(LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: Eae bakinhas, tudo bom? Desejo a vocês um feliz ano novo e que o próximo ano realmente seja bom, porquê 2022 foi uma porcaria.
A única coisa realmente boa pra mim foi voltar a escrever pra vocês 💓
RECADOS IMPORTANTES) 3
1: Neste ova, remasterizei a creepypasta original do Jeff que tem uma escrita horrível, mas de qualquer forma, é um clássico incrível.
2: O meu canal no YouTube sempre notificará vocês caso se inscrevam e ativem o sininho, pois eu sempre posto lá title cards dos episódios da academia e os OST de CONTRA que alertam sobre capítulo novo.
3: O pix para me ajudar (Mateusobaka) está nas notas finais, estou passando por dificuldades terríveis em casa.
Link da abertura alternativa pelo Youtube
(...)
— Assistindo o noticiário? — Perguntou Délia se sentando no sofá ao lado de seu filho.
— Sim, a matéria está um pouco interessante. — Respondeu o garoto que no momento tinha seus olhos castanhos normais.
TV: — Terrível assassino em série desconhecido está à solta! A comunidade de Meanviwi teme o serial killer sinistro! — Burner falava.
— Após semanas de assassinatos inexplicáveis por uma faca, o paradeiro do assassino ainda é desconhecido. Depois de poucas evidências encontradas, um jovem garoto sobreviveu a um dos ataques e corajosamente contou sua história. — Catita Bernardes disse olhando bem para a lente da câmera, a imagem agora troca para o texto do que o tal garoto tinha falado.
"Eu tive um pesadelo e acordei no meio da noite. Eu vi que por algum motivo, a janela estava aberta, mesmo que eu me lembre de ter fechado antes de eu ir para a cama. Levantei e fechei mais uma vez. Depois disso, eu simplesmente rastejei pra debaixo de minhas cobertas e tentei voltar a dormir. Foi quando eu tive uma sensação estranha, como se alguém estivesse me observando. Olhei para cima, e quase pulei para fora da minha cama. Lá, em um pequeno raio de luz, iluminando por entre as minhas cortinas, tinham um par de olhos. Não eram olhos normais. Eles eram escuros, ameaçadores e de um preto profundo e… simplesmente… planando lá, me aterrorizando. Foi quando eu vi a boca. Um sorriso muito horrendo que fez todos os pelos do meu corpo ficarem em pé. A figura estava ali, me observando. Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, ele disse uma frase simples, mas disse de uma forma que só um homem fora de si falaria.
Ele disse 'Vá dormir'. Deixei um grito escapar, e foi isso que fez ele vir até mim. Ele me apontou uma faca direto no meu coração e pulou para cima da minha cama. Eu lutei com ele, chutei, soquei, rolei pela cama, tentando tirá-lo de cima de mim. Isso foi quando meu pai entrou no quarto. O homem jogou a faca diretamente no ombro de meu pai. Aquele cara provavelmente acabaria com ele, se um dos vizinhos não tivesse chamado a polícia.
Eles estacionaram na frente da minha casa e correram para a porta. O homem deu a volta e correu escadas a baixo para a entrada. Eu ouvi um barulho de vidro quebrando. Quando eu saì do meu quarto, eu vi que a janela do fundo da minha casa estava quebrada. Eu olhei pra fora e vi ele correndo já longe. Eu posso dizer uma coisa, que eu nunca vou esquecer o rosto dele. Aqueles olhos malditos, frios, e o sorriso psicótico. Isso nunca vai sair da minha cabeça."
A imagem volta para os dois apresentadores que tinham suas sobrancelhas levantadas após ouvirem a narração do relato do garoto.
— Rapaz, é assassino em série, alienígenas, falta mais o quê? — Burner pergunta brincando.
— Um demônio, hahahahaha! — Catita Bernardes dá sua risada forçada e constrangedora.
[FLASHBACK ON/ 1 ano atrás, centro de Meanviwi]
Um adolescente branquelo com cabelos curtos pretos e lisos junto com sua família acabaram de se mudar para uma nova vizinhança. Seu pai ganhou uma promoção no trabalho e eles achavam que seria melhor viver em uma dessas vizinhanças 'requintadas'. Diferente do irmão mais velho que tinha olhos azuis, o irmão mais novo de cabelos castanhos tinha olhos verdes e era bem mais baixo e com mais melanina que o outro. Enquanto eles desempacotavam as coisas, uma vizinha foi conhecê-los. Era branca de cabelos longos loiros e eu olhos verdes, vestia uma blusa branca e uma calça azul.
