Capítulo 78 de "Ash e as garotas contra o sobrenatural": Enfrentando um demônio modinha da internet!
(LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR:
Olha o Mateusobaka aqui gente! Esse mês vai ser loucura! Várias histórias vão ser atualizadas, inclusive o Toppaz comprou um capítulo de "Um Ash novo para uma nova região!" Obrigado a todos que já doaram para o blog esse mês, vou trabalhar muito!
Esse capítulo de Contra tá bem grandinho, e o de Konosuba vai ser gigantesco.
Um "feliz aniversário" para João Vitor Freitas, fã das histórias que acompanha há anos! Obrigado por estar vivo e ajudar o blog! Espero que goste do capítulo!
Doadores do mês (Outubro):
(...)
Na floresta tomada por uma neblina viva e faminta, o ar parecia pulsar com uma escuridão que respirava junto deles.
A versão demoníaca de Ash mantinha os punhos cerrados, o olhar feral fixo na figura esguia à sua frente, o ser sem rosto que ousava invadir sua mente.
— Tá surpreso, demônio engravatado? — Provocou com um meio sorriso, o tom carregado de desafio.
O Slender não respondeu, apenas moveu os tentáculos com velocidade absurda, estalando o ar como chicotes.
Ash ergueu as mãos, desviando e repelindo cada golpe com reflexos quase sobre-humanos, o som das colisões ecoando como trovões abafados.
— Tenta outra, magrelo. — Zombou, antes de ser atingido por uma tentaculada na face que o fez virar o rosto. — Faz de novo.
Outro golpe veio certeiro, mas dessa vez ele o agarrou antes que escapasse.
Os músculos tencionaram, as veias pulsaram de energia carmesim, e num giro brutal ele lançou o Slender contra uma árvore, partindo-a ao meio com o impacto.
— Lutar aqui dentro não tem graça… — Rosnou, a voz ecoando distorcida, como se mais de uma criatura falasse. — Vamos sair pro lado de fora. Me deixa sair. Se você me deixar sair, nem precisamos brigar.
O Slender se ergueu em silêncio, as sombras ondulando ao redor de seu corpo. Em seguida, avançou misturando os tentáculos com golpes de seus próprios braços alongados.
Ash recuou um passo, bloqueou dois ataques e, num impulso selvagem, agarrou as extremidades escuras e puxou o monstro para si, acertando uma cabeçada que reverberou na floresta sombria.
O impacto atordoou o ser sem rosto por meio-segundo. Era a brecha que Ash precisava: uma sequência de socos brutais o fez cambalear, as mãos do híbrido agora sujas de um sangue negro e viscoso.
Mas o Slender revidou. Dois tentáculos perfuraram o ar e o atingiram no peito, lançando o garoto contra uma árvore com força devastadora. Antes que pudesse reagir, os tentáculos o agarraram e o esmagaram repetidas vezes contra o tronco até arrancá-lo pelas raízes.
— Você tá na minha mente, seu verme! — Ash cospe sangue, um sorriso insano se formando em seus lábios. Puxou uma faca do bolso e a lambeu, cortando a própria língua de propósito. — Acha que pode vencer um demônio mais forte que você no domínio dele?
O Slender atacou de novo, oito tentáculos investindo em um turbilhão.
Ash girou a lâmina, e o aço brilhou num corte atrás do outro. Em segundos, pedaços de tentáculos caíam no chão, se contorcendo como serpentes amputadas.
— Eu ainda estou na minha primeira fase, mas todos são tão incompetentes que eu consigo matar de faquinha.
Teimoso, Slender tenta novamente machucá-lo na porrada, já que seus poderes mentais não funcionavam contra o cicatrizes de raio.
[Frish!] — Foi o som do último tentáculo sendo cortado, caindo e dissolvendo-se em sombra.
— Eu gosto mais do sangue da minha faca sendo vermelho, mas isso é só “brincadeira” mesmo, né.
Dividiu a língua com a própria arma branca e depois jogou a faca no chão.
