Capítulo 53 de "Ash e as garotas contra o sobrenatural": Descontrole!

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CAPÍTULO 53: DESCONTROLE! 

(...)

Antes de tocar pro início da primeira aula, a namorada de Red chegou assustada para perto do corredor onde ficava a diretoria.

— O que aconteceu? Parece que você viu um fantasma. — Fala May. 

— Ou um demônio! — Serena levanta o dedo indicador direito pra cima. — Foi um demônio, não foi? — A patricinha agora segura nos ombros da mulher, um pouco histérica.

— Eu não sei, eu nem sei o que acabou de acontecer! — Leaf responde nervosa sendo sacudida. 

— Conta pra gente o que foi que houve. — Pede Lillie. 

Um pouco longe das amigas, Iris encontrava-se no outro lado da sala de aula, observando o Ketchum atentamente. Ele tinha seu rosto escondido no meio dos braços e mesa. O grupo das lagartixas no fundo da sala encaravam o cicatrizes de raio, um pouco mais à esquerda.

— O que vocês acham que aconteceu agora? — Pergunta Matt pondo o celular na mesa. 

— A professora entrou. — Disse Jeanderson.

— Eu tava falando sobre o Ash, seu acéfalo. — Matt falava morrendo. 

— Vontade de bater nesse cara. — Vitor estava de volta, obviamente também reclamando com Jean. 

— Eu acho que Ash só está com sono. — William tenta passar pano, não poderia comentar nada sobre os eventos de ontem. 

— Pessoal… — Danilo falava baixo sem olhar para seus amigos, ele olhava para o teto com seu óculos com uma das lentes trincada e o cabelo completamente desarrumado. — Eu vi a mãe do Ash na frente de casa…

— E daí? — Todos respondem em uníssono com olhares tediosos. 

— Ela estava de camisola. Sem. Mais. Nada. Por. Baixo. — Assim que Danilo responde, todos ali acabaram por ficar impressionados, mas em seguida suas feições mudaram para o mais puro medo porque escutam o Ash acertar um chute na cadeira frente a ele, ainda escondendo seu rosto. Não tinha ninguém sentado na frente do Ketchum. 

— Ele escutou? Como? — Danilo falou com uma voz fina enquanto se encolhia na cadeira. William pede para mudar de assunto em forma de sinais. 

— Ontem foi a vez do Ethan se foder e ir pro hospital, não foi? — Vitor pergunta. 

— Sei lá, a gente tinha cabulado aula. — Trevor abre seu caderno em alguma página rabiscada com desenhos mal feitos. — Só o moleque neutro aí que ficou, cdf do caralho. 

— Chupa minha benga, Matt! Vocês que foram embora sem nem me consultar! — E as lagartixas começam a discutir do nada.

 Voltando para as garotas fora da sala, elas tentavam processar o que Leaf havia contado a elas, agora todas sentadas em um batente da mesma cor que a parede, perto do corredor da sala do 1-A.

— Então uma hora você tava em cima do muro com o Ash, e em um piscar de olhos, quase no meio da rua sendo atropelada? — Lillie falava. — Isso é mais esquisito do que eu poderia imaginar. 

— Eu tô com medo, muito medo. — Leaf falava, Serena abraça ela e pede pra ela se acalmar. Mas não tanto, porque logo ela diz que o Ash demônio deve ter feito algo. — Ash o quê?

— Acreditamos que Ash esteja possuído por um demônio, ou qualquer coisa parecida. — Explica May. 

— Eu só não consigo encontrar alguma relação plausível do que você disse, com o problema que estamos enfrentando. — Contava Lillie. — Mas como Ash estava tão próxima de você, com certeza deve ter sido ele que fez algo, é meio óbvio. 

— Você tipo, teleportou? — Serena tenta entender melhor. 

— Não, não foi tipo assim. Foi como se tivesse dormido por alguns segundos, mas ainda acordada. Eu não sei como explicar! — Leaf chora. — Eu quero meu namorado, eu quase morri! 

— Tadinha dela, pelo menos o carro não bateu, aí ela teria um real motivo para chorar… — Sussurra May.

— Avisa a Iris que vamos pra biblioteca dar uma revisada, pede pra ela continuar olhando o Ash. — Lillie se levanta. 

(...)