— Bom dia novos vizinhos, eu sou a Bárbara, moro no outro lado da rua. — Sorria apontando pra trás com a mão direita sem se virar. — Eu queria só me apresentar, meu filho também. — Atrás dela sai uma criança baixinha que parecia se interessar pelo irmão mais novo da família. — Billy, esses são os novos vizinhos. — O garoto disse "oi" bastante tímido e correu de volta para o pátio de sua casa onde voltou a brincar. Billy parecia uma versão kid do irmão mais novo da família que estava se mudando.
— Eu sou Margaret, esse é meu marido Peter e esses são meus dois meninões, Jeff e Liu. — O que parecia ser um pouco gótico e mais velho era o Jeff e o outro, que devia ter acabado de chegar na adolescência, era o Liu, que mais se assemelhava a mãe dele, que tinha cabelos curtos castanhos e era alta.
— Opa, salve rainha. — Peter fecha o porta-malas depois de pegar uma caixa de dentro, ele tinha cabelos espetados negros e era um homem branco bem forte.
As famílias se conheceram rapidamente e se deram muito bem, Bárbara logo os convidou para o aniversário de seu filho daqui uns dias, que Jeff e Liu iriam recusar, mas a mãe dos jovens disse que adorariam comparecer. Quando desempacotaram as coisas, Jeff foi até sua mãe com as mãos no bolso da calça vinho.
— Uh… mãe, por quê você aceitaria ir em uma festinha de criança de desconhecidos tão fácil assim? Eu não quero ir pra festa de criancinha, prefiro ficar em casa na cama ouvindo música. — Jeff falando com aquele visual lembrava um emo dos anos 2000.
— Ouvindo aquele lixo sonoro que você chama de música? Não, nem pensar. Você vai ficar com Liu que deve estar doido pra se empanturrar de doce em uma festa.
— Mas mãe, o Liu tá mal desde que se mudou, ele sente falta da melhor amiga dele.
— Acabamos de nos mudar pra cá, nós devíamos mostrar que somos vizinhos legais. Vamos a festa e ponto final. — A mãe do emo deu o veredito.
Minutos depois, Jeff se dirigiu para seu novo quarto e desmoronou na cama. Ele sentou ali e ficou olhando para o seu teto quando, de repente, sentiu algo estranho.
"Hum?" — Não era como um sentimento de dor, era apenas uma sensação esquisita. O branquelo pôs a mão direita no peito e ignorou.
— JEFF, VEM PEGAR SUAS COISAS! — Ouviu o grito da mãe dele e suspirou.
No outro dia, Jeff desceu as escadas para tomar café da manhã e ir para nova escola. Quando se sentou para comer, ele teve o mesmo sentimento estranho do dia anterior. Só que agora mais forte. Dessa vez teve uma pequena dor, como um puxão, mas ele ignorou mais uma vez. Assim que ele e o irmão terminaram o café, foram para o ponto de ônibus. Sentaram-se lá esperando o veículo de transporte. Então, do nada, um garoto de skate pulou por cima deles, por apenas uns centímetros de suas cabeças. Os dois deram um salto, surpresos.
— QUE PORRA VOCÊ ACHA QUE TÁ FAZENDO? — Gritou o irmão mais velho de olhos azuis.
O skatista deu a volta e foi até eles. Ele deu um pisão na ponta do skate, e pegou com a mão. O garoto parecia ter uns 15 anos; um ano mais novo que Jeff. Ele vestia uma camiseta da Aeropostale e um jeans azul rasgado.
— Olha só, novatos em Meanviwi? — De repente, mais dois outros adolescentes apareceram. Um era super magro, e outro era enorme. — Bem, já que vocês são novos aqui, gostaríamos de nos apresentar. Aquele ali é o Keith. — Jeff e Liu olharam para o magrinho. Ele tinha uma cara de paradão, que daria pra você um braço esquerdo se precisasse. — E o outro é o Troy. — Eles olharam para o gordo. Era um rolha de poço. Aquele jovem não devia ter se exercitado desde que começou a engatinhar.
— Prazer em conhecer vocês? — Liu estava confuso.
— Eu nem me apresentei! — Reclamou o garoto de cabelos curtos ruivo. — Sou Randy. — Os olhou com uma feição de sacana. — Nesse bairro, todos os otários que vão pegar o ônibus da escola tem um preço a pagar, se é que me entende.