— Não me faz te destruir no seu próprio jogo. Vamos lá, me deixa tomar conta do meu corpo, eu não vou interferir nos seus planos.
…
— Ei! — Exclamou quando viu o monstro cheio de tentáculos desaparecer. Primeiramente achou que iria receber uma emboscada, mas logo percebeu que ele fugiu da luta. — Merda.
Sabrina avançava por um cenário distorcido, idêntico ao que Ash havia enfrentado. O vento carregava um cheiro metálico, e as árvores mortas pareciam observá-la em silêncio. Mantendo-se em guarda, ela cobriu o dedo indicador com a luva branca, pronta para qualquer investida.
— Então você invade mentes… apareça, covarde. Não tenho medo de você.
Do alto, a criatura se contorcia presa a um galho seco, seus membros longos se movendo com movimentos inquietos e espasmódicos, como uma marionete em fúria. No instante em que ela se preparava para saltar, os olhos de Sabrina brilharam como um lampejo de premonição.
Ela ergueu o punho, o anel dourado reluzindo. Traçou no ar um pentagrama com o dedo, rápido e preciso.
— Expurgar! — O símbolo brilhou e disparou contra o demônio, atingindo-o com uma luz intensa. A criatura caiu da árvore, debatendo-se no chão, os tentáculos chicoteando o ar em desespero enquanto um brilho dourado o queimava, forçando-o a recuar, urrando em agonia.
Sabrina manteve a postura firme, os olhos frios e inabaláveis diante da criatura que se retorcia.
— Insolente, como ousa sequestrar o Max e matar tantas crianças? Eu vou… vou… hm. — Parou o monólogo ao perceber que a criatura sumiu.
…
Sabrina acorda no chão da floresta e se levanta armada, preocupada.
— Ash! — Gritou vendo quem ela considerava seu “irmãozinho” de cara para o chão, braços e pernas com veias negras. — Eu não vou deixar o lado mal tomar conta de novo, por favor, fica comigo. — Pediu ouvindo uma respiração esquisita do cabelos negros.
A mulher de cabelos roxos sentou com as pernas cruzadas e puxou o Ketchum para ela, colocando ele sentado sobre seu colo. Sabrina puxa o rosto dele para ela, quase chorando vendo sua pele tão grotesca.
— Sabrina… — A voz morta de Ash acelera um pouco o coração da jovem.
— Ash…? — Sorri vendo seus olhos castanhos, suas veias negras desapareciam, mas ainda tinha desconfiança que poderia ser uma armadilha do maligno.
— Sabrina… não me deixa tão perto assim dos seus peitos, ou eu vou perder meu controle.
A exorcista profissional se desestabilizou e ficou completamente vermelha.
— Até nessa situação, você…
Sabrina abraça ele, o deixando corado também.
— Por quê tudo isso? Aconteceu algo ruim? Cadê a May?? E a Hilda?? — Perguntou segurando os seios de Sabrina sem motivo nenhum, aproveitou mesmo daquele momento. — Temos que encontrar elas. — Se levantou pagando de doido.
— Eu enfrentei ele na minha cabeça, mas aquele sujo conseguiu escapar. — Sabrina contou ainda sentada, fechando os punhos por achar que falhou.
— Você enfrentou o demônio? — Parece não lembrar que fez a mesma coisa. — E venceu por W.O.?
— Eu não venci, ele está aqui nessa floresta! Agora eu sinto ele! — Sabrina se levantou. — Ash, eu não posso permitir que ele machuque mais alguém.
— Você sente ele…?
— É-é, uma presença ruim, não sente? — Gaguejou, ela não sabe até quando poderia guardar sua verdadeira profissão.
Ash cruzou os braços.
— Eu acho que ele atacou na minha cabeça também… lembro de ter me agarrado, mas… não aconteceu nada.
… — Sabrina não sabe o que falar. “Será que…?” — A garota de olhos vermelhos pensa em algo que a deixa com vontade de rir. “O Slender também fugiu dele?”
