…
— Não é possível… — Rosa começa a contar usando os dedos das mãos. — Serena, May, Dawn, minha irmã, Korrina… Shauna… Sabrina, Cynthia… Alexa, Viola, Sadako, você e… a Leaf? — As últimas três contou com os dedos do pé esquerdo.
— Gaarr!! Você deve ser muito bom no sexo! Não terá escolha sobre se tornar meu marido! — Shelly ameaça o rapaz com sua espada. — Não desafio os mares à toa, eu quero algo desta ilha… e se não tem tesouro ou fortuna, eu quero você como meu brinquedo sexual!
— Vai com calma, linda. — Ash levanta as mãos pedindo. — Eu fico puto porque já me tratam como um brinquedo sexual, e você é linda e gostosa e talz, não seria ruim… mas eu realmente tenho responsabilidades. — A imagem da Cynthia grávida rebobinava em sua mente enquanto falava.
— É isso ou eu mato as suas concubinas. — A ponta da lâmina novamente volta ao pescoço de Rosa.
— Ei, eu não sou concubina dele! (— Ainda!) Cala a boca Ash.
— Pode matar ela então.
— Para Ash! — Rosa reclama chorona e depois nota algo interessante sobre a areia. — Na verdade temos um tesouro, um super valioso que só você no mundo vai ter ele.
— Vocês tem? — Shelly vê Rosa pegando um item valioso da shopee ao lado de sua irmã inchada. — O que é essa coisa?
— É um tesouro extremamente raro, ele se chama “liquidificador”.
— “Liquidificador”…? Que nome intrigante — Fala pegando o eletrodoméstico, inclusive se corta ao botar a mão dentro. — Arrgh! Ele líquida e causa dor?
— Vale uma grana incrível, e ainda pode ser usado como chapéu. — Rosa coloca o liquidificador sobre a cabeça da pirata. — Curtiu, nenê?
— Nunca vi algo tão fascinante em toda minha vida, e olha que já vi o Kraken. Yo-ho-ho-ho!!!
— Hahahaha! — Os jovens forçam a risada com gotas na cabeça.
(...)
— Por favor, leva a gente para fora desta ilha desolada! — Pede Rosa. A turma toda estava agora reunida se despedindo da pirata, Bea e Sadako pareciam mais perdidas que chinelo de bêbado.
— Sou uma garota solitária, só aceito o Ash como meu tripulante. Pagará com seu corpo, obviamente.
— Tô de boa.
“Eu sabia que devia ter ido roubar o navio enquanto ela conversava com o Ash” — Rosa morde os lábios. — Por favor, me deixa ir com você! Eu lavo o navio se for preciso!
— Eu já disse que não. Pois eu sou Shelly, a pirata! E eu sou uma pirata muito má, huàhuàhuàhuà! — Todos ouviram a risada dela se distanciar junto com o navio pirata, consequentemente também viram uma onda enorme se formar e eliminar o barco, sobrando nada após o impacto.
— Ela tá bem? — Ash fez uma pergunta burra, mas perdoável por estar assustado.
— Gente, eu tô mal… essa carne de urso não tá me fazendo bem.
— É indigestão? — A Heartfield mais velha pergunta.
— Não… eu tô ouvindo vozes. — Disse falando com as mãos na barriga.
— Como assim ouvindo vozes? — Misty e nem os outros entendem.
— Tem algo falando no meu cérebro! “Matar John Lennon”...
— Mas já mataram John Lennon, Hilda. — Rosa cruza os braços.
— Matar Fernando Haddad… Matar Fernando Haddad… taxação, nunca mais. — Hilda falava um pouco zumbi, Sadako estava ao lado dela com uma interrogação sobre a cabeça.
— Ash. — Bea puxa um pouco o braço dele. — Eu acho que algum parasita raro do urso deve ter infectado a sua amiga.
— Você acha mesmo? — Os dois viraram para olhar para a garota, e agora ela estava com os olhos laranja.
Tentáculos que lembravam uma flor se abrindo saem da boca de Hilda e avançam contra o rosto da Sadako.
— Nyaahn, dameeee!! — A fantasma grita chorando enquanto Rosa e Misty gritam, tentando separar as duas.
— A Hilda parece normal pra mim. — Foi o que Ash disse.
— Continua no dia 3 de “5 longos dias” —
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(LEIA-ME) DO AUTOR:
Curtiram o capítulo/dia 2? Comente aí por favor! A cada dia que se passa as coisas vão ficando mais malucas! Dia 3 terá muita mulher pelada em, fica vendo KKKKKK
Tô aqui antes de ler o capítulo pra falar que, puta que pariu Mateusobaka pensei que tu tinha morrido de novo
ResponderExcluirRelaxa, tô vivo. To sobrevivendo como dá hahaha
ExcluirJá nem sei mais como elogiar as obras do mestre Mateusbaka, magnífico como sempre.
ResponderExcluirObrigado demais Lee 🥺 é sempre bom ser exaltado às vezes 😂 vou tentar postar o dia 3 no dia 31 desse mês.
ExcluirContinua
ResponderExcluirContinuo+
ExcluirKkk tu perguntou no zap, mas vou responder aqui também, esse capítulo foi mais doido sim, muito bom
ResponderExcluirMano, como puderam deixar alguém tão indefeso sozinho com um mostro de força gigantesca? (Esse alguém é o urso)
Caralho, Bea sobrevivente de massacre, não imaginava
Meu Deus, Shakira 😭, o Deus desse mundo praticamente, o caba some do neida
Eu consegui imaginar a cena da Hilda gordona ☠️
O bagulho foi pro caralho quando a Sadako Brasileira apareceu, mas de um jeito bom hehe 😈)
E o final foi nível Hilda mesmo, então tudo certo
Ótimo capitulo mano Baka (A música segue aqui cara 😭)
A tendência é pra ficar mais doido a cada dia que se passa hahaha
ExcluirTadinho do urso 😭
Ò a lore da Bea hahaha
Então kkkk
(Eu também)
Hauausus lindona
Show
Ainda com 5 longos dias na cabeça? Hahaha
Deus abençoe a adição da versão brasileira da Sadako
ResponderExcluirDeu abençoe Brazillian Sadako
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