— Eu não tô com paciência pra isso! — Liu se levantou, pronto pra socar o garoto até que ele virasse do avesso, quando um dos amigos de Randy puxou uma faca e apontou pra ele.
— Tsc, tsc, tsc, eu pensei que vocês seriam mais cooperativos, mas parece que vamos precisar fazer do jeito mais difícil.
— Babaca de merda. — O cabelos castanhos xingou enquanto seu irmão mais velho parecia quieto na dele, Randy foi até Liu e tirou a carteira do bolso dele.
[Ba-dum!] — O coração de Jeff palpitou forte e sentiu aquele sentimento novamente. Agora estava realmente forte, uma sensação de queimação. Jeff se levantou, mas Liu pediu para que ele se sentasse de novo. Ele ignorou e andou em direção do skatista.
— Escuta aqui, você devolve a carteira do meu irmão ou… — Enquanto falava, Randy colocou a carteira no próprio bolso, e tirou sua faca.
— E o que você vai fazer, uh? — Assim que ele terminou a frase, Jeff socou o garoto no nariz. Quando Randy tentou tocar o rosto, Jeff segurou seu pulso e o quebrou. Randy gritou e Jeff pegou a faca de sua mão. Troy e Keith correram para pegar Jeff, mas ele era muito rápido. Ele jogou Randy no chão. Keith tentou atacá-lo, mas Jeff se abaixou e apunhalou a faca em seu braço. Keith deixou a faca cair, e caiu logo em seguida no chão gritando. Troy também tentou atacá-lo, mas Jeff nem precisou da faca. Ele socou Troy diretamente no estômago, e Troy caiu de joelhos, e quando caiu, vomitou no chão. Liu não conseguiu fazer nada, além de olhar admiradamente para seu irmão.
— Jeff, como você…? — Isso foi tudo que ele disse. Eles viram o ônibus vindo, e sabiam que seriam culpados por tudo aquilo. Então eles começaram a correr o mais rápido que puderam.
Enquanto corriam, olharam pra trás, e viram o motorista do ônibus correndo para Randy e os outros. Eles correram até a escola, sem se atrever a contar qualquer coisa sobre aquilo.
— Ainda bem que a gente veio aqui antes, ou nem saberíamos como chegar aqui. — O olhos verdes sorriu para seu irmão pálido que suspirava alto. — Como conseguiu fazer aquilo? Nunca te vi brigando.
— Adrenalina, eu acho… — Jeff havia guardado a faca ensanguentada na bolsa.
Minutos depois, apenas se sentaram e assistiram às aulas. Liu achava que tinha sido apenas seu irmão batendo em idiotas, mas Jeff sabia que era algo a mais. E era algo assustador. Quando ele tinha aquele sentimento, e via o quão poderoso era, a única coisa que desejava era machucar alguém. Ele não gostava como isso soava, mas não conseguia deter-se de se sentir feliz. Ele sentiu o sentimento estranho sumindo, e não voltou pelo resto do dia na escola.
Mesmo quando ele caminhava para casa devido à coisa toda, perto do ponto de ônibus, ele sentiu-se feliz pelo que fez pela manhã. Quando voltaram pra casa, seus pais perguntaram como tinha sido o dia deles, e Jeff disse com uma voz meio sinistra:
— Foi um ótimo dia.
— Éhh… — Liu confirma estranhando um pouco o irmão.
(...)
Na manhã seguinte, ele ouviu alguém batendo na porta da frente. Desceu as escadas e encontrou dois policiais na porta, com sua mãe olhando pra ele muito zangada.
"Puta merda" — Foi o que pensou se aproximando.
— Jeff, esses policiais estão me dizendo que você atacou três jovens. E que não foi uma briga normal, que eles foram esfaqueados. Esfaqueados, filho! — Repetiu a palavra incrédula. O emo olhou para o chão, mostrando para sua mãe que era verdade.
— As facas eram deles e tinham apontado para o Liu e para mim.
— Encontramos três meninos, dois esfaqueados e uma com uma contusão no estômago, e temos testemunhas de que você estava na cena. Agora, o que você tem para nos contar? — Perguntou um dos policiais. Jeff sabia que era inútil. Ele poderia dizer que ele e Liu tinham sido atacados, mas não havia provas de que não tinham sido eles que atacaram primeiro. Eles não poderiam dizer que eles não estavam fugindo, porque verdade seja dita que estavam. Então Jeff e Liu não poderiam defender-se no momento.