— Hilda! — Ash grita o nome dela. — Hilda!
Invés de um “PUF!”, a fada só apareceu voando por trás com sua feição boba.
— Oioi. — Fez biquinho flutuando com os braços arriados.
— Você tava aqui?!
— Tive que vigiar vocês, May estava aqui há uns minutos, mas foi a primeira a se levantar.
“ELA FOI A PRIMEIRA A BOTAR O SLENDER PRA CORRER” — Sabrina e Ash pensaram juntos com os olhos arregalados.
— Ela foi atrás do irmão, então fiquei aqui vigiando vocês.
— Ela pode ter ganhado desse demônio no mental por ser cabeça dura, mas vai falhar se tentar bater de frente com ele sozinha. — Conta Ash preocupado. — Temos que encontrar ela.
— Relaxa, eu sei onde ela está. — Hilda sorri.
May em busca do túnel caminhava por uma área que poderia ser considerada como um “ferro-velho”, vários carros velhos e destruídos existiam naquela área sem árvores.
— Como diria minha mãe, são carros do tempo de “ronkonkon”. O prefeito dessa cidade ainda não removeu essa tralha.
Caminhando, viu uma gosma preta descendo do teto de um veículo que parecia uma kombi misturada com fusquinha.
— Parece fresco, aquele demônio deve ter passado por aqui. — Notou que poderia ser um demônio físico e finalmente percebeu pegadas estranhas no chão, obviamente eram dos tentáculos da criatura. — Ele tá indo atrás do meu irmão!
…
“Mas Slender tem teleporte, o que está acontecendo?” — Insegura seguindo os passos, para de correr quando ouviu uma voz grossa de homem mandando ela ficar onde está.
“Policial aleatório só atrapalha” — Levantou os braços.
— Foi você que invocou ele, não foi?
“Talvez não seja tão aleatório” — Virou o rosto e viu um policial negro músculoso com o combo de careca, sua roupa não parecia com a do departamento da cidade.
O policial apontava uma pistola bem na cabeça dela.
— Tá falando do Slender?
— ENTÃO FOI VOCÊ? — Parece que na raiva iria apertar o gatilho a qualquer momento.
— Não fui eu! Eu tô atrás do meu irmão, eu juro! O Slender quer pegar o meu irmão!
O policial vai abaixando lentamente a arma com o tom de desespero de Haruka.
— Eu não posso deixar ele levar o meu irmão, por favor, não atira em mim! Eu não invoquei essa coisa, eu só vim acampar com meus amigos!
A autoridade guarda a pistola ao perceber que May não parece ser um problema, dava pra notar que não tinha uma arma consigo também graças a sua roupa apertada.
— Você disse que alguém invocou essa coisa?
— Sim, provavelmente um adolescente retardado! — Se aproximou da castanha.
— Um adolescente retardado…? Me explica porque achou que eu seria um. — Ficou brava.
— Olha garota, algum imbecil invocou essa coisa pela internet aqui e — Internet?!
— Eu sei que parece idiota, na verdade é, mas... — O moreno retira seu celular do bolso e mostra uma espécie de ‘’contrato’’ com o Slender, de um site chamado “Gary's Mod”
“Gary…?” — Entendendo nada, May lê o que estava escrito: “’Promoção Black Friday! (mesmo não sendo Black Friday) Nesta semana, o Slender pode visitar sua cidade pela metade do preço! Isso mesmo! 50% de desconto!’’
— É alguma pegadinha?
— Não, mês passado estava no preço normal mesmo.
— Eu tô falando do site!
— Calma senhorita, não é mentira. Isso é de um site da Deep Web.
— Lillie falou que a Deep Web é mal falada por aí por conta de sensacionalistas.
— Isso aqui é real! Sabe de onde eu vim por causa dessa merda? Da Califórnia!
— Explique-se direito. — May por algum motivo parecia mais o policial do que ele próprio.
Em um suspiro forte, o homem de uniforme começa a contar o que aconteceu.
