Capítulo 02 de "Konosuba harém days": Surto de desenvolvimento nesse mundo cheio de assanhadas!

  (Atenção!) Esta história feita por Mateusobaka é pra ser uma espécie de continuação da light novel criada por Natsume Akatsuki, que por enquanto se encerrou no volume 17. (Livro 17).  O anime de Konosuba é uma adaptação de sua  série de light novels , que atualmente (26/06/24) tem 3 temporadas. (adaptado até o volume 7). 

(AVISO DE SPOILERS!!) Cuidado! Se for ler essa história, mesmo que não vá fazer muita diferença na sua vida, você vai acabar tomando todos os spoilers do que irá acontecer nas próximas temporadas de Konosuba. 

Mateusobaka tentará escrever mais ou menos da forma que o verdadeiro autor escreve, sendo sempre no ponto de vista do protagonista Kazuma. 




(LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: Olha Mateusobaka aqui gente! 
Foi 1 ano para atualizar isso aqui em... não por falta de criatividade, mas por procrastinação mesmo, além de estar atualizando as outras histórias. 

Como no capítulo anterior, esse aqui também tem quase  13K de palavras e é dividido em partes, como a novel. Eu realmente sou fiel com Konosuba haha.

Deixarei essa postagem no blog por 1 semana, então aí atualizo "Um Ash novo para uma nova região". Nesse tempo eu quero saber a opinião de vocês em! E dias atrás eu atualizei Contra, caso alguns tenham perdido. 

Como eu postei o capítulo 1 há 1 ano atrás, é recomendável ler novamente antes de seguir a leitura xD tem o prólogo também que é interessante de se ler. 



Falo com vocês agora nas notas finais, boa leitura e por favor comentem! 


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CAPÍTULO 02: Surto de desenvolvimento nesse mundo cheio de assanhadas!


Parte 1

Eu dormi com a Aqua novamente, depois de mais de 1 ano. 

— Não Zel, dragões não comem alpiste… Gah, Zzzz…

Por algum motivo, acho que um galo gigante esmagou ela no sonho. 

A deusa do sono está apagada do meu lado, babando e toda arreganhada, sua perna esquerda está em cima das minhas. 

O consolo dessa mulher me fez dormir tão bem?! Eu acho que acordei até revigorado, nem parece que fui brutalizado pelas minhas outras companheiras ontem à noite. 

Que vacilo meu também, falar pra garotas virgens sobre sexo “moderno” da terra e ainda grupal. 

Olhei para a Aqua depois que ela mudou de posição e ficou deitada de lado, virada pra mim, com a cabeça sobre as próprias mãos. 

— Nem sei se eu devo acordar você… 

Limpei a baba da cara dela com minha mão e depois passei no pijama dela. 

Pronto, agora está um pouco mais feminina. 

Se outra mulher estivesse aqui do meu lado, acho que não conteria meu instinto de homem e iria avançar nela. 

Mas é a Aqua, eu não sinto esse tipo de sentimento por ela.

Ela é muito bonita, se não fosse sua personalidade horrível, eu provavelmente estaria com muito tesão agora. 

Quer dizer, eu acordei excitado como qualquer homem e eu quero mijar, mas isso não vem ao caso. 

— Kazuma… 

Aqua chamou meu nome ainda com os olhos fechados, só que de um jeito fofo. 

[Ba-dum!]

Eu não sou um homem tão fácil assim, NUNCA que uma mulher como ela vai-

— Kazuma… não vá embora… 

Essa Deusa, ela fala que eu preciso dela, mas é ela quem precisa mais de mim. 

Me levantei sorrindo, preparado para sair da cama. 

— Uhm? Hmm… bom dia, Kazu, Kazuma. 

Aqua acordou.

Algo me diz que ela ia me chamar de Kazulixo, mas por algum motivo não quis falar. 

Lembro que nos tempos de estábulo, eu sempre acordei primeiro que ela e algumas vezes ela acordava assim que eu levantava. 

Óbvio que todos esses dias que ela não acordou, eram dias que ela se entupiu de cachaça. 

— Bom dia, pode voltar a dormir, finja que eu não dormi aqui na última noite. 

Falei saindo da cama como se eu tivesse transado, pronto para ir comprar cigarro. 

— Kukuku, tá com vergonha de quê? Por eu ter colocado um Kazuma bebezão pra dormir? Me agradeça pela cura e hospitalidade! 

— Obrigado, você foi legal, mesmo depois daquela confusão. 

Tive que agradecer. Vi ela ficando sem resposta por alguns segundos, até ela se lembrar de algo. 

— Eu espero mesmo um presente legal de você, você não esqueceu, né? 

— Eu não esqueci! E é muita falta de educação ficar pedindo um presente! 

— Falta de educação?! Eu mereço isso também! Por quê só sou eu que não ganhei um presente? 

— Porque os presentes da Darkness e da Megumin foram para salvar sua pele egoísta! Tínhamos que estar bem preparados para enfrentar o exército do rei demônio! 

— Você que não queria enfrentar o rei demônio! Eu queria ir pra casa! 

— E o que está fazendo aqui, então?

Cruzei os braços. Vi ela travada, acho que vai chorar. Melhor parar com a discussão idiota, eu sei o motivo dela ainda estar aqui. 

— Aqua, eu sei que você prefere se divertir comigo e com nossas amigas, gosta desse mundo… 

Voltei para cama e sentei ao lado dela, já tinha se encolhido, abraçando suas pernas. 

— Eu não estou te mandando de volta. Falei isso porque você sempre falava que eu tinha que derrotar o rei demônio para poder voltar pra casa… mas essa é sua casa agora, não é? Vocês amam muito esse lugar. 

A vendo com lágrimas nos olhos e com um beiço de bebêzona, chorou agora por eu ter proferido um diálogo bonito. 

— Kazumaaahhhr!! 

Enfiou o rosto no meu peito, que ótimo… vai sujar minhas roupas. 

Eu também amo esse lugar miserável, que não prestava para nada… apesar de todo o inferno nos últimos dias, eu estou bem. 

Tenho fama e fortuna, além de estar noivo da princesa da capital. Vou ter que excluir essa última observação nos próximos dias.

— Kazuminha, não vai me fazer cafuné?

— Que é isso minha filha, tá me estranhando é? 

A larguei na cama e fui até a porta. 

— Preciso mijar, até mais. 

Ela quer retribuição por ontem? Tudo bem, eu compro um presente. 

Após a higiene matinal, preparei meu café da manhã. Sem as coisas caras ainda, não fomos fazer compras, mas esse filé com pão está ótimo. 

Sentei no sofá para terminar meu chá, ao lado de Chomusuke que dormia fofamente.

Não demorou muito para a gatinha subir no meu colo. Dei uns tapinhas nas costas dela e ela arrotou brasa. 

Essa gata ainda não recuperou todo o poder da Deusa sombria… é um bom exemplo de coisa para querer sempre ver o dia de amanhã…

…!