— Chame seu irmão. — Pediu sua mãe, mas não poderia fazer isso, sabendo que só ele tinha batido nos garotos.
— Ehn… fui eu. Foi apenas eu que bati naqueles babacas. Liu tentou me segurar, mas ele não conseguiu me parar.
O policial olhou para seu parceiro, e os dois acenaram com a cabeça.
— Olha garoto, isso será um ano no Centro de detenção juvenil…
— Espere! — Todos escutam Liu, olham para o topo da escada e vêem ele segurando a faca com sangue seco que antes Jeff havia guardado na bolsa. Os policiais pegaram suas armas e apontaram para o adolescente.
— Fui eu, eu ataquei aqueles merdinhas. Tenho as marcas pra provar. — Ele levantou as mangas para revelar cortes e contusões, como se ele estivesse em uma luta.
— Carinha, ponha a faca no chão imediatamente. — Ordena a autoridade.
Liu afrouxou os dedos, e a deixou cair no assoalho. Colocou as mãos para cima, e andou até os policiais.
— Não Liu! Fui eu, eu que fiz isso! — Jeff falou com lágrimas agora escorrendo pelo seu rosto.
— Nem inventa irmão, tentando pegar a culpa pelo que eu fiz. Me levem embora! Agora! — Gritou e o policial levou o garoto de cabelos castanhos até a viatura.
— Liu, fale pra eles que fui eu! Fale! Fui eu quem os esfaqueou! — Falava chorando e sentiu sua mãe pondo a mão no ombro dele.
— Por favor, Jeff, você não tem que mentir. Nós sabemos que foi Liu, você não pode impedir. Não faça isso ser mais difícil do que já está sendo. — Só agora que Margaret tinha começado a chorar.
… — Jeff ficou olhando sem poder fazer nada, enquanto o carro saia velozmente com Liu dentro. Alguns minutos depois o pai deles estacionou na frente de casa, e vendo o rosto de Jeff, sabia que algo estava errado.
— O que houve?
Jeff não podia responder. Suas cordas vocais estavam tensas de tanto chorar. Em vez disso, a mãe de Jeff andou até seu pai para dar a má notícia à ele, enquanto Jeff chorava na garagem.
Depois de uma hora ou mais o branquelo de cabelos negros voltou para a casa, viu que seus pais ambos estavam chocados, tristes e decepcionados. Ele não podia olhar para eles. Não podia ver que achavam que a culpa era de Liu.
Então Jeff foi dormir… tentando fazer com que a coisa toda saísse de sua mente.
(...) Dois dias se passaram, sem notícias de Liu na prisão. Não havia amigos para sair. Nada além de tristeza e culpa. Isso até sábado, quando Jeff foi acordado por sua mãe, com um rosto feliz, ensolarada.
— É hoje, Jeff! — Ela disse enquanto abriu as cortinas, deixando uma inundação de luz no quarto.
— O que é hoje?" — Perguntou ainda meio dormindo.
— É a festa do Billy. — Respondeu deixando o emo agora totalmente desperto.
— Tá brincando? Você não espera que eu vá para a festa de alguma criança depois de — Nós dois sabemos o que aconteceu. — Interrompeu a mulher. — A festa pode fazer a gente esquecer um pouco do que aconteceu por um tempinho.
— Parece mais que você está preocupada em apenas causar uma boa impressão para os vizinhos…
— Vá se vestir! — A mãe de Jeff saiu do quarto e foi se preparar.
"Vai tomar no cu" — Ficou puto por alguns segundos enquanto lutava para se levantar. Pegou uma camisa qualquer, uma calça jeans e desceu as escadas. Viu o pai e a mãe todos bem prontos. Sua mãe em um vestido e seu pai em um terno. "Por que eles sempre usam essas roupas extravagantes para uma festa de criança?"
— Filho, isso é tudo que você vai vestir?" — Pergunta Margaret.
— Melhor do que usar algo exagerado pra uma festa idiota. — Disse. Sua mãe escondeu a vontade de gritar com ele e apenas deu um sorris forçado.
— Mas Jeff, você poderia se vestir melhor, se quiser causar uma boa impressão. — Peter disse e seu filho grunhiu voltando para o quarto.
— EU NÃO TENHO ROUPA BOA! — Gritou ao subir as escadas.
— Basta pegar algo decente! — Exclamou a mãe.