— Mês passado, o amigo do meu filho Jacob, desapareceu. Dias depois, em uma noite exatamente como essa, escutei um barulho estranho vindo do quarto do meu filho. Quando cheguei, era tarde demais, o vi saindo com ele pela janela, vi Jacob chorando com sua boca tapada por uma das pernas negras daquele nojento.
— Eu sinto muito. — May sente um pouco da dor do pai, vai sentir o mesmo se seu irmão for levado.
— Eu não consegui salvá-lo, mas eu consegui rastreá-lo até aqui. O irmão mais velho do amigo de Jacob me contou que foi culpa dele.
“Cara, eu contratei o Slender pra vir pra essa cidade só no meme, eu não sabia que era real!” — Era um maconheiro maldito.
— Minha casa fica na floresta, morava lá com minha família pela calmaria. O desgraçado ataca mais em florestas ou em locais perto.
— Como soube que ele estava aqui?
O policial mostra o comentário do comprador mais recente, que se chamava “O antagonista”.
O antagonista comentou: Isso, venha para Meanviwi e faça o seu pior, Slender-man! Como sou eu, eu não vou pagar nada.
Logo abaixo tinha a resposta do dono do site.
Gary comentou: Z, Meanviwi nem precisa disso. Mas vou fazer.
“Não tem como ser aquele amigo do Ash, né? Ele não seria louco de aprontar uma dessas de forma tão explícita.” — May tinha um olhar tedioso de “é sério?”.
— É bizarro, né? Um site que você invoca demônios que estão pelo mundo.
— Não é só o Slender?!
Vendo o policial movendo a cabeça negativamente, o olho esquerdo de May pisca repetidas vezes, se parecendo com Iris.
— Ugh, eu aprendi sobre demônios, mas nenhum deles era invocado pela internet.
— São os demônios modinhas de hoje, antigamente os vampiros eram assustadores, mas agora brilham no sol e brigam com Lobisomens por causa de uma mulher dentuça sem expressão.
— Eu não tenho tempo para piadas! Vai me ajudar a salvar meu irmão?
— É Claro… er…
— May!
— Márcio!
Os dois agora correm juntos, mas continuam conversando.
— Veio sozinho porque ninguém acreditou em você? Tem uma arma aí?
— Eu não vou te dar até ter certeza que você está sã, vai que você é parceira do Slender ou uma louca.
— É sério?! Pra sua informação… puf! puf! — Pausou para respirar melhor enquanto corria. — Sou uma detetive e exterminadora de seres sobrenaturais!
— Mentira! — Ficou com vontade de rir. — Você?
— Escuta aqui ô careca, trouxe pelo menos algo para matar demônio além de uma pistola e faca?
Claro que o policial achou que apenas aquilo resolveria.
PUF! — A fada aparece ao lado da May e Márcio cai pra trás com o susto.
— Sabrina e Ash estão bem, estamos te procurando! Dá pra esperar um pouquinho aqui?
— Não posso, o Slender deve estar quase chegando no meu irmão.
— Ai droguinha… — Hilda põe a mão direita na cabeça. — Tá, eu posso tentar proteger ele enquanto vocês chegam, mas acho bom darem conta!
— Faria mesmo isso por mim?
— É claro, eu não quero ver você triste.
— M-m-mas… — O policial não entendia porcaria nenhuma.
(...)
— Hilda, por favor, toma cuidado! — Ash falava com a fada em tamanho de gente. — Aquele monstro tem tentáculos, eu não quero que ele encoste em você.
— Por que eu sinto que você está falando de outra coisa? — Hilda faz carinha de nojo.
— Não entendi. — Sabrina era uma fofa.
— Ashinho, me dá um beijinho de confiança antes de eu ir?
— Eu te dou um beijão se você não morrer! Vai logo!
— Eu não vou quase morrer de novo, eu juro! — Apaixonada e vermelha, a fada animada levanta a varinha com a mão direita e a ponta redonda de redemoinho gira, ela desaparece após uma fumaça rosa.