Eu derrotei o rei demônio… é como se eu tivesse terminado o jogo. Então agora, esse é tipo o pós-game? Estou cheio de missões secundárias para fazer? Eu não quero… 

— Maaahn! 

A gata miou manhosa, se abrindo nas minhas pernas preguiçosa, pedindo por carinho. 

— Me diz que você vai me deixar fazer isso quando você virar a Wolbach de verdade. 

— Maahn! 

Ela confirmou com a cabeça? 

Fiz carinho nela enquanto tentava esquecer que essa gata é outra Deusa gostosa… 

Falando em Deusa gostosa, quero ver a Eris. Vou desabafar minha vida para ela, mesmo ela sabendo tudo o que está acontecendo. 

Agora a Eris pode vir aqui normalmente, já que eu a escolhi como pedido por reencarnar. Pensando bem agora, com todas as minhas companheiras, eu consigo montar vários grupos bons para combate, dependendo da situação.

Me recuso a fazer missões secundárias de um pós-jogo.

Eu sou mais que um nobre agora, eu quero bebidas, sexo e rock n’ roll. Eu mereço por ter sofrido tanto nesse mundo. 

Cadê a Darkness e a Megumin? Eu acordei tão cedo assim? Será que ainda estão bravas? 

[Toc! Toc! Toc] 

Deve ser a Wiz com as poções de coragem. Dessa vez aquela cruzado pervertida e aquela maga pequena não vão escapar quando abrirem a jaula da besta. 

Fui até a porta e me decepcionei. 

— Olha o Vanir aqui gente! Novamente passando pela barreira daquela Deusa de araque. 

— Fala baixo… e cadê as poções?

— Não fique decepcionado, parceiro! E eu serei breve, não se preocupe em acontecer alguma luta intensa e destrutiva com aquela mulher irritante. 

Vanir aparecendo do nada é motivo de preocupação. 

— A Wiz aparecerá logo, logo com suas poções, mas o que eu quero te pedir é o seguinte: Dá um jeito nessa mulher encalhada, eu não aguento mais. 

— Eh?! 

O quê…?

— Eu sou um demônio, demônios não tem sexo. Eu não sei se quero passar a eternidade com aquela vendedora desesperada que não aprende com os erros! 

— E eu não vou viver por toda a eternidade!

— Pra tudo tem um jeito. Olha garoto, você apesar de ter pensamentos perversos como todo homem, é a pessoa mais confiável na qual eu posso deixar a Wiz. 

Obrigado…? Ele lê minha mente. 

— Ela precisa de um homem humano que possa dar um carinho que euzissimo aqui, não posso dar de jeito nenhum. 

— Isso é alguma pegadinha? 

— Até parece que você não quer tocar essas suas mãos naquela lich desajeitada! Acha que me engana, bilionário cheio de luxúria? 

Eu estou muito envergonhado, e saber que esse desgraçado que agora está sorrindo sabe o que estou pensando, piora tudo. 

A Wiz é um dos meus sonhos de consumo. 

Mas eu não tenho o desenvolvimento ideal com ela como tenho com as minhas parceiras. 

Deve ser outra missão do tipo “pós-game”. 

— Eu preciso liderar o capitalismo do país usando suas propriedades intelectuais, para assim realizar meu sonho de poder construir a melhor masmorra de todos os tempos!!

— Vanir, mas o que diabos você quer que eu faça? 

Questionei, não é como se eu fosse o senhor mais charmoso do mundo. 

— Trate a Wiz ainda melhor, compre itens da loja, a chame pra sair! Só faça essa morta-viva muito feliz que você vai tirar ela dos meus cuidados. 

Epa, que papo é esse? 

— Eu já cuido de três idiotas, a Wiz é um amor, mas eu já tenho mulher demais pra cuidar. 

E nem cuido do jeito que eu queria. 

— Eu achei que era assim que um dono de harém faria, cuidaria das moças adicionadas. Ainda mais alguém tão rico. 

Tanto a Wiz, quanto a Yunyun, sempre foram indiretamente do meu harém tenebroso que eu consegui montar nesse mundo… elas só não foram tão desenvolvidas comigo até agora. 

— Isso! Continue aumentando seu ego, bilionário sedento em cruzar a linha! 

Esse cara. 

— Tá tentando me manipular pra eu fazer merda e você se alimentar dos meus sentimentos ruins? 

— Não, mas estou querendo que você faça a Wiz feliz. Pode ser você, ou eu posso dar um jeito de empurrar ela para aquele delinquente loiro. 

— Não faça isso. 

Falei automaticamente. 

— Eu vou ver o que posso fazer… 

Cocei meus cabelos, mas que situação estranha. Mais estranho que isso era a Aqua ainda não ter aparecido. 

Se a Wolbach aparecesse me considerando como pelo menos um amigo com benefícios, eu não precisaria de outra turbinada como a Wiz. 

— Você está pensando pequeno! Não é melhor duas? Olha, eu sei segredos da Chomusuke, sei como trazer a Deusa sombria Wolbach mais rápido. 

— Você tá mentindo. 

— É sério! Palavra de demônio. 

Vanir veio até minha direita e tocou meu ombro com a mão, sussurrando:

— Imagina uma Lich e uma Deusa do Mal dando banho em você após o ato. É um cenário que pode acontecer, garoto… 

Me arrepio só de pensar. 

Esse é o tipo de coisa que me dá vontade de cumprir missões secundárias. 

— Conquiste a Wiz e eu lhe ajudo a trazer a Wolbach, obviamente não falarei nada para ninguém sobre esse acordo. 

Estendeu a mão esquerda e eu a apertei rapidamente. 

Foi mais forte do que eu. 

Vou aproveitar que ele está em um assunto sobre garotas, preciso saber de um negócio… 

— Você pode me dizer se eu vou me dar bem em breve com alguma garota? Nos próximos dias? 

— Oh, sim! 

Vanir colocou a mão esquerda sobre sua máscara enquanto fazia poses que ele considerava estilosas. 

— Com certeza! Eu vejo uma orquestra de múltiplos cenários, oh…ÔHÔHÔH! O que é isso? Que maravilhoso! Se você visse isso, tenho certeza que acharia um delírio profano! 

— Isso é bom?

— EI! — Aqua desceu as escadas. 

— Fui! — Vanir se desfez em areia e foi embora antes que a Aqua mandasse um ataque que me faria bater nela nos próximos segundos. 

— Como você pôde deixar um demônio sujo entrar na minha casa? 

— Esse demônio sujo nos ajudou a derrotar o rei demônio. Agora desativa essa barreira porque a Wiz está vindo com as poções de coragem.

— Um demônio e agora uma morta-viva?! A essa hora da manhã? Não é possível uma audácia dessa! 

E olha que a Wiz é amiga dela. 