"Meus pais são uns bestas" — Jeff olhou ao redor em seu armário para o que ele chamava de fantasia. Ele encontrou um par de calças pretas, que ele tinha para ocasiões especiais, e uma camiseta. O branquelo não conseguia encontrar uma camisa para sair. Ele olha em volta, só encontra listradas e padronizadas, nenhuma que combine com a calça. Finalmente o rapaz encontra um moletom branco, jogado em uma cadeira e o vestiu rapidamente.
— Você vai assim? — Ambos disseram. Sua mãe olhou para o relógio e se assusta. — Oooh, não há tempo para mudar. Vamos embora. — Ela disse enquanto puxava Jeff e seu pai para fora.
"Minha mãe tá meio louca, a gente mora há poucos metros deles."
Atravessaram a rua até a casa de Bárbara e Billy. Bateram na porta e encontraram com Bárbara que, assim como seus pais, estava extravagantemente vestida.
"A mãe dele é bem gostosa" — Pensou olhando no decote da mulher.
Enquanto caminhavam para dentro da casa, Jeff só via adultos, não crianças ou adolescentes.
— Não tem muita gente da sua idade aqui Jeff, mas por quê você não faz companhia para as crianças lá no quintal? — Perguntou Bárbara.
"Éhm, vai ter que me deixar mamar nesses peitos depois ô velhota" — O cabelos pretos saiu para o jardim que estava cheio de kids. Eles estavam correndo em trajes estranhos de vaqueiros e atirando um no outro com armas de plástico. De repente, um garoto veio até ele e lhe entregou uma arma de brinquedo e um chapéu.
— Bora brincar? Você pode ser o xerife!
— Aah, não mesmo, pirralho. Eu sou muito velho para essas coisas. — Disse, porém o garoto olhou para ele com carinha cachorro pidão.
— Por favor!
— Uhhh, tanto faz! — Jeff era um cara que parecia difícil, mas é só pedir algo várias vezes que ele acaba cedendo. Colocou o chapéu e começou a fingir atirar nas crianças. A princípio pensou que era uma ideia totalmente ridícula, mas depois ele começou a realmente se divertir. Pode não ter sido super legal, mas foi a primeira vez que ele havia feito algo que tirou seus pensamentos de Liu.
Brincou com as crianças por um tempo, até que ouviu um barulho. Um barulho estranho de rolamento. Então algo bate no rosto dele. Randy, Troy, e Keith pularam a cerca assim como seus skates.
— C-caralho. — Jeff deixou cair a arma falsa e arrancou o chapéu enquanto sentia seu nariz machucado.
— Oi? Jeff? — Randy olhou para Jeff com um ódio ardente. — Temos alguns negócios inacabados.
— Eu acho que estamos quites. Eu te dei uma surra e você enviou o Liu para o centro de detenção. — Disse enraivecido. — E como essa baleia pulou a cerca junto com o skate? — Reclamou apontando para Troy.
— Isso não importa! — Randy tinha fúria nos olhos. As crianças assistiam aquilo um pouco paralisadas.
— Você pode ter acabado com a gente no outro dia, mas não hoje. — Quando Randy falou, Jeff correu e Randy foi atrás dele. Ambos caíram no chão. Randy socou o nariz de Jeff, e Jeff o agarrou pelas orelhas e deu uma cabeçada nele. O emo empurra o valentão pra longe e ambos se levantam. As crianças estavam gritando e os pais correndo para fora da casa. Troy e Keith puxaram armas de seus bolsos.
— Ninguém se mexe ou tripas vão voar! — Eles disseram. Randy puxou uma faca e apunhalou o ombro de Jeff.
O garoto gritou e caiu de joelhos. Randy começa a chutá-lo no rosto. Depois de três chutes, Jeff pega o pé de Randy e torce-o, fazendo com que Randy caia no chão.
— Q-que porra de força é essa?
Jeff se levantou e correu em direção a porta dos fundos, só que troy o segurou.
— Você vai voltar! — O bruto pega Jeff pelo colarinho e o arremessa de volta pro pátio através da porta. Enquanto Jeff tenta ficar de pé, ele é chutado para o chão novamente. O ruivo líder começa a chutar repetidamente o branquelo, até que ele começa a tossir sangue.
— Eae cara, luta comigo! — O skatista pega o emo e o atira na cozinha da casa. Randy vê uma garrafa de vodka em cima do balcão e esmaga o vidro sobre a cabeça de Jeff. — Luta seu boiola! — Gritou jogando de volta o corpo fraco do rapaz na sala de estar. — Olha pra mim Jeff, olha pra mim! — Falava, o cabelos negros olhou para cima com o rosto cheio de sangue. — Tu tá de frente pro cara que tá te dando uma surra e que vai fazer seu irmão apodrecer na prisão por um ano inteiro!