…
— Ei… — A mulher mais velha chama atrás do Ketchum. — Você beija todas as suas amigas…? É um beijoqueiro…?
— Espera aí, não é assim! Não tenha uma ideia errada sobre mim! — Gritou envergonhado. — Eu sou um homem de família! — Tinha que pagar de bom moço pra um dia poder namorar com ela.
Hilda surge de frente para um túnel da floresta escura, cercado por árvores altas e densas. Ele se destaca porque o terreno ao redor é levemente inclinado e a vegetação é mais rala, o que cria um corredor natural que conduz diretamente até sua entrada.
Dentro da estrutura de concreto, Hilda vê que Max continuava desmaiado na escuridão, esgotado mentalmente pelo monstro.
— Parece que eu cheguei a tempo. — Virou de costas para o tubo cilíndrico mal iluminado de concreto, grande o suficiente para uma pessoa passar ereta, mas estreito o bastante para parecer claustrofóbico. — Bem a tempo mesmo.
A fada vê a criatura emergindo das árvores, seus passos não produziam som; apenas a floresta reagia, como se cada folha sentisse o peso de sua presença.
— Você é burro? Apanhou de todo mundo e fugiu tão desesperado que parou no outro lado da floresta? Kukukuku, que ridículo! — Zuou com a mão direita frente a boca igual uma garotinha.
“Uma fada?!” — Slender para há uns metros da guarda do túnel, seus tentáculos saindo de suas costas se retraindo levemente. “Como você voltou a vida?”
— A morte de um anjo me trouxe de volta.
“Eu não sei qual delas é você, mas retire-se do meu caminho. Essa criança é minha.”
— “Uiuiui, eu sou um demônio obscuro que preciso me alimentar de crianças e do medo humano para sobreviver” hihihihi! VAI EMBORA! VAI EMBORA E NÃO VOLTA!!
“Espera! Você é aquela irritante fada ilusionista? Irmã da fada do sorriso que vendeu a alma pro diabo?
— O quê?! Irritante é você, seu demônio lolicon! Shotacon!
“Ei! Eu não sou isso não, eu devoro literalmente crianças, não vem com ideia errada pra mim não!’’
— Eu não vou deixar você devorar o irmão da minha dona. E se eu te vencer, o Ash vai ficar muito orgulhoso de mim e vai me dar um monte de beijinhos! — Exclama com os olhos fechados, animadinha.
“Você gosta daquele híbrido? Ele é praticamente um demônio bebê, shotacon é você!”
— Como ousa chamar meu mestre de bebê?! Você vai ver só!
O ar vibrou, o vento parou. Em um piscar de olhos, a paisagem ao redor se distorceu como vidro trincando, o chão de terra virou um tapete cor-de-rosa, as árvores se transformaram em pirulitos gigantes e o cheiro doce de açúcar tomou conta do ar.
Era outro mundo, um reino ilusório criado pela fada.
O céu ficou pastel, e confeitos gigantes brotavam das flores. Mas o ambiente não era acolhedor: havia algo de bizarro naquela doçura, como um sonho que tentava ser bonito, mas escondia algo distorcido.
— Não é só você que pode brincar com a mente dos outros, manequim de terno. — Hilda desaparece após o apelido.
“Fada idiota, é tão velha quanto os dinossauros e age como uma pirralha!” — O Slender começou a se mover, irritado. Seus tentáculos golpearam uma árvore feita de algodão-doce, fazendo-a se dissolver, revelando apenas névoa. Outro golpe, outro erro. O mundo inteiro parecia zombar dele.
De repente, vultos cor-de-rosa começaram a surgir e desaparecer, rindo em ecos infantis. Cada uma das ilusões atacava de forma rápida, aparecendo às suas costas, tocando-o e sumindo antes que ele reagisse. As investidas vinham de todos os lados, ilusões tão bem feitas que até o próprio ar parecia vivo.