Aqua foi obediente e removeu a barreira para que um crime de ódio não ocorra com uma pobre vendedora. 

Voltei a sentar no sofá e a Aqua provavelmente foi tomar um banho, então finalmente vi uma das duas espancadoras. 

— Humpf! 

Darkness empinou o nariz igual uma patricinha idiota.

Ela fica parecendo uma mulher normal com sua roupa de trabalho: um blazer azul-escuro de mangas longas que ajusta em seu corpo obsceno, uma saia curta combinando com o blazer e essa meia-calça preta… 

Eu adoro meia-calça. 

— Ei Darkness! Acha mesmo certo bater em seu mestre? 

— M-mestre?

A vi parando de ir até a cozinha, virada de costas para mim. Deve estar se tremendo. 

— Não esqueça que você é minha desde que te salvei do Alderp, mesmo que eu tenha recebido o dinheiro de volta! 

— E-eu não esqueci… 

Desviou o olhar, mas não se remexeu daquele jeito habitual. 

— Ah, invista parte de seu dinheiro nas novas terras que sua família está governando, receberá um retorno e tanto. 

— Eu sei disso, Kazuma… 

Inflou as bochechas, ela não gosta de tratar desses assuntos. Além de estar sendo assediada por nobres a pedindo em casamento, ela quer se aventurar. 

— Tem chance da gente pegar uma missão de monstro lá no quadro da guilda?

— Nenhuma chance. 

Após ouvir os murmúrios da loira, Wiz finalmente chegou com minhas poções. 

— Wiz, não é uma boa ideia vender isso ao Kazuma! 

Darkness a repreendeu e deixou a pobre lich assustada como se fosse a Aqua, então a empurrei da porta e convidei a maga para entrar. 

— Você não vai reclamar quando eu usar isso na hora que pôr as mãos em você. 

— Pode fazer o que quiser com o meu corpo, mas não entregarei meu coração!

Se abraçou vermelha fechando seus olhos azuis, respirando alto de excitação. 

Do que essa pirada tá falando? Seu corpo e alma já são meus faz muito tempo, o problema é a intervenção divina. 

— Aqui Kazuma, essa são todas as poções de coragem que tinham na loja. 

Ela segurava uma sacola de couro lotada de poções.

— Obrigado Wiz, eu vou ali pegar meu dinheiro.

Minha fortuna está muito bem guardada em um cofre resistente a magia e qualquer outro poder maluco. 

Além disso, está dentro de um cubo mágico parecido com aquele que se transforma em uma pequena mansão. É ótimo para nobres guardarem seus segredos. 

Ser podre de rico é bom demais, huhuhaha! Ainda mais quando se já teve a experiência de ser pobre demais. 

Após colocar a senha do cofre enorme que apareceu quase quebrando o assoalho, retirei o pagamento das poções, um mimo pra Wiz, e uma parte que ainda pretendo gastar hoje.

Há 1, 2 anos isso aqui seria uma facada, mas agora não é nada. 

… 

Ao voltar para a sala de estar, encontro a Aqua socializando com a maga de roxo.

— Aqui Wiz. 

Entreguei a grana e em seguida segurei as mãos frias, mas reconfortantes dela. 

— Tem aí também um dinheiro extra por me ajudar sempre. 

— Um extra…? 

Ela checou a bolsa e notou que tinha praticamente o dobro do que as poções valiam. 

— Kazuma… obrigada… 

Ela surpresa assim é muito adorável, eu espero que ela não já tenha gastado sua recompensa por ter ajudado a enfrentar o exército do rei demônio com mais itens inúteis para vender. 

— Olha isso Darkness, o Kazuma está mimando a Wiz demais, eu quero meu presente!!

Não faz nem 30 minutos que ela relembra o lance do presente. 

— Kazuma! Se estiver interessado, estou com um novo item na loja chamado “FireKrampus”, ele é bom pra fazer um churrasco instantâneo. Posso te dar uns de graça por toda essa gentileza. 

— Não precisa, Wiz… você merece… 

Será realmente um ótimo item de lazer? 

— Não tem nenhum contra? 

Perguntei. 

— Uh, bem… 

— Tem 50% de chance de desintegrar a carne, mas é só 50%! 

50% de chance ainda é muito, mulher! 

— Sssh.

Tapei a boquinha dela com meu dedo indicador direito. 

— Não preciso de nada, apenas aceite o dinheiro. 

Vendo sua comissão de frente e aqueles olhos violetas me encararem em confusão, me faz pensar que o pedido de Vanir é uma benção. 

Acho que ela vai embora. Como é que eu chamo a atenção da Wiz agora, além da grana? 

— Tem algo que eu possa fazer por você? 

Perguntou com aquela voz fofa, a convidaria para tomar café se tivesse algo aqui que ela ainda nunca tivesse experimentado, mas ainda não fiz minhas compras. 

É estranho ela não precisar comer… essa mulher não defeca, então? 

Deve ser ótimo pra…! 

Para de pensar nessas nojeiras, seu lixo.

Estou tão perturbado da cabeça que já chegou em um ponto que eu mesmo me xingo. 

Mas está na hora de tomar uma atitude sobre meu harém, eu não quero ser um viadinho heroico virjão. Quero chegar na próxima etapa o mais rápido possível.

Então vou atirar de todos os lados, dane-se. 

— Kazuma…? Está tudo bem? 

— Hã?!! Sim, olha, quer sair comigo? 

Falei na frente de Aqua e Darkness, que ficaram surpresas. De uma forma negativa. 

— Sair…? Um encontro de amigos? 

— Sim, um encontro de amigos! Mas só vai ser nós dois. 

Calma que eu ainda não posso ser tão atacante assim. 

— Pode parando aí, seu cafajeste! Se vocês vão sair e fazer alguma coisa legal, eu quero ser convidada! 

Aqua era inconveniente como de costume. 

— Kazuma, isso não seria estranho? 

Wiz toda abobada tinha o rosto bem vermelho, sempre a deixei assim a provocando, mas agora eu tô falando sério. 

— E-eu sei que somos amigos, mas as pessoas poderiam pensar algo errado… 

— Deixem pensar. 

— E você está noivo da princesa Iris, você pode ser morto por causa disso, sabia…? Por causa de boatos! 

Que desgraça de idade média, mas não preciso me preocupar com isso. 

— A Iris não permitiria. E não se preocupe com isso. Nos vemos hoje, tarde da noite? 

— Hoje não, mas eu vou pensar sobre isso, Kazuma! 

Ela fechou os olhos nervosa e saiu correndo da mansão que nem uma donzela tímida, reação parecida da qual teve com o Duke há um tempo atrás. 

Sou um bom observador. Alguns diriam um ótimo stalker também. 

— Você não presta mesmo. 

Aqua me encarava com olhar julgador. 

— Eu não posso sair sozinho com outra, agora? 

— Isso não é sair sozinho, é praticamente um encontro! 

