Capítulo 52 de "Ash e as garotas contra o sobrenatural": O que impede um demônio de fazer maldade?

 (LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: 

Infelizmente hoje não vai ter academia de garotas porque eu ainda não escrevi o capítulo. Então pra quem está hypado com esse primeiro arco da 2 temporada, vai adorar. Comentem!

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CAPÍTULO 52: O QUE IMPEDE UM DEMÔNIO DE FAZER MALDADE?

(...)

— Acho melhor você ir embora. — Disse sério o rapaz da jaqueta de couro, William confirma com a cabeça depois de deixar a garrafa sobre a mesa próxima dele. 

— Ccerto, até depois, Ash. — Falou nervoso botando sua bolsa nas costas e logo saiu do laboratório.

“Estranho…” — Ash segurava a garrafa apenas pela tampa, usando o dedo indicador e o polegar esquerdo. “Me conhecendo, eu teria jogado a metade dessa garrafa na cara desse idiota.”

— Uh… Ash, na verdade, eu vou ficar aqui… — William retorna envergonhado. — Pra quando você ir embora, eu trancar o laboratório. Sabe, a Lillie, Wicke e até mesmo o diretor iriam ficar putos comigo. — Explicou não querendo olhar nos olhos de Ash, que o encarava não acreditando na cena, com uma gota na cabeça. 

— Sem problemas, eu já ia sair desse lugar imundo. — O Ketchum na verdade falava sobre a escola em si. E foi isso que fez, passou por Will sem fazer nada e o jovem de topete viu ele indo embora até sumir de vista. 

— Ufa. — O pobre do William bufa, com a mão direita no peito. 

Ash colocou a garrafa em uma sacola comum e retornava pra casa meio perdido em seus pensamentos, já estava ficando tarde e era um início de noite parecido com aquela de quando descobriu que o sobrenatural existe. Na verdade, aquela era uma grande lembrança do outro Ketchum. 

! — Uma sensação nauseante surge na boca do estômago do cicatrizes de raio enquanto, simultaneamente, os seus olhos mudavam para um tom preto com a íris avermelhada. Um carro passava atrás dele, na rua da fábrica abandonada de roupas Grace. Ash então acabou vomitando. O único problema era que o vômito dele era negro. 

O carro que passava pelo Ketchum abruptamente perdeu o controle, acelerando e se chocando contra um poste de luz. Felizmente, não houve mortes nem ferimentos graves.

— Droga… acho que entendi, aquele infeliz ainda não desapareceu completamente. — Ash cerra os dentes. — Você tem que sumir, eu vou eliminar todas elas, todas! Ouviu? — Falava bravo, com resquício do vômito ainda perto dos lábios. 

Ele segura na sacola que ele acabou derrubando no chão e volta a caminhar, ignorando completamente a pessoa que se acidentou. 

“Talvez ele ainda esteja influenciando, mesmo que pouco, em minhas ações.” — Pensava retornando seus olhos para uma versão normal. ”Só isso explica eu ter agido daquela forma com William, por que eu gostaria de ouvir alguma piada idiota?” 

A imagem de Hilda chega na mente de Ash e ele levanta um pouco as sobrancelhas. 

“Merda, eu sinto que aquela fada pode surgir a qualquer momento.”

Alguns minutos depois o demônio retornou para casa e tentou parecer um filho normal, contando que teve um dia legal na escola, mesmo sem mais nenhuma amizade. 

Ash disse que já tinha comido em uma lanchonete e que não iria jantar, subiu as escadas com a sacola na mão. Délia não perguntou nada sobre, já que de longe parecia uma garrafa de guaraná ou algo assim. A pior das coisas poderia ser alguma bebida alcoólica ali dentro. 

A mãe depois abriu a bolsa que ele deixou no sofá e checou seu caderno, realmente havia feito as tarefas de hoje.  

“Ele realmente parece normal?” — Perguntou para si mesma. 

Chegando em seu quarto, Ash se sentou na cama e ficou lá, parado se encarando no espelho em seu quarto escuro.

(....) Horas antes, longe dali, Serena estava deitada na cama parecendo ter entrado em uma espécie de ‘’estado vegetativo”,  só que com os olhos abertos. Ela não estava respondendo ninguém. 

— Aconteceu algo com a senhorita Serena? — Pergunta o mordomo Jarbas, a empregada Clair estava com ele. 

— É o que estamos tentando descobrir, mas ela não responde. — Explica May, Iris comia bolinhos no outro lado da cama. 

— Humm, esses bolinhos estão uma delícia, dona Clair! — Agradece a comilona. 

— De nada, querida. — Agradece sorrindo e depois fica séria ao olhar no rosto de Serena. — A última vez que eu vi ela desse jeito, foi quando Grace mandou cortar os cabelos dela quando completou 10 anos. 