— Aqui, de acordo com documentos de Ashley Williams em seu blog, não existe nada relacionado com o que você relatou. — A nerd loira falava sentada em uma das mesas com Serena e Leaf. — Tem muita coisa pior, eu acho, tipo sobre o que ele diz sobre o “demônio Kandariano” e seus Deadites, mas eu não sei se tem haver com o que agora tá rolando com o Ashinho. — Lillie acaba falando o nome do Ketchum com carinho, May se aproxima com um livro. 

— Não vão acreditar no que eu achei!

— O que é isso? Achou algo sobre demônios?

— Sim, achei um livro de romance de uma mulher que se apaixona por um demônio! Parece ser tão bom! — May senta ao lado de Serena e abre o livro. 

— Eu nem quero pensar o que você está pretendendo ao aderir esse livro. — A patricinha encarava a garota da bandana com nojo. 

— Ei vocês! — Leaf chama atenção das duas. — Não pensam em o que pode ter acontecido com ele? Por que não levam a sério o que está acontecendo? Gente, a alma do Ash pode estar queimando no inferno nesse instante!

… — Serena e May olham pra baixo, envergonhadas. 

— Dá pra vocês falaram mais baixo? — Pede a bibliotecária. 

— E se o Ash foi possuído por algum espírito? — May dá outra possível ideia, mas uma que só iria atrasar mais ainda. Mas fazia sentido pra elas, já que 95% das vezes são sempre fantasmas que incomodam as meninas. 

— Espera, eu já sei! Vamos pra diretoria! — Lillie parecia ter uma ideia melhor. 

De volta pra sala, agora era a segunda aula e o professor Sycamore também não decidiu mexer com o rapaz que continuava na mesma posição desde que chegou. 

— Dududi, doudoudou — Iris caminha alegre até o grupo das lagartixas, ela se agacha e sussurra toda safadinha: — Eu dou 10 dólares pra quem chegar perto do Ash pra ver se ele está acordado…  

— Eu vou! — Matt, Jean e Danilo levantam da cadeira, chamando a atenção de toda a turma. — Foi mal professor, pode continuar com a aula! — Se desculpa Matt Trevor, líder do grupo. Eles voltam a se sentar e conversam como resolver agora essa controvérsia. 

— Não dá no pedra, papel ou tesoura, eu sou burro com três pessoas! — Explica o negro do grupo. 

— A gente pode resolver em um duelo de Yu-gi-oh. — Sugere Jean, soprando o cabelo de sua franja para longe dos olhos em seguida. — Mas só aceito se os perdedores forem mandados para o sombra dos reinos. 

— Se Matt fosse pro reino das sombras, nem iam notar que ele chegou lá. — William comenta. — Pff, hahahaha! 

— Duelo de Yu-gi-oh de novo não! — Danilo reclama. — Eu posso pegar as pistolas do meu primo, podemos resolver isso em um duelo de verdade ao meio-dia e — Meu Deus meninos, eu só p-pedi algo simples! NERDS! — Iris grita sem querer e se aproxima de seu antigo amigo.  

— Jean, pode pegar a carta mágica do “enterro tolo”? — Pede Matt. — Vou colocar essa carta dentro do caixão dela.

Após engolir a própria saliva, Iris notou que Ash não parava de sussurrar algo. Ao criar coragem, ela aproxima o ouvido de perto dele e escuta o Ketchum falando baixinho uma frase em loop, em outra língua. 

— Exploris, explodis, faciamus te explodere. Exploris, explodis, faciamus te explodere. Exploris, explodis, faciamus te explodere.

! — Os olhos de Iris quebram quando uma bolinha de papel acerta a cabeça do rapaz possuído. 

William olha pro Vitor, que olha pra Danilo, que olha pro Matt, que olha pro Jean que olha pra ninguém atrás dele. O branquelo olha pros seus amigos com ainda uma cara séria. 

— Por quê? — Pergunta Vitor. 

— Sei lá, deu vontAIH! — Jeanderson leva um cascudo do negro de cabelos espetados.

… — Ash levanta o rosto e seus olhos se encontram com o de Íris. 

— O-oi velho amigo... — A garota do cabelão tinha paralisado frente a ele, com os rostos bem próximos. 

… — Os punhos de Ash fecham com força e suas veias do pescoço e rosto ficam negras, sua cara fica com uma expressão horrível e seus olhos vermelhos estavam agora bem revelados.