— E daí se for? 

Quando me virei de costas para ir para a lareira, bati o rosto nos peitos da Darkness, que não tinha feito um pio desde que eu paguei a Wiz. 

Senti suas mãos em meus ombros enquanto rapidamente me sentia nas nuvens de estar encostando minha face tão perto daquele paraíso, apenas roupas eram meus obstáculos. 

De repente senti uma sensação de perigo. 

[Trackt!] …! 

— Argh Darkness, tá doendo! 

Sentindo a força bruta de suas mãos esmagando meus ombros, olhei finalmente para a cara dela e tomei um susto. 

— Desgraçado… chamou a Wiz para um encontro… e até hoje não me chamou para um de verdade!!

Ai merda. 

A loira se mordia, provavelmente se segurando para não me esmurrar, seus olhos cheios de lágrimas e fora de si. 

Tenho que sair, ela vai bater em mim. Ela pode até não conseguir acertar golpes com sua espada, mas na mão ela é profissional. 

Congelar? Drenar no toque? Criar terra? 

Amarrar! 

Obviamente ela deixaria eu acertar esse movimento. 

— Volta aqui Kazuma, ahr! E-eu quero tirar satisfação com você! H-hmm! 

Dei um amarrar bem dado. 

— Deixa que eu pego ele, Darkness! 

Joguei terra na cara da Aqua após misturar criar terra com sopro de vento e fugi da minha própria mansão escutando os gritos de choro da Deusa, que provavelmente foi cega. 

Parte 2

Caminhava pela cidade com as mãos dentro dos meus bolsos.

Que ótimo, as três estão bravas comigo agora. Pelo menos a Aqua vai me perdoar quando eu der o presente a ela. 

E o que tem de errado com a Darkness? Ela tem seu lado romântico, mas achei que gostasse que eu fosse um canalha.

Ah espera, é cu doce. 

Eu espero que elas não destruam minhas poções.

— Olha vó, é o herói que derrotou o rei demônio!

Um garotinho que segurava a mão de uma senhorinha apontou para mim, rapidamente várias pessoas se juntaram e começaram a me aclamar. 

— Dá um autógrafo pra genteee!! 

Crianças se reuniram e eu atendi os pedidos delas, estava ainda na área humilde de Axel, então nenhuma mulher chamativa estava por ali.

— Que roupa estranha, mas ainda assim é legal!

É estranho o herói que derrotou o rei demônio, que é rico, andar por aí de agasalho verde humilde? 

— São agasalhos, em breve na loja daquela tia maga vai vender com várias cores diferentes. 

— Eu vou pedir pra minha mãe comprar! 

— Vou pedir pra minha vó! 

Já não basta minha espada chunchunmaru estar registrada como minha arma principal, nos livros de história também vão falar que minhas vestimentas não eram nada demais. 

Eu não tive uma transformação no último ato, nem usei uma roupa especial para combater o chefão final. 

— Tchau pessoal, se cuidem em! Qualquer problema, chamem minhas aliadas, estou de férias! 

Fui embora do tumulto e, passando por alguns becos pegando um atalho, notei que vou precisar de alguém para me ajudar a carregar as compras.

Acabei parando na frente de uma das igrejas de Éris. 

Os ataques de monstros pararam bastante depois que o rei demônio foi derrotado, estão todos enfraquecidos. 

A Eris já passa um bom tempo nesse mundo usando seu “avatar” de Chris… 

Ela não vai se importar se eu trazer sua forma verdadeira para carregar minhas compras. 

Eris com a skin de Chris é linda, mas sua forma natural é uma Deusa de verdade, tão perfeita… eu não me importo mesmo do enchimento. 

Pensando apaixonado pela minha Deusa da sorte, vejo uma sacerdotisa familiar vestida de freira prestes a vandalizar os muros da igreja com uma arma de tinta azul claro. 

— Isso é por ainda não terem saído dessa cidade! 

Antes que ela atirasse, tomei o brinquedo das mãos da Cecily. 

— Kazuma?! 

(...)

Após eu impedir e dar um sermão na loira idiota, fomos sentar em uma mesa de uma praça onde tinha crianças brincando. 

— Devolve minha TinGun… 

— Não. Vou comprar muitas bebidas pra você, então esqueça sobre vandalizar as igrejas de Éris por um tempo. 

— Me compra gelatina verde também! … Aì Kazuma, você agora é um dos homens mais ricos do país, né… 

— O terceiro mais rico, posso ser o primeiro se eu voltar a Elroad e apostar nos cassinos de lá. 

Mas aí o país entraria em falência. 

— Isso é tão legal! 

A freira juntou as mãos, as colocando à esquerda da bochecha. 

— Kazuma… 

— O que tu quer, em? 

— Você vai mesmo casar com aquela fofa, mais tão fofa princesa de Belzerg? 

Perguntou corada, com uma curiosidade genuína, tinha até fumaça saindo de seu nariz.

Cecily, a “irmã” cheia das ideias erradas. 

— Você estava lá, você sabe que sim… eu só preciso esperar ela ter idade pra casar. 

— É um erro não poder casar com ela como está agora, Caham! Quer dizer! Isso não é certo, Kazuma… 

Freira lolicon. 

— Eu acho que prefiro a Iris madura mesmo, ela vai ficar igual a mãe linda dela. 

— Isso é errado! Eu espero que ela fique do mesmo jeitinho que está quando estiver mais velha… 

Desejou com os olhos fechados, pensando na Iris ficando no estado loli. 

Eu prefiro que ela se torne a mãe dela, já basta a Megumin que está demorando muito para ter meu tipo de corpo ideal. 

Cecily é bastante atraente, dentro dessa roupa de freira ela esconde um corpo incrivelmente obsceno. Acho que ela e Darkness brigam pra ver quem tem o melhor corpo. 

Imaginei as duas lutando em um ring de box usando apenas biquínis… 

Eu pagaria por isso. 

— Isso é errado Kazuma, é errado! 

A freira falava rindo de um jeito estranho, animada. 

— O quê é errado? 

— Alguém como você não pode ser noivo da princesa, muito menos casar com ela! 

— Ah é? 

Cruzei meus braços, semi cerrando meus olhos. 

— E por quê não? 

— Porque como agora líder da seita Axis, sacerdotisa Cecily, não posso permitir que uma linda anjinha como a princesa Iris, seja deflorada por um ser diabólico como você! 

— Não fala essas coisas em voz alta!

Essa anja que ela fala é conhecida faz um tempo como matadora de dragões. 

— E também, você tem que casar com uma mulher com um corpo volumoso! Com peitoes e um bundão, não é disso que você gosta? 

Ela me entende, mas eu também não me importo com peitinhos pequenos e bundas sem carne. 

— Eu com certeza amo essas qualidades em uma mulher. 

Falei não conseguindo não olhar para aqueles seios aprisionados sob o tecido da roupa azul. 