… — Zonzo, Jeff começa a se levantar como se fosse protagonista de anime.
— Finalmente em. — Randy falou sorrindo vendo agora seu inimigo de pé com sangue e vodka no rosto. Mais uma vez ele fica com aquela sensação estranha, aquela que ele já não sentia há algum tempo. — Agora morra! — O ruivo grita enquanto corre em direção a Jeff. É quando acontece. Algo dentro de Jeff se encaixa. Seu psicológico é destruído, todo o pensamento racional se foi, tudo o que ele pode fazer, é matar. Ele consegue pegar Randy se agarrando nele quando os dois se chocam, porém o emo consegue derrubar o ruivo contra o chão com uma força arrasadora. Parecendo novo, Jeff fica em cima dele e lhe dá um soco direto no peito onde fica o coração. O soco faz com que o coração de Randy pare no mesmo instante. Enquanto o ruivo passa mal, Jeff golpeia-o. Soco após soco, o sangue jorra do corpo de Randy, até que ele dá um último suspiro e morre.
Todo mundo está olhando para Jeff agora. Os pais, as crianças chorando, até Troy e Keith. Apesar de estarem assombrados, Troy e Keith apontam suas armas para o rapaz que acabou de cometer um assassinato. Jeff corre para as escadas de uma forma sinistra como se fosse um fantasma. Enquanto corre, Troy e Keith disparam fogo contra ele, mas a mira dos dois eram péssimas por ter nunca usado armas. Jeff sobe as escadas. Ele ouve Troy e Keith seguindo-o. Enquanto eles disparam suas últimas balas, Jeff entra dentro do banheiro. Ela pega o toalheiro e arranca da parede. O gordo e o magro correm para o banheiro, com as facas em punho preparadas.
Troy move sua faca em direção a Jeff, que se afasta e bate com o toalheiro no rosto de Troy. O gordão cai duro e agora tudo o que resta é Keith. Ele é mais ágil que Troy, e desvia quando Jeff tentava acerta-lo, ele larga a faca e pega o branquelo pelo pescoço, empurrando-o contra a parede. Uma garrafa com água sanitária que estava na prateleira caiu em cima dos dois. Ambos sentem a pele queimar e começaram a gritar. Jeff enxugou os olhos da melhor forma que pôde e puxou o toalheiro, acertando direto na a cabeça de Keith. E antes que Keith sangrasse até a morte, ele deixou escapar um sorriso.
— O que há de tão engraçado? Em desgraçado? — Jeff perguntou. Keith pegou um isqueiro e ligou-o.
— O que é engraçado? É que você está coberto de água sanitária e álcool.
Jeff arregalou os olhos ao ver Keith jogando o isqueiro para ele. Assim que o isqueiro aceso fez contato com o rapaz, as chamas iniciaram. Enquanto o álcool o queimava, a água sanitária branqueava ainda mais sua pele. Jeff gritava terrivelmente enquanto ardia em fogo. Ele tentou rolar para fora do fogo, mas não adiantava, o álcool tinha feito dele um inferno ambulante. Ele correu pelo corredor e caiu das escadas. Todos começaram a gritar quando viram Jeff, agora uma tocha-humana, cair no chão, quase morto. A última coisa que Jeff viu foi sua mãe e os outros pais que tentavam apagar as chamas. Foi quando ele apagou.
(...) [Hospital Passo Para o Inferno]
Quando Jeff acordou tinha um molde de gesso envolvido em torno de seu rosto. Ele não conseguia ver nada, mas sentiu um molde em seu ombro, e pontos por todo seu corpo. Tentou se levantar, mas ele percebeu que havia alguns tubos em seu braço, e quando ele tentou levantar-se, ele caiu. Uma enfermeira correu para ajudá-lo.
— Eu não acho que você pode sair da cama ainda… — Ela disse enquanto colocava-o de volta em sua cama e reinserido o cateter em seu braço. Jeff sentou-se ali, sem nenhuma visão, nenhuma ideia do que estava ao seu redor. Finalmente, depois de horas, ele ouviu sua mãe.
— Querido, você está bem? — Pergunta Margaret.
"Pergunta idiota" — Jeff não poderia responder embora, pois seu rosto estava coberto por gesso.