Girou seu corpo com os tentáculos para tentar acertar todos, mas mesmo assim recebeu um murro assim que concluiu o ataque.
Um soco de verdade e bem dado, o recuando para trás. A sombra rosa que fez isso sumiu, pelo visto Hilda sabia bater.
“Fedelha, apareça e lute!”
— Que foi? — Apenas escutava a voz dela próxima. — Não é legal quando é contra você? Ah, espera, eu sou melhor que você! Hihihi!
A cada falha em distinguir o real do falso, o Slender se irritava mais, sua aura escura ondulando como fumaça sufocante em meio ao doce ambiente. A floresta de conto de fadas se tornava seu pesadelo pessoal.
[3 minutos depois…]
Ash, May, Sabrina e o policial da Califórnia chegaram no local, e com cuidado, se aproximaram, mas mantinham um pouco de distância da confusão que acontecia.
— Cadê a Hilda? Cadê a Hilda? Cadê ela? — A própria falava em cima de uma árvore enquanto o grupo com uma gota na cabeça assistia o Slender que nem um boneco de Olinda acertando o vento.
Ao cansar, Hilda só voou em uma investida e golpeou a cabeça dele. Max parecia bem.
— Errou! — Exclamou depois de desviar de um tentáculo.
— Eu não sei o que está acontecendo com ele, mas ela é até que é poderosa. — Ash disse para May e sua amiga confirmou com a cabeça.
— Demônio, eu preciso eliminá-lo. — Os olhos de Sabrina só estavam para o Slender, quando ia mexer em seu anel, Ash puxa ela.
— Que é isso garota, tá doida? É perigoso ali!
Aparentemente o Slender não enxergava o grupo.
— Slender! Eu vim ter minha vingança! — O policial só entrou na briga metendo bala e levou uma tentaculada no rosto, desmaiando após acertar as costas em uma árvore.
— Pff, quem é essa figura? — Ash riu do que aconteceu ainda agarrando a mulher de cabelos roxos, não a deixando participar da luta.
“E eu achando que ele seria útil para alguma coisa” — A cara de May para o policial era muito cômica. — Sabrina, chama uma ambulância.
Na visão do demônio, o chão sob ele se abriu em pétalas, revelando uma teia de luz. Correntes de energia cor-de-rosa subiram em torno de seu corpo, prendendo-o por instantes. As correntes eram ilusórias, mas o dano era real, queimavam como se estivessem arrancando algo além da carne.
“CHEGA DE SUAS PALHAÇADAS!” — Todo mundo escutou o rugido e o barulho esquisito dos tentáculos irritados, seu terno foi devorado pela boca cheia de dentes afiados revelada em sua barriga, que agora parecia gigante.
Almas de crianças chorando saem daquela boca maldita e começam a desmoronar o mundo de doces, fissuras se abriram no céu e uma onda de escuridão se espalhou como fumaça negra. O mundo colorido se fragmentou, e Hilda foi lançada para trás pelo impacto mental, como se tivesse levado um golpe invisível.
“Venha minha criança!”
Com os olhos fechados, Max saiu sonâmbulo do túnel caminhando na direção dele, mas May o agarrou antes que chegasse perto do demônio, o acordando.
— May! May?! Mayy!!
— Maninhoooo!! — A irmã mais velha o abraçou. — Você tá bem agora! Eu não vou deixar aquele demônio te pegar!
— May, você pode me xingar, me botar de castigo, contar pra mamãe que fui eu que joguei o brócolis na privada, mas você vai ser sempre minha irmãozona! Eu te amoooo!! — Chorou horrores depois de sair do transe do ser de terno.
O Slender viu tanto Hilda quanto os dois enquanto as assombrações rasgavam o cenário, e cada golpe fazia o mundo ilusório perder a cor.
Hilda tentou criar duplicatas, mas o monstro aprendeu a distinguir o real na luta contra os vultos coloridos: ele golpeou a direção certa, atingindo a verdadeira. O impacto a jogou contra uma árvore de balas, quebrando a ilusão local e estilhaços de luz voaram quando ela bateu no chão.