— Também teve aquela vez que ela não conseguiu ir para aquele show daquela boyband, Clair. — Lembra o mordomo. 

— Tem razão!

— Cadê a Grace e o Calem? — Pergunta May.

— A senhorita Grace deve chegar em breve, agora o Calem anda sumindo nos últimos tempos. Ele parece estar viajando bastante. — Fala Jarbas. 

— Deve ser difícil pra ela ter os dois tão ausentes assim nos últimos tempos. — Disse Clair segurando na mão da patricinha. — Vou ligar pra mãe dela. 

— E eu vou mandar a cozinheira preparar algo que a anime! — Disse o mordomo.

— Trás pra mim t-também, PORRA! — Pede Iris, acabou gritando sem querer no final. 

Os dois vão embora e a garota do cabelão roxo vai até May, as duas agora ficam encarando a patricinha.

— Não é melhor ligar p-pra uma ambulância? 

— Ele parece uma pobre mulher traumatizada. — Sussurrava May. — Acha que o Ash… estuprou ela no banheiro? 

— Claro que não, c-conhecendo a Serena, se ele tentasse fazer isso, ela ia abrir as pernas no mesmo instan- — EU OUVI ISSO! — Serena reclama encarando a morena, e 2 segundos depois, retorna pra cara fúnebre dela. Suas duas amigas se encaram confusas.

— Serena, quer parar de frescura? — Reclama a garota da bandana vermelha. 

— Frescura?! — Serena levanta a blusa dela e mostra um hematoma em sua barriga. — Ash bateu em mim! — Finalmente contou o que aconteceu, deixando as meninas chocadas. — E ainda disse coisas horríveis! Aquele não é o Ash! — Serena cobre o rosto, chorando. 

— Eu realmente não consigo imaginar o Ash fazendo uma coisa dessas. — May dizia em tom triste. — Mas pelas coisas que falou e como está se comportando, eu acredito. 

— N-não, não tem como Ash ter virado um lixo vivo em tão pouco tempo! — Iris falava com as mãos na cabeça. — Impossível, só pode SER algum copiador, tipo aquela fada! — Exclama e aponta pra May. 

— Não acho que Hilda tenha haver com isso, pode ser talvez um metamorfo, igual Lillie sugeriu um dia. — Haruka colocava o cérebro pra funcionar. — Uh, espera, se fosse um metamorfo, provavelmente o Ash verdadeiro estaria morto esse tempo todo! — Ela já se desespera. 

! — Serena lembra da mudança bizarra na aura do Ash, que surgiu e desapareceu num piscar de olhos.

— Não, o Ash nãooooOOWAAHHH!! — Iris abre o berreiro, igual uma criança caída agora no chão, dando murros no assoalho e pequeno chutes. 

— Com mil demônios, AI! — Serena geme com a mão na barriga. — O Ash está possuído! — Concluiu a patricinha e depois ficou fazendo careta de dor. 

— Possuído? Assim, até eu já bati em você, não sei agora se isso faz sentido. — May disse olhando pra cima e Serena encarou ela igual um cachorro rosnando. 

— Ele afundou o punho… — Deu uma pausa pra respirar. — Na minha barriga… disse que ia acabar comigo, se eu falasse com ele de novo… acha isso normal, sua puta? — Serena joga o travesseiro na peituda e depois geme de dor. 

— Calma aí vocês duas! — Pede Iris. — May, todas aqui sabemos que jamais o Ash faria algo assim, não é da índole d-dele, CARALHO! — Iris grita piscando o olho esquerdo três vezes. — Desculpem.

— Precisamos falar com a Lillie agora mesmo então! — A jovem de vermelho se lembra de algo. — Merda, a Lillie sempre desliga o celular nas aulas. E se uma hora o Ash encostar nela? Peraì, até que faz sentido esse negócio de demônio, mas não temos 100% de certeza! 

— O Ash nunca faria aquilo comigo! Para de ser malvada só porque você tá com raiva! — Serena reclamou chorando de dor. 

(...) [Quebra de tempo]

Era 00:14 da madrugada, Ash se levantou da cama com os olhos dessa vez completamente negros. Lentamente, ele se esgueira até o quarto de sua mãe em passos leves. O Ketchum vai até o lado de Délia e fica parado, em pé, a observando dormir. Passou-se muito tempo assim, quando chegou em cerca 4:00 da madrugada, Ash saiu do quarto a passos lentos, completamente hipnotizado. 