— Eu tenho grande notícia. Depois que todas as testemunhas disseram à polícia que aqueles meninos tinham atacado você, eles decidiram soltar o Liu. — Isso fez com que Jeff quase pulasse, parando, lembrando-se do tubo. — Ele estará fora amanhã, e então você dois poderão estar juntos de novo. — A mãe do garoto o abraça e se despede pedindo que ele tenha força.
As semanas seguintes foram formadas apenas onde Jeff era visitado pela sua família. Até o dia onde os seus curativos deveriam ser retirados. Sua família estava lá para vê-lo, como estaria agora sua aparência. Quando os médicos desembrulharam as ataduras do rosto do Jeff todos estavam na ponta das cadeiras. Eles esperaram até o último curativo sobre o rosto do garoto ser removido.
— Vamos esperar pelo melhor. — Disse o médico. Ele rapidamente puxa o último pano, deixando agora o rosto de Jeff à mostra.
— AI MEU DEUS, MEU FILHO! — A mãe de grita ao ver seu rosto, Liu e Peter olham horrorizados para ele.
— O quê? O que aconteceu com meu rosto? — O garoto se pergunta assustado. Ele se levanta rapidamente, ignorando a tontura e corre para o banheiro. Ele olhou no espelho e viu a causa da aflição de todos. Sua cara. Era simplesmente horrível. Seus lábios foram queimados a um profundo tom de vermelho. Seu rosto se transformou em uma cor branca pura e seu cabelo chamuscaram de marrom a preto. Ele lentamente colocou a mão em seu rosto. Era como se encostasse em couro agora. Ele olhou de volta para sua família depois de voltar.
.— Jeff… — Seu irmão mais novo o olha triste. — Não é tão ruim…
— Não é tão ruim?! É perfeito! — Sua família toda ficou surpreendida.
Jeff começou a rir incontrolavelmente, seus pais perceberam que seu olho esquerdo e a mão tremiam.
— Umm... você tá bem, querido?
— Bem? Eu nunca me senti mais feliz! Hahahaha!— Riu coringando. olhe para mim! Eu fiquei perfeito! — Não parava de coringar. Seus pais não tinham a menor ideia do que levariam de volta para casa. A sanidade mental de seu filho tinha sido levado para o inferno.
— Doutor… — Margaret sussurra. — Meu filho… éhr, você sabe… está bem? Na cabeça?
— Ah sim, este comportamento é típico para os pacientes que tomam muitas grandes quantidades de analgésicos. Se seu comportamento não mudar em poucas semanas, traga-o de volta aqui, e nós vamos dar-lhe um teste psicológico. — Disse o maior incompetente do ano.
— Filho, tá na hora de ir!
Jeff olha de longe para o espelho, seu rosto ainda formando um sorriso louco. — Tudo bem mãe, há, há, haaaahaaa!! — Sua mãe com um pouco com vontade de rir o leva para pegar suas roupas depois de colocar as mãos nos ombros dele.
— Isto é o que veio. — Disse a moça do balcão. A mãe de Jeff olhou para baixo para ver as calças pretas e o moletom branco que seu filho usou no dia da festa. Agora eles estavam limpos do sangue e costurados. A mãe de Jeff o levou para seu quarto e fez com que ele colocasse sua roupa. Então eles deixaram o hospital, não sabendo que este dia era o último dia daquela família.
(...)
Mais tarde naquela noite, a mãe de Jeff acordou com um som vindo do banheiro. Soou como se alguém estivesse chorando. Lentamente caminhou para ver o que era. Quando Margaret olhou para dentro do banheiro, viu uma visão horrenda. Seu filho mais velho tinha pego uma faca e esculpido um sorriso em seu rosto.
— Jeff, o que você está fazendo? — Pergunta em choque.
— Eu não conseguia me manter sorrindo, mamãe. Doeu depois de algum tempo. Agora, eu posso sorrir para sempre! — Falou assustadoramente.
A Mãe percebeu seus olhos, anelados em preto.
— Jeff, seus olhos!
Os seus olhos aparentemente nunca fechavam. Muito sangue dava para se ver na pia.
— Eu não podia ver meu rosto. Eu comecei a ficar cansado e meus olhos começaram a fechar. Eu queimei as pálpebras para então me ver pra sempre! Amo meu novo rosto!
Margaret lentamente começou a se afastar, vendo que seu filho estava totalmente louco.