— Hilda! — Ash gritou o nome dela e correu para ajudar, com Sabrina gritando “NÃO!”
Com o nariz sangrando, Hilda ergueu a mão, e de seu toque surgiu um espelho gigante feito de névoa doce. O Slender avançou, e sua própria imagem saltou do reflexo, atacando-o de volta, uma ilusão viva que o fez recuar em raiva.
“Isso não foi nada!” — Então aí ele viu o Ketchum. “Olha quem está normal!” — Notou que Sabrina parecia distraída e longe o bastante, então capturou Ash com seus tentáculos e o levantou rindo. “Não tentem nada! Ou eu vou apertar ele tanto que vou dividi-lo no meio! “
— ASH! — Era tanto o ponto fraco de Hilda, quanto de Sabrina.
“Eu quero o Max. Me entreguem o Max e eu deixo ele ir!”
— Como se demônios cumprissem acordos!
— Ei Sabrina! Eu não posso entregar meu irmão!
— Não foi isso o que eu quis dizer!
“Ei, demônios cumprem acordos sim!”
— Arhh… — Ash fechou os olhos, a pressão forte contra seu corpo parece ter o desligado por um momento e suas veias começaram a ficar negras.
“Se ele inventar de se transformar em seu lado demoníaco, eu vou eliminá-lo, acho melhor serem rápidas. Sua exorcista de merda, eu duvido que você me atacaria com seu “expurgar” sabendo o risco de matar seu amiguinho que também é um demônio. “
Sabrina fecha os punhos, na última vez o Ash só não morreu porque Gary o protegeu com seu corpo e asas.
“Uma exorcista amiga de um meio demônio, essa eu vou ter que contar no inferno.”
Sabrina se ajoelha no chão e fecha os olhos ao juntar as mãos.
“Tá orando? Deus não vai ajudar vocês.”
— Senhor Todo-Poderoso, eu te imploro… não permitas que o Ash pereça sob as garras deste demônio. “Ei! Eu vou esmagar ele em” Guia a luz do meu anel, faz com que o meu golpe purifique o mal, mas poupe o justo. “Vou esmagar!” Que o poder divino alcance o inimigo, e que apenas as piores trevas sejam expurgadas.”Eu vou…” EXPURGAR! — Sabrina manda o ataque traiçoeiro pra cima dos demônios.
“DESGRAÇADAAAA” — Gritou recebendo o pentagrama luminoso e Ash em seguida acorda com os olhos vermelhos, gritando também por sentir muita dor.
— ASH!! — Lillie gritou o nome dele chegando na batalha, e Hugh e Nate privaram de bala o demônio sem rosto, que se contorcia no chão, queimando.
— Ai droga, essa coisa ainda tá viva! — Nate olha para seu parceiro.
— Chuta! Chuta! — Assustados, Hugh e Nate lincharam o demônio enquanto o outro era socorrido por Sabrina, May, Hilda e Lillie.
“AAAAHHH!!” — Slender num surto manda os dois para longe com seus tentáculos e consegue se levantar. “Vocês são piores que os demônios, eu tô indo embora!”
— Não vai não! — Sabrina se levanta. — May, ele vai ficar bem, o lado demônio tá dormindo de novo e ele não vai morrer! — Avisou para o rapaz que tinha suas roupas rasgadas, sangrando por várias partes.
— Ele tá bem mesmo? — May chorava pondo o corpo do Ketchum sobre seu colo.
— Ele mesmo normal ainda tem um pouco do fator de cura, eu já voltooo!! Ei! Volta aqui seu demônio, eu vou te banir!!
— Peguem ele! — Hugh aponta.
— Tasca! — Nate grita.
— Vou te dar uns bons catiripapos! — Hilda estala os dedos de seus punhos fechados.
— Eu vou também! — O policial da Califórnia tinha acordado.
— Eu trouxe minha espingarda de sal grosso. — Lillie destrava a arma com um olhar de alguém muito puta de raiva.