Pela manhã, Delia acordou passivamente e depois de ver a hora no celular, levantou ainda um pouco sonolenta. O ambiente naquele quarto parecia estar tão pesado que ela estava considerando seriamente voltar a dormir. Bocejou sentada na cama e se espreguiçou levantando os braços, vestindo apenas uma camisola bege que… bem, digamos que era bem reveladora.

— Hum…? — Delia notou a porta aberta enquanto coçava o peito. 

Ela checou o quarto de Ash e ele não estava lá, desceu as escadas e checou a geladeira, novamente estranhou algo, mas parecia ser agora uma coisa familiar. 

— Ele pegou a carne de novo. — Notou sangue de filé ou galinha no chão. “Ele não pode estar comendo isso cru, Ash é normal. Não tem nada de errado acontecendo… né?” — A mulher de cabelo castanho escuro duvidava de si mesma. 

Um pedaço de papel invade o quintal da residência Ketchum e gruda na janela perto da televisão, parecendo ser de um algum jornal local. Ela acaba abrindo janela e pega o papel, sendo uma página falando novamente sobre as mortes dos assassinos do grupo “Legião”. 

“Morreram no mesmo dia que o Ash decidiu sair de casa depois de tanto tempo informado naquele quarto.” 

[Flashback ON]

— Amanhã volta às aulas, por que não aproveita seu último dia de férias e vai pra algum lugar com o Red ou algum de seus outros amigos?

— Eu já disse que não tenho mais amigos, e eu não tô nem aí pra isso. — Respondeu indo até a mãe. — Mas eu vou sair sim pra me divertir, não se preocupe. — Passou por ela. 

[Flashback OFF]

— Ash, cadê você? — Delia o chama andando pela casa. Acaba até saindo para o quintal, mas foi em vão, não encontrando nenhum sinal de seu filho.

Nesse intervalo de tempo, Danilo acaba de sair de casa, e ao subir na bicicleta e sair do seu quintal, nota a mulher e acaba se distraindo, caindo no meio das latas de lixo do outro vizinho.

 (...) [Leaf]

A jovem parecia um pouco triste indo para escola, dessa vez não tinha a companhia de seu namorado. Ela estava matando tempo falando no telefone enquanto esperava o sinal abrir. 

— Tá tudo bem Lyra, seu irmão vai ficar bem. Diz pro Red voltar pra casa mais tarde, eu só vou poder visitar o Ethan no fim de semana. 

Lyra: Eu digo a ele aqui, inclusive ele acabou de mandar um beijo pra você, tchau Leaf!

A esbelta garota de saia vermelha guarda o celular em sua bolsa e atravessa a pista para entrar em uma rua cheia de casas. Ela então suspirou, chateada. 

— Não entendo o Red ser tão modesto. Ethan é nosso amigo, mas ele hoje em dia nem é tão próximo assim. — Obviamente ela iria dizer o motivo falando sozinha, resmungando. Afinal, é da Leaf que estamos falando. 

Um vento forte faz voar várias folhas de uma árvore no outro lado da rua, elas acabam atravessando a pista e chegando até às pernas da olhos prateados. 

— Idiota, eu não gosto de ficar sozinha, acho que eu deveria ter pedido pro Brendan e o Hilbert que me buscassem pra ir pra escola. — Ela falava, notando que uma folha entrou um pouco na sua meia direita. Ela se abaixa e pega a folha, depois joga pra cima ao se levantar e o vento leva a folha embora. 

Enquanto Leaf caminhava, a folha que o vento carregava foi até o fim da rua e grudou nos cabelos de Ash Ketchum, que estava sentado em cima de um muro da única casa abandonada da rua. 

O rapaz de cabelos negros pega a folha e a rasga no meio, depois olha pra sua colega de classe se aproximando. Ash usava seus fones de ouvido e todo o resto de sua vestimenta nova. 

— Huh, olha só quem é. É o cara mais falado da escola, de novo. — Leaf põe as mãos na cintura, zuando enquanto chegava perto. 

— Eae. — Ash acena com a mão direita, sério. 

— Vai voltar pras meninas quando? — Ela perguntou,  parando na frente dele. 

— Em breve. — Respondeu o Ketchum e sorriu esquisito, Leaf em seguida questiona o que diabos ele estava fazendo ali. — Matando o tempo.

Ainda faltavam muitos minutos para começar a primeira aula, ela decide retornar a conversa sobre as antigas amigas do rapaz. 

— Pelo tudo que você falou ontem, achei que nunca mais iria perdoá-las. — Leaf tem a ótima ideia de querer subir no muro para ficar sentada do lado do Ketchum, ele a ajuda usando apenas o braço esquerdo. — Não lembro de você ser forte assim. — Falou se ajeitando no muro. 

… — Ash não responde, apenas olhava pros carros e pedestres passando. 

— Você também tem que se desculpar, elas também são minhas amigas. 