— O que há de errado mãe? Eu não sou bonito?
— Sim filho. Você é lindo… deixe eu ir chamar o papai, para que ele possa ver seu lindo rosto… — Ela correu para o quarto e sacudiu Peter do seu sono. — Peter, pegue a arma, nós… — Ela parou quando viu Jeff na porta, segurando uma faca.
— Mamãe, você mentiu. — Foi a última coisa que os pais ouviram enquanto Jeff corria na direção deles com a faca, esfaqueando ambos.
Seu irmão Liu acordou, assustado com algum ruído. Ele não ouviu mais nada, então ele apenas fechou os olhos e tentou voltar a dormir. Enquanto ele estava na fronteira do sono, ele teve a sensação estranha de que alguém o estava observando.
Ele olhou para cima, antes que a mão de Jeff cobrisse sua boca. Lentamente, ele ergueu a faca pronta para mergulhá-la em Liu. Liu debateu-se tentando escapar de seu irmão mais velho.
Jeff estava com o dedo direito frente a seus lábios queimados, com seu sorriso infinito aberto nas bochechas. — Sshhh, vá dormir…
Fim do segundo OVA.
(LEIA-ME) NOTAS FINAIS DO AUTOR: Comente! Os comentários me ajudam muito!
(15/01/2023) Ova 03: Ash, o assassino!
(30/01/2023) Ova 04: Atividade paranormal!
(15/02/2023) Ova 05: O fundo do poço de Hilbert!
(25/02/2023) Ova 06: Ashley Williams!
(PIX) Ajude o Mateusobaka, estou desempregado faz mais de 1 ano e se quiser que essa e outras histórias realmente continuem, dê aquela força com qualquer quantia pelo pix. A chave pix é samgilbert17@gmail.com
(Link) Soundtrack/Trilha sonora da história (Ash e as garotas contra o sobrenatural)
Capitulo bom.
ResponderExcluirO ash normal? Por equanto é melhor aproveitar pq depois a jiriboca vai piar kkkk.
Cara sorte que eu não li isso de noite pq se não não durmia kkkkk.
Ai ai por equanto nada de demonios catia, mas proximo ano o verdadeiro demonio vai surgir.
E que história hein 10/10 essa história eu só sabia algumas partes.
Mas serio como o chupeta de baleia pulou a cerca esse sim é o verdadeiro sobrenatural kkkk.
O jeff é a perfeita demonstração que a loucura é como a gravidade só precisa um empurrãozinho kkkk.
Excelente capitulo.
Obrigado!
ExcluirNormal? Eu creio que não man KKKK
Nem fodendo KKKKK
Como assim nada de demônios pô, teve o Rake e o Ash agora ksksksk
Ela é legalzinha, apesar de clichê.
KKKKKKK nem eu entendi quando li, mó erro de roteiro jajajaja
Sim, porém essa loucura vai acabar em breve
Obrigado!
A catita é a rainha da zica, zicou a cidade com essa historinha de demônio
ResponderExcluirTem um lá que vai fazer um caos por muito tempo kskksks
ExcluirContinua essa bagaça
ResponderExcluirBeleza
ExcluirEu fiquei até curiosa e fui ver a creepypasta original, e meu Deus do céu, melhorou muito mesmo xd
ResponderExcluirMas assim Bakan, ainda o Jeff vai ter aquele fim trágico? Ou você tem planos pra ele?
Então kskkssksk
ExcluirNão tenho planos para ele, vai acontecer o que rolou no original. Eu só quis pelo menos mostrar a história dele e também aumentar um pouco o medo do Ash, já que né, você sabe o que ele faz com o Jeff
Sorte que eu tenho memória seletiva e não lembro do que acontece depois, mas sei que o ash vai estorar o jeffinho que não é obesus. ^-^
ResponderExcluirmas sobre o cap: primeiro a familia desse cara era meio doida da ideias mas até que normal, eu só não entendi por que o jeff coringou do nada, mas talvez seja de nascença mesmo. Mas gostei da narrativa desse cap, apesar de ter sido meio arrastado no começo. (Nunca vi a creepy pasta dele, etnão não me importo com a veracidade.)
KKKKKKKK esse negocio mostrando o passado do Jeff não existia na original. Eu tentei adaptar a história original, mas só um pouco. Ela é bem ruim, até que eu melhorei um pouco
ExcluirUnhum, eu até hoje não entendi direito ele ser ruim, as vezes é só pq sim mesmo, não tem explicação kkkk