“Socorrooooo!!” — O demônio foge deles com os tentáculos mais rápido do que nunca, e pulava para o alto toda vez que recebia um “expurgar!” da exorcista que estava bem na cola dele.
Eles se aproximavam da estrada.
“Exorcista chata! Eu não vou deixar você me dar um tiro concentrado, então para de” [VRRUUMM!!] — Uma ambulância apareceu do nada e atropelou de forma brutal o macarrão escuro, o dilacerando e esmagando com as rodas ao passar por cima.
Com o corpo do demônio enganchado no veículo, a ambulância bate com força em um poste e o motor começa a pegar fogo.
??? — As meninas e os policiais não entendem nada do que acabara de acontecer.
…
— Outro milagre… — A serva de Deus sorri.
— Caralho William, eu achei que você soubesse dirigir! — Matt grita saindo da porta da direita da frente.
— Eu não tive culpa! Apareceu do nada! — Topetão sai do banco do motorista.
— Aí meu Deus, atropelamos um mordomo! — Jeanderson sai de trás chorando, acompanhado de Danilo.
— Caramba, o Will até arrancou o rosto dele fora. — O cabelo encaracolado de óculos encarava o monstro alojado na parte da frente da ambulância.
O grupo das lagartixas trajavam roupas de paramédicos.
— Vamos sair daqui, idiotas! A ambulância vai explodir! — O líder negro alertou e então viu os policiais olhando para eles. — A POLICIA, não vão nessa direção! A outra!
— Eu nunca mais tento ajudar ninguém! — William chora e a ambulância explode com o Slender.
— Continua no capítulo 79 de “Ash e as garotas contra o sobrenatural” —
(LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR:
Vocês gostaram do capítulo? Nesse teve combate, mas não é algo comum no livro 1 e 2, mas tem. Também ainda tem muita comédia... o que acharam do "arco" em si do Slender?
Meu Pix é 142.958.614-13 (Mateus Vinicius)






Até que enfim a batalha que eu tava esperando, eu tenho que admitir que o gancho da batalha foi mais emocionante que a luta mas ainda sim foi boa, sem contar que o slender foi humilhado do início ao fim, da um pouco de dó dele, mau posso esperar pelo próximo e quero ver se um dia o Ash vai descobrir sobre ele ser um meio demônio, e também ótimo capítulo como sempre
ResponderExcluirO gancho ficou foda pq é Ash demônio né, geral gosta dele.
ExcluirQue bom que gostou da luta!
Vamos ver nos próximos capítulos!
Obrigado!
Continuaaa
ResponderExcluirContinuo
ExcluirCara, que cap foda! Cê não tá ligado no quanto eu ri do slenderman arregando pro Ash e pra Sabrina, e sobre ele arregar pra May, quero saber oq aconteceu no sonho kkkkk, e será que ele morreu msm nesse atropelo? Kkk enfim, continue e espero pelos próximos BAKA!
ResponderExcluirAh, e foi mal, me esqueci de por no comentário acima, mas valeu pela mensagem e desejo do feliz aniversário Vey S2
ExcluirMaluco apanhou de todo mundo KKKKK
ExcluirMorreu, é a mesma morte da versão original.
Continuo!
Tmj demais João!
Caaaaaara, foi algum tipo de referência aquele vídeo do Jeff contra o Slender que tem no YouTube? Ficou muito foda véi, sou muito fã dessas lutas
ResponderExcluirCaralho, May tankou uma invasão mental por ser cabeça dura, cinema demaize
Grande Márcio, ajudou muito o caba kkkk
Esse final me quebrou kkkk muito bom cara, os cara atacando o Slender igual o meme do "Todo mundo batendo no Jack), e os outros ainda atropelando ele, melhor final
Ótimo capitulo maninho
Nunca vi esse vídeo. Obrigado Junin :3
ExcluirKKKKKk
O herói
Gausshsus
Obrigado Junin!