Do jeito que ela falou sobre meu tipo de mulher, acabou descrevendo o corpo dela. 

— Oh, caro herói que derrotou o rei demônio… como fez algo tão nobre e bondoso, e mais importante, algo muito respeitado por nossa igreja Axis e a toda poderosa Deusa Aqua… eu permito que você case-se comigo ao invés daquela princesinha tão pura. 

— Eu recuso. 

— Não faz isso! 

Doeu recusar uma beldade dessas, mas ela é a principal seguidora do culto insuportável da Aqua. 

— Espera Kazuma, vai mesmo recusar uma proposta dessas? Basta você assinar esse contrato de se juntar a nossa igreja, que eu me responsabilizo por você e todo seu dinheiro! 

Era óbvio. 

— Eu sei que você adoraria me jogar na cama para fazer todo tipo de sacanagem obscena com meu corpo tão belo e puro! 

A freira de Axis atenta mais que uma Succubus! 

— Olha só, você não precisa nem se juntar a nossa igreja, mesmo que isso me deixe triste… o que acha de ser meu marido e me sustentar? Espera, não vai embora, escuta meu plano! 

Ela me colocou de volta para sentar em sua frente. 

— Eu sempre procurei um homem rico para me sustentar, mas todos os nobres com quem eu tento algo, fogem!

O seu maior problema é ser sacerdotisa do culto de Axis. 

— Escuta Kazuma, se você me sustentar, eu vou finalmente realizar meu sonho de cuidar de várias irmãzinhas fofas! 

Ela não é só lolicon, como uma siscon. 

Seu sonho não deveria ser a paz completa no país? 

— A gente sendo um casal, eu poderia cuidar também da Iris, ela seria uma irmãzinha tão cuti cuti! Eu já consigo imaginar ela me chamando de irmãozona. 

Essa freira vagabunda já tem complexo de irmã com a Megumin, ela quer com a Iris também? 

— Fique sabendo que a Iris já é minha irmãzinha, eu não dividiria ela com uma pervertida como você. 

— Você é mais pervertido que eu! Kazulixo, Lixozuma! 

— Me xinga de novo e as suas chances de ter esse homem aqui vão a 0. 

Mentira. 

— Ah, vamos lá Kazuma, você teria que dividir a Iris comigo! Eu não me importo de compartilhar meu sonho de harém de irmãzinhas com meu marido, mas você vai me trazer a Iris e a Megumin para ser irmãzinhas… 

— Até que não seria tão ruim. 

É uma ideia bem legal, não é? 

— Você consegue trazer para o meu harém de irmãzinhas a Sylphina, a prima da Darkness? 

Essa mulher é um demônio. 

— Escuta aqui, eu não disse que vou casar com você… mesmo você tendo um corpo que está no top 1 da minha tier list de corpos femininos, eu estou cheio de pendências com o meu harém. 

— Está montando um harém, mesmo noivo da princesa Iris? 

Perguntou surpresa pondo a mão direita sobre o rosto.

— Não finja que nunca associou minhas companheiras como meu harém. 

— Como ousa associar a Deusa Aqua como peguete! 

— Vai por mim, eu não penso nessas coisas dela. 

— Como ousa não sentir atração pela Deusa Aqua? 

Puta que pariu, esses cultistas de Axis não decidem o que querem. 

— A Deusa Aqua é o símbolo da verdadeira mulher perfeita! Não é igual aquela mentirosa Éris que usa enchimento no peito! Você não pode recusar sentir sentimentos carnais por ela, apenas deve guardar para si até ficar sozinho em um banheiro ou quarto. 

???

— Enfim, você só estava contando o número de mulheres ao seu redor, certo? 

— Mais ou menos, mas falando dos números, tem aquela ladra que eu roubava calcinhas… você já sabe da Iris… tem também aquela dona da loja desajeitada, Wiz… e a Yunyun, amiga da Megumin que acho que dá pra tirar uma casquinha. 

— Tanta luxúria pra um homem só…

Não olha pra mim assim. 

— Mas o herói Kazuma é cheio de dinheiro, a Deusa Aqua perdoará seus pecados! Apenas desmanche o noivado com a princesa para que isso não cause sua morte! 

Eu não acredito que estou contando essas coisas para uma mulher, ainda mais a Cecily, isso é o quê? Uma confissão? 

— Eu vou dar um jeito sobre meu noivado. Cecily, nem invente de fofocar por aí essas coisas, tá bem? Eu nunca contei a ninguém sobre o harém, pelo menos não dessa forma explícita. 

— Seu segredo morre comigo no túmulo. 

— Falando assim faz parecer que eu não vou conseguir! 

A loira riu levemente e depois ficou um pouco séria, olhando para mim com mais convicção. 

— Se você falhar, significa que vai ter que escolher apenas uma para casar…

Epa. Ela realmente me quer? Mas é por interesse no meu dinheiro, não é? 

— Você não é um Mitsurugi, mas dá pro gasto.

— Vou fazer questão de escolher qualquer uma, menos você! 

Ela riu novamente e depois mandou uma braba que eu não esperava.

— Tem espaço para mais uma em seu harém, Kazuma? Consegue sustentar mais uma mulher? 

Estava séria, eu não sei porque ainda acho que isso seja bait.

— Se quer ir nesse caminho arriscado, irei com você… mas você vai dividir a Iris e a Megumin, se elas fizerem parte do harém de verdade. Ou eu mesma vou ter que procurar outras irmãzinhas para realizar meu sonho, usando seu dinheiro. 

Essa mulher é doida parecida com a Aqua, mas é tão pervertida quanto a Darkness. 

Mas qual seria o tipo dela em meu harém? 

— Vou te considerar meu irmãozinho, já que sou quatro anos mais velha que você. Assim vou ficar mais confortável quando você se glorificar com todo o meu fabulososíssimo corpo. 

É a tipo irmã mais velha! É o reverso da Iris, e as duas são loiras! 

Essa só pode ser minha nova fase popular! 

— Kazuma? 

Caramba! Eu ainda não respondi, ela quer entrar no meu harém! O que eu faço se eu aceitar? Eu já vou poder pôr as mãos nesse incrível par de mísseis? A Aqua não me mataria se eu tirasse a virgindade da principal cultista dela?

Respira, Kazuma, respira. Essa mulher só quer se aproveitar… o que ela quer mesmo é colocar as mãos no meu dinheiro e, de quebra, sequestrar minhas baixinhas!

— Caham. Eu sinto muito, mas… mas…

Travei.

Cecily, com um sorriso carregado de malícia, levou os dedos ao decote e abriu devagar a frente da roupa de freira. O azul-escuro e dourado deslizou para os lados, revelando um vislumbre generoso de seus seios. Eles saltaram à vista, firmes, envoltos por um tecido justo que parecia prestes a ceder. Aquele par opulento quase transbordava, e o contraste entre a pureza do hábito e a luxúria que ele escondia foi como um golpe direto no meu autocontrole.

Meu corpo inteiro reagiu de imediato. O coração disparou, minhas mãos tremeram e minhas pernas ficaram bambas só de imaginar como seria tocar naquela pele clara e macia. Foi, sem exagero, uma das cenas mais eróticas que já presenciei desde que cheguei a este mundo.

E olha que eu já vi de tudo.

Nos meus serviços com as Succubus, eu já sonhei transando com quase todas as mulheres atraentes que conheci… até uma que já tem namorado. 

Depois dessa visão, eu sei que vou precisar de um sonho exclusivo só para a Cecily. 

A freira do culto de Axis fechou a frente da roupa, me deixando triste, mas com uma resposta mais clara. 

— Eu aceito você, mesmo sendo do culto da Aqua. 

— Não gostei de como falou, isso não é algo ruim! Peça desculpas agora mesmo. 

— Olha só, não tô afim… 

Me fiz de difícil e depois ri de leve, deixando a sacerdotisa confusa.

— Nem acredito que concordei com isso… 

— É verdade, agora faço parte de seu harém. 

E agora? O que acontece? Estou olhando para a carinha boba dela e não sei o que fazer. 

Eu já posso fazer coisas bem doidas? 

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa pervertida, ela conversou comigo sobre outra coisa. 

— Minha Deusa está chateada por você ter retornado a ser um vagabundo recluso. 

As duas saem juntas às vezes para beber cachaça e vandalizar locais que envolvam o culto da ordem de Éris. 

— Dá pra não me chamar por esse nome? Me dei férias, pra quê trabalhar depois de matar o rei demônio e ganhar tanto dinheiro?

— Deusa Aqua gosta de se aventurar, mas eu entendo o seu ponto. Se fôssemos apenas nós dois casados com esses 10 bilhões de Éris, eu só gostaria de beber, dormir e transar.

Essa mulher é das minhas, se não ficasse falando do culto de Axis e não fizesse atrocidades contra Éris, seria pelo menos minha terceira heroína principal. 

A primeira é a Éris e a segunda é a Iris, obviamente. 

— Kazuma, eu nunca falei tantos desejos para alguém, como falei hoje com você. Sei que a Deusa Aqua vai perdoar a gente. 

— Falando nela… 

Eu queria muito já falar algo quente para Cecily, mas antes eu preciso resolver uma missão pendente. 

— Eu preciso comprar um presente para sua Deusa. 

A loira pareceu surpresa, continuei explicando. 

— Estava pensando em só comprar um garrafão de vinho caro, mas vou deixar isso como um bônus. Preciso de algo que não seja clichê… que ela fique feliz e pare de encher meu saco. 

— A Deusa Aqua não enche o saco de ninguém!

Unhum, sei. 

— Ela apenas está exigindo o que é seu por direito. 

— Tá bom sacerdotisa das trevas, me fala logo o que eu tenho que comprar. 

— Do que me chamou?! Hm… ela gosta de bebidas, comida… que tal algo que ninguém tem? 

De onde ela tirou essa conclusão mesquinha? 

— Pior que pode ser isso mesmo. Pois dinheiro ela tem agora pra comprar o que quiser. 

Espera aí… 

[Flashback ON] 

— Eu só queria… um presente também, sabe… 

— Mas-

— Um presente de você, Kazuma… 

[Flashback OFF] 

— Ela quer um presente meu, do meu coração.

— Se você já sabia a resposta, por quê me perguntou? 

— Eu não sabia! Descobri agora! 

Um presente meu não é algo que só ela poderia ter, já que eu dei presentes a várias pessoas, inclusive já dei uns a ela tempos atrás, antes desse hiperfoco ambulante. 

Tá, tem que ser algo meu, mas algo diferente… 

!!!

Vi Cecily me mostrando o papel para assinar e entrar no culto de Axis. 

— Se você se converter e entrar para nossa majestosa igreja de Axis, vai ser o melhor presente de todos que você possa dar para a Deusa Aqua! 

Sinto que não é a primeira vez que ela fala esse exato diálogo. 

Ela mostrando esse papel tão de perto parece até que está apontando uma arma para minha cabeça. 

Apesar de criminoso, o que Cecily está dizendo é verdade, a Aqua amaria mesmo isso. 

Ela pode não ter sido no começo a melhor “coisa” para trazer nesse mundo desgraçado, mas depois com certeza provou o contrário. 

Apesar de atrair problemas, o apelido “Deusa Inútil” não é nada mais do que uma provocação. 

Além de ser bastante forte contra as forças das trevas e curar rapidamente o grupo, me ressuscitou tantas vezes que eu até perdi a conta. 

Ela é… diferente, do jeito dela. 

Droga… será que eu faço isso pela Aqua? 

— Me recuso. 

Aqua me ajudou muito, mas se não fosse minha sorte dada pela Deusa Éris, eu nunca poderia ter conquistado tudo o que conquistei. Feito a grana que fiz, os problemas que resolvi…

Alguns cabaços podem achar que sou ingrato e que eu não mereço a Aqua, mas convido a todos a morrer das piores formas possíveis, passar por tudo o que eu passei… 

Eu poderia nunca ter morrido se tivesse trazido uma arma roubada igual o Mitsurugi, mas nunca teria derrotado o rei demônio. 

Trazer a Aqua foi a escolha certa, obrigado Deusa Éris por toda a sorte que me proporcionou.

Ou será que eu teria derrotado o rei demônio bem mais fácil e rápido se eu estivesse em outro grupo? 

— Se não vai entrar na igreja Axis, como pretende agradar nossa Deusa?

— Eu já tenho uma ideia do que fazer. 

Me animei um pouco, acho que pode ser divertido, pelos velhos tempos. 

— Herói! Herói!! 

Uma garotinha correu até a gente com um papel na mão, parecia ser um desenho. 

— Eu fiz pra você. 

Me entregou. 

Era uma arte muito fofa de Darkness, Megumin, Aqua e eu derrotando o rei demônio. No desenho, Aqua parecia enfraquecer o rei demônio com as mãos levantadas, Darkness acertava uma espadada, Megumin já tinha atingido ele com uma explosão, e eu estava prestes a dar um golpe final com uma espada bem maior da habitual que usava. 

Eu queria que esse desenho fosse real.

Teria sido ótimo derrotar o rei demônio assim. 

Olhei para a garotinha e fiz cafuné na cabeça dela, dizendo que amei o desenho e perguntei se podia ficar com ele. 

— Claro, herói Kazuma!! Eu fiz pra você!! 

Que bonitinho ela corada, é por alguém como ela que eu faria tudo de novo. 

— Deixa a titia abraçar você? 

Cecily com o nariz sangrando espantou a coitada da garota, ainda bem que a mãe dela chegou pra tirar ela de perto dessa tarada. 

Quem mais me fazia sentir assim antes da fama, era Iris. Era não, é.