— Suas amigas? — Ash tinha um sorriso sarcástico. — Elas são cobras peçonhentas, igual você quando fala mal delas pelas costas. 

— E-eu? — Leaf fica vermelha, fingindo surpresa. — Eu nunca faria isso! 

— Patética. — Ash revira os olhos, conversava ainda sem virar o rosto pra ela. 

— Você ainda está com raiva delas, por que disse que em breve iria voltar para elas em breve?

— Tu fala demais. — Ash encara a alma de Leaf com seus olhos nefastos e acaba revelando uma nova habilidade.

A jovem de blusa azul iria tentar argumentar mas acabou parando antes de sequer começar, ficando com a boca aberta e agora com os olhos completamente roxos, parecendo estar presa numa espécie de transe profundo.

— Que sua passagem para o inferno seja rápida, mas dolorosa. — Falou depois da garota descer do muro. Ela caminhava lentamente em direção à rua, enquanto um carro se aproximava de forma rápida. Se a garota pulasse ou entrasse na pista, era um acidente fatal na certa. 

! — Os olhos de Leaf voltam ao normal e ela vê um carro passando de raspão nela, fazendo seu coração quase pular da boca. Assustada, com a bunda no chão agora, ela olha pra trás e não tinha Ash, não tinha nada. Não sabia nem como tinha parado ali, sendo que segundos atrás estava no muro conversando com o amigo de Red. 

“Porra, eu não estou suportando mais você, seu fraco incompetente” — Ele corria em destino a escola, algo dentro dele estava impedindo suas ações, e ele sabia muito bem “quem” era. Mas isso vai ter que mudar, por bem ou por mau.

— Ali! Passou! Entrou! — Iris acaba narrando, alertando suas amigas que o garoto tinha entrado na escola. Elas estavam na van, estacionada próxima do portão. 

— Certo, vamos reunir todas as pistas necessárias. — Lillie falava atrás das cadeiras, do lado de May e Serena na parte espaçosa do veículo. — Se ele realmente está possuído, vamos descobrir hoje! 

— Puta que pariu, eu já disse que ele está possuído! — A rica do chapéu rosa reclama. — Tenho certeza que foi ele que derrubou o Ethan da escada, por causa de  ciúmes de mim! 

 — Tá com tanto ciúme de você, que te deu um socão e mandou nunca mais você falar com ele… — May disse baixinho olhando pra outro lado, Serena dá um tapa na cara dela. 

— Vadia idiotaaaaaa!! — Serena agarra o cabelo da peituda e as duas começam a brigar. 

— T-tem homem, que por causa de ciúme, MATA o amante e também a companheira! O-ou ex, Aaahhh! — Iris grita pensando nesses atos inaceitáveis que acontecem na sociedade.

Serena, pálida, pensa em um cenário de um Ash encapetado vindo buscar sua alma. Seus pelos loiros ficam todos em pé. 

— Por que tem que ser eu? Se for assim, porque ele não mata a May? — Serena aponta pra garota da bandana que faz uma careta com a boca cheia de dentes afiados. — Era ela que vivia batendo nele, toda tsundere cu doce! 

— Quem vai matar você vai ser eu agora! — May agarra o pescoço da patricinha e as duas voltam a se espancar na parte de trás da van. De longe a cena parecia completamente outra, com aquela van balançando conforme as duas se estapeiam.

Iris encarava aquilo com uma gota na cabeça e Lillie nem ligava pro que estava acontecendo, ela só pensava no Ash e em como vai tentar salvar ele dessa, caso realmente esteja com problemas em nível sobrenatural. 

“Só um demônio explica você ter mudado tanto. O Ash que me apaixonei, jamais falaria coisas tão cruéis. Eu vou te salvar, Ash!” — Pensava a loira com os punhos fechados. 

— Continua no capítulo 53 de “Ash e as garotas contra o sobrenatural” —

(LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: 

Vocês estão bem? Espero que sim, nos vemos logo, logo. Comenta aí se puder ;3

 

Próximo capítulo (53): Descontrole!

Capítulo anterior (51): Um verme e um rato de laboratório!

(Link) Soundtrack/Trilha sonora da história (Ash e as garotas contra o sobrenatural)

Todo capítulo geralmente sempre vem com uma música nova que vai pra sountrack da história, confira lá no canal, é só clicar no link acima em vermelho. 

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TODOS OS CAPÍTULOS JÁ POSTADOS:

Capítulo 49: Um recomeço sangrento?

Capítulo 50: O máximo que ele pode dizer é "não"!

Capítulo 51: Um verme e um rato de laboratório!

Capítulo 52: O que impede um demônio de fazer maldade?

Capítulo 53: Descontrole!

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