— Ashinho…? — Iris abre a boca, completamente chocada perante o demônio, e esse foi o seu maior erro. Pois o seu velho amigo começou a vomitar o líquido negro bem na cara da coitada, na frente de todo mundo. 

[Diretoria]

— Sério, eu não estou tentando ocultar nada, o próprio segurança me mostrou. — Carl falava agora na frente de um monitor, as garotas estavam de pé atrás dele. 

No vídeo da câmera de segurança mostra que a câmera do corredor começou a chuviscar depois que William e Ethan se separaram, logo após a conversa se encerrar. 

— Espera, coloca as gravações das câmeras depois que Ethan foi levado pro hospital. — Pede Lillie e o diretor assim fez. 

— Ah já sei, quer ver o horário em que Ash me socou! — Serena se liga e depois fica corada com os olhares de todos ali. — Não é hora pra fazer piada, merda! 

A câmera perto da diretoria começa a chuviscar assim que Ash entra em tela, depois é a câmera que grava a porta dos dois banheiros que começa a chiar. Logo em seguida eles veem Serena entrando no banheiro e 2 minutos depois a volta do chuvisco, após a porta ser aberta. Carl acelera um pouco e minutos depois assistem Serena saindo do banheiro com a mão na barriga, toda lascada. 

— Hahahaha! — May não aguenta, ela ri muito. 

— Isso não tem graça! — Reclama Serena.

— Ash definitivamente está possuído. — Lillie confirma, era a prova que ela precisava. — A maioria dos demônios causam interferência em eletrônicos quando estão na ativa. A gente precisa fazer algo urgente! — A loira se vira pra suas amigas com a mão no peito, nervosa.

— Devo chamar a polícia? — Pergunta Carl já com a mão no telefone preto.

— Não, ninguém vai atirar no meu Ash! — May impede a autoridade máxima da escola pública de Meanviwi. 

— Pessoal! — Iris bate a porta da diretoria, completamente suja com o atual interior do Ketchum. — T-temos um problemão…

(...)

Depois que vomitou na Iris, o rapaz correu da sala e foi pra fora da escola. Seu novo destino era sua casa, lugar que estaria indo precocemente. A versão do mal de Ash sabia que se não eliminasse logo uma de suas antigas amigas, teria problemas por causa de seu outro lado. Isso era óbvio, mas ele não podia fazer isso em público, teria que arranjar alguma maneira de eliminar alguma das meninas na surdina. 

— Merda, merda, merda! Você é um fraco, Ash Ketchum! — Ele falava agora em seu quarto, abrindo a caixa onde estava sua arma e faca. — Não, não sou fraco! Eu sou Deus! — Os lábios do garoto se curvaram para cima de maneira descontrolada e ele começou a rir de uma forma estridente, enquanto seus olhos exalavam uma malícia pura. Atrás dele, um redemoinho circular pequeno surge, revelando uma certa figura.

— Não pode ser! — Hilda fala enquanto arrepios percorriam a espinha dela quando ela viu o Ketchum de costas, ajoelhado com a arma na mão e rindo compulsivamente. Ela tinha acabado de recuperar sua energia depois de tanto tempo, teve problemas por causa da versão maligna do Ketchum, que a prejudicou antes quando entrou no plano mental do “verdadeiro” Ash. 

— Então finalmente você retornou. — Ash vira a cabeça 360 graus dando um sorriso afiado, dando para ouvir perfeitamente o som de cada osso de seu pescoço estralando.

— A-aiih!! — Hilda agoniada serra os dentes com um dos olhos fechados. 

— Voltou para que eu finalmente te fodesse, fada estúpida? 

— É ruim em, eu vou trazer o Ash verdadeiro de volta, seu bobão! — Hilda levanta o braço direito e desaparece antes de ser acertada por uma faca que o demônio tinha arremessado com tamanha força, a faca chega a encravar na parede. 