Minha maninha com certeza ainda quer que eu conte todas minhas aventuras quando visitar o castelo. 

— Cecily. 

— O-oi? 

Limpou o sangue do nariz com a mão e piscou os olhos azuis várias vezes, rapidamente. 

— Agora você faz parte do meu harém. Sabe o que isso significa? 

— Vai me dar muito dinheiro e irmãzinhas?

— Significa que temos que procurar um ninho de amor o quanto antes! 

Prioridades. 

Eu deveria escolher primeiro ter minha primeira vez com a Megumin ou a Darkness, mas não posso desperdiçar perder com uma freira tão gostosa.

— Desculpe Kazuma, mas por enquanto você não pode tocar em mim. 

Uh?!

— Por quê? 

Questionei bravo, é sempre uma enrolação pra ir pra parte boa. 

— Para você tocar de jeito lascivo nesta adorável e linda sacerdotisa líder do culto de Axis, primeiro você tem que pedir permissão a nossa Deusa Aqua. 

Explicou com os olhos fechados e um sorriso de sonsa. 

Fala sério. 

Se eu fosse menor de idade ela não diria isso. 

— Enquanto você não pede permissão à Aqua, se contente apenas com isso. 

Levantou o braço direito. 

Um aperto de mão? 

Uma gostosa entra no meu harém e o que eu ganho é um aperto de mão? 

Parte 3

Como um bom futuro amante, dei dinheiro para a Cecily comer bem e tomar seu goró a semana inteira. 

Espero que ela não gaste metade do que dei a ela em slime verde… 

Slime verde derrete apenas roupas, Cecily joga isso em crianças e em garotas fofas com cara de Loli, tipo a Megumin. 

Muitas vezes ela joga o slime verde em testemunhas de Éris também. 

Eu devia mesmo ser responsável por uma mulher infame dessas?

Acabei de chegar na guilda e fui recebido muito bem pelos aventureiros que relaxavam por lá.

Oh, dias de glória… 

Não vejo nenhum rosto muito conhecido, como o grupo do Dust por exemplo. 

Claro, não contei com a Luna, nossa recepcionista tão… perfeita. 

Como eu queria a Luna como recompensa por derrotar o rei demônio.

Eu já estou cheio de loiras, mas essa também está no meu coração. 

Eu juro que é a última, eu não sou ganancioso.

Preciso dar um jeito na Claire, ela tem olhar torto para minha irmãzinha também, não gosto disso. 

Ainda vou ter minha vingança pelo apagador de memória. 

— Kazuma! 

Luna me chamou, já estava indo na direção dela. 

— Você derrotou mesmo o rei demônio, Kazuma! 

Ela me olhava com uma felicidade radiante, como se eu fosse um herói de verdade.

Eu sou um herói de verdade. 

Luna me encarou com admiração na maioria das minhas grandes conquistas. Apesar do meu grupo ser desastroso, ela sabe que sempre demos conta do recado.

— Sim, eu derrotei… eu não poderia deixar nada acontecer com as pessoas inocentes desse mundo, principalmente você. 

Segurei as mãos dela e olhei em seu rosto, tentando ao máximo não descer para aqueles peitões sensuais. 

E ver ainda aquele olhar dela, tão sincero e cheio de orgulho, fazia meu peito inflar… 

— Kazuma… você está noivo da princesa Iris, não é?

Desci minhas mãos na madeira da recepção. 

Hum?!

— Eu achei que estava atrás de uma mulher madura… mas sabia que seu lado lolimaníaco falaria mais forte. 

— NÃO DIZ ISSO!!

Calei minha boca e vi pessoas agora nos olhando, então me aproximei mais perto dela, falando bem baixo. 

— Luna, não é o que parece… 

Droga, eu não posso falar que vou arruinar o noivado com a Iris, a Luna com certeza iria fofocar sobre. 

— E pensar que eu estava me guardando pra você, achando que me pediria em casamento. 

Ela fecha os olhos e inflou as bochechas, fazendo biquinho. 

— Diz aí, falou o que eu queria ouvir porque outra colega sua, saiu do emprego para se casar, não foi? 

— Claro que não… 

Desviou o olhar, com o rosto vermelho. É verdade. 

— Escuta só, se isso não foi apenas uma provocação barata, já que você sabe que eu vou casar com a Iris, saiba que eu tinha (ainda tenho) muito interesse em você. 

Fiz questão de apontar para aquele decote sexy. 

— É que, você derrotou o rei demônio, está tão rico e poderoso… 

Poderoso é uma palavra “forte”. 

— Achei que você poderia me dar um pouco de paz… 

Mexia em seus cabelos, enrolando com o dedo indicador, fazendo carinha de coitada. 

O que ela tá fazendo? Está tentando ser fofa? 

Luna já está colocada em um status de “solteirona”. Aventureiros zoam com ela em off a chamando por esse nome, pois se ela pegar, vai mandar para uma missão difícil com provável risco de morte. 

— As coisas não melhoraram após a derrota do rei demônio? 

— Na verdade, sim… tem poucas missões disponíveis, mas quase ninguém anda fazendo, todos estão com mais tempo livre já que receberam boas recompensas na batalha contra o exército do rei demônio. 

Ou seja, não sou só eu que virei vagabundo. 

— Mas como sempre, eu estou cheio de papelada para resolver, registrar, ainda não arrumei esse lugar… 

Ela está cansada de fazer quase todo o trabalho por aqui, esses são um dos vários motivos de Luna não ter uma vida social. 

— Eu juro que não tô desesperada por um romance! 

Ela está. 

— Vir até mim é sinal de desespero? 

Questionei indignado. 

— Não é isso Kazuma, mesmo sabendo das coisas horríveis que você já fez, você foi minha segunda opção, juro!

Segunda opção?! 

— Eu tentei dar em cima do espadachim bonitão, Kyouya Mitsurugi, mas ele não tem olhos para uma humilde recepcionista como eu… pelo menos ele foi fofo. 

Fiquei mais indignado ainda. 

Não só porque ela foi no bonitão primeiro, mas porque ele não pegou uma mulher dessa para ele. 

Ele se acha um protagonista shonen de um isekai genérico, vai pro inferno. 

— Na verdade Kazuma, parece que o Mitsurugi só tem olhos para sua companheira, a Aqua. 

Eu vou lançar “sentença de morte” nesse miserável. E se removerem minha maldição dele, vou me casar com a Iris e darei ordem para executá-lo. 

— Um pobre coitado como o Mitsurugi não sabe o que é uma mulher de verdade, ele é um otário mesmo… 

Agarrei as mãos dela novamente e lembrei o motivo de estar aqui. 

— Desculpa Luna, mas eu vim atrás de uma missão para fazer sozinho com a Aqua, tem aí a… a…?

Ela morreu por dentro, seus olhos amarelos parecem vazios. 

— O que pretende fazer sozinho com a Aqua em uma missão, Kazuma…? O que você e o Mitsurugi agora veem nela? 

— Não é nada disso que você tá pensando, mulher! E saiba que o Mitsurugi gosta dela faz muito tempo. 

— O quê?! E a Aqua sabe disso?

— Não, é burra pra perceber e aquele covarde nunca se declarou a ela. Dito isso, eu também não deixaria ele encostar um dedo na minha companheira. Ninguém pode ter nada com elas, eu proíbo. 

Luna me encarou com nojo, provavelmente me chamando de Kazulixo e outros xingamentos inadmissíveis em seus pensamentos.

— Eu não sou um homem protetor e obsessivo! 

Era minha vez de me defender, mas então presenciei Megumin e Yunyun entrando na guilda juntas, rindo parecendo gostar muito mesmo da companhia uma da outra. 

Elas me notam e a felicidade delas é completamente obliterada, restando apenas medo. 

Oh… é claro… 

Destemido, peguei a Yunyun e a joguei contra a parede, a trancando com os meus braços a cada lado dela, encarando bem seu rosto. 

— K-K-kazumaah!

Yunyun já ficou com vontade de chorar de vergonha, gaguejando. 

— Kazuma, o que você tá fazendo? Seu nível de assédio sexual aumentou, por acaso? 

Era Megumin reclamando, a guilda toda tinha os olhos para gente, mas eu não ligo. 

— Eu proíbo um relacionamento yuri entre vocês duas, se eu não estiver incluído! 

— M-m-mas!...

— Nada de “mas”! Você acha que pode simplesmente roubar a Megumin de mim e sair ilesa? Você tem que pelo menos pedir permissão e fazer um agrado para mim an–

[TÉIM!] 

Tomei uma cajadada na cabeça por trás.

— Para de torturar a Yunyun, Kazuma! Idiota! Ela e eu não estamos em um relacionamento desses!

Reclamou com o rosto queimando enquanto eu passava as mãos na cabeça.

— Eu nunca vi uma caminhada de explosão durar o dia inteiro! 

Nem menstruada essa garota para de lançar magia explosiva. 

Agora pergunta se ela assim libera a boca ou o traseiro pra mim. 

Luna tosse de propósito chamando a atenção da gente. 

— Elas duas fazem missões todos os dias, Kazuma. Costumam eliminar monstros próximos da cidade e alguns específicos que ainda causam problemas, como “ursos de um soco só” e até um basilisco que apareceu outro dia. 

Derrotaram aqueles ursos e um basilisco? 

— Confesso estar surpreso. 

Olhei para os dois demônios carmesins, Yunyun já parecia de boa comigo, mas Megumin deve lembrar com remorso da última noite. 

— Vocês são uma boa dupla, continuem com o bom trabalho. 

Me afastei delas em destino ao quadro de missões, escutei um gritinho da Megumin. 

Ela achou que eu ia pedir desculpas por ontem? Tô nem aí, moscou, dançou. 

Faz mais de 1 mês que derrotei o rei demônio, por quê não cumpriu logo a promessa antes da ida a capital? 

Peguei o papel da missão que eu sabia que estava disponível e guardei no meu bolso. 

— Ei! Você pegou uma missão, não foi? Está fazendo missões sem mim?! 

A maga baixinha já estava do meu lado com sua versão com corpão. 

— Não precisa se preocupar com isso, não é nada demais. 

— O quê não é “nada demais” que você não precisa de mim? É uma missão de dungeon? 

— Megumin, você já usou sua explosão hoje, não? Eu não tô te excluindo de nada, é só um negócio que eu vou fazer com a Aqua. 

— Com a Aqua?! É missão contra mortos-vivos ou algo assim? 

— Não, eu só preciso de um tempo com ela, tá bem?

Megumin ficou espantada com os olhos brancos, se tremeu toda e até Yunyun ficou preocupada. 

— Que drama é esse, garota? 

Perguntei. Qual é o problema?

— …não acredito que você decidiu me abandonar e seguir para a rota da Aqua…

 …

Devolvi a cajadada com um cascudo na cabeça dela, mandei ela comprar comida boa e cara pra casa com a Yunyun, e saí da guilda.

Parte 4

Cheguei na mansão com um frio na espinha, será que Darkness e Aqua ainda querem me bater? 

Eu preciso ficar calmo, elas às vezes são rancorosas, mas estavam apenas com ciúmes e putas por eu chamar a Wiz para um encontro. 

Ao entrar escondendo um liquor chique e raro nas costas, que peguei com um contato secreto meu, encontrei a Deusa da água cabisbaixa no sofá.

Acho que faz pouco tempo que ela conseguiu limpar totalmente os olhos. 

Foi mal. 

— Veio profanar a cara da Deusa de novo? Se vir, me manda logo de volta pro reino celestial. 

Que depressão toda é essa? Não é possível que foi só por eu ter jogado terra nos olhos dela. 

Decidi ainda esconder a bebida só pra saber o que realmente tá pegando. 

— Me desculpa por aquilo, eu não queria apanhar da Darkness. 

Fiquei de pé ao lado da Deusa depressiva. 

— Você chamou uma lich para um encontro… 

— Mas Wiz é sua amiga, Aqua! O que você tem contra ela? 

— Você chamou uma lich para um encontro… como pôde chamar ela primeiro invés de mim? Uma Deusa tão linda como eu não deveria ficar atrás de uma lich! 

— Não sei o que está querendo dizer, mas trouxe um presente pra você. 

Mostrei a bebida de nobre alcoólatra para ela e seu rosto se iluminou. 

Não é possível que essa Deusa esteja com ciúmes da Wiz. Não deve ser ciúme, é apenas o orgulho ferido por ser a “rejeitada” do bando. 

— Kazuma, obrigada! Muito obrigada! 

Agradeceu repetidas vezes e pegou a garrafa das minhas mãos.

Ela parece tão feliz com esse liquor, parece até que não tem dinheiro para comprar um. 

— Aqua, não beba agora. Esse não é o meu verdadeiro presente para você. 

— Quê? 

Ela para de abraçar a garrafa e fica curiosa. 

— Você realmente está querendo mimar a Deusa? 

— Não é a primeira vez que eu te presenteio com uma bebida cara, dessa vez vai ser um pouco diferente. Eu peguei uma missão para nós dois. 

— Pegou uma missão? É um milagre! Eu sabia que… espera, só nós dois? É pra exorcizar algum morto-vivo nojento? 

— Não garota, só me segue!!

— Hmm, tá bem… deixa eu só guardar minha garrafa. 

Parece que Darkness não está em casa. Peguei Chomusuke que estava moscando no tapete e fiz carinho nela depois de a colocar confortável em meu colo. 

(...)

— Kazuma, para de mistério, pra onde estamos indo? 

— Vai descobrir quando estivermos perto, já, já chegamos. 

— Kazuma, você está