— Hum. — Ash caminhou até a parede e recuperou seu item favorito. — Foda-se essa puta, primeiro vamos nos preocupar em deixar a destruição de Serena ser minha porta aberta para o livre arbítrio. — Ele falava agora em frente ao seu espelho. — E então, eu vou dominar o meu corpo completamente! E você, Ash fraco, você vai se dissipar para todo sempre! — A mão direita dele se fechou num punho, colidindo brutalmente com o espelho. O estilhaço do vidro cortou sua pele, deixando um rastro de vermelho na superfície quebrada. O líquido misturou-se com os cacos refletindo não só a maldade, mas também o riso deturpado que era visto em seu próprio reflexo manchado pelo sangue.

[PUF!] — May! — Hilda surge sentada no colo da cabelos castanhos, fazendo todo mundo na van gritar de susto. 

Serena freia o veículo com o coração quase explodindo do peito, Lillie olha admirada para fada. Leaf já tinha sido deixada em casa. 

— Que bom que vocês estão bem, eu tava tão preocupada! — A fada fala se agarrando na Haruka. 

— Eu tô até feliz que você voltou, mas por favor, desgruda Hildaaaa!! — Pede May agoniada a empurrando e o ser mágico se transforma em uma forma pequena, indo até Iris e Lillie na parte de trás, voltando ao tamanho grande no meio delas. 

— Nem tenho tempo de conversar agora, eu vim alertar sobre o Ash demônio! — Ela exclama e todas prestam atenção. — Temos que ir agora mesmo na casa dele, eu acho que ele vai aprontar alguma coisa!

— Como você sabe do Ash? Visitou ele antes, sua copycat? — Serena lembra bem de quem queimou o filme dela meses atrás. 

— Ela está conectada comigo e com o Ash, consegue ver nossas memórias e tudo mais. — Explica May. 

— Eu não consigo e nem posso mais acessar a aura do Ashinho, pois é outro Ash que está no poder agora! — Avisa com cara chorona. 

— Como assim outro Ash? Não é um d-demônio? — Iris fica confusa. 

— A versão do que está no controle agora também é do Ash. 

… — Todas as amigas do Ketchum paralisam, assustadas, ainda esperando cair a ficha. 

— Mas o Ash obviamente é um humano, não? — Lillie estranha muito. 

— Não é algum demônio copycat igual a você?

— Eu sou uma fada! — Hilda reclama com a patricinha. — Eu só sei virar qualquer pessoa porque sou a fada ilusionista! — Ela levanta o braço direito e se transforma na Iris. 

— Uaahhh, eu sou tão fofinha! — Iris tenta abraçar ela com os olhos brilhando, mas acaba atravessando a fada e caindo no chão da van. 

— Hihihi, só a May e o Ash podem me tocar, achei que você sabia disso… — Gargalhou a sapeca e voltou a ser Hilda. 

— O Ash ainda está em casa? Temos que ligar pra tia Delia, ela com certeza deve saber de algo.

— Tem razão, Lillie. — Serena já pegava o celular. — Éhm, a Delia me bloqueou. — A patricinha cora de vergonha. — Você liga Lillie, eu te passo o número dela. 

[11:35 da manhã] [DELIA]

— Obrigada! — Agradece a mulher ao vendedor de verduras da feirinha. A senhora Ketchum sai da sombra da barraca e vai para o sol quente, com seu chapéu branco a protegendo. 

Seu telefone vibra no bolso de sua saia e ela até pensa em desligar quando nota o número desconhecido, mas decide atender após um pressentimento ruim. 

— Alô?

— Continua no capítulo 54 “de Ash e as garotas contra o sobrenatural” —

NOTAS FINAIS DO AUTOR:

Devo terminar o 54 amanhã, próximo capítulo da academia já está pronto e deve sair dia 28. Comenta aí, o que achou do capítulo? 

 

Próximo capítulo (54): Fragmento de memória número 01!

Capítulo anterior (52): O que te impede de fazer maldade?

(Link) Soundtrack/Trilha sonora da história (Ash e as garotas contra o sobrenatural)

Todo capítulo geralmente sempre vem com uma música nova que vai pra sountrack da história, confira lá no canal, é só clicar no link acima em vermelho. 

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TODOS OS CAPÍTULOS JÁ POSTADOS:

Capítulo 49: Um recomeço sangrento?

Capítulo 50: O máximo que ele pode dizer é "não"!

Capítulo 51: Um verme e um rato de laboratório!

Capítulo 52: O que impede um demônio de fazer maldade?

Capítulo 53: Descontrole!

Capítulo 54: Fragmento de memória número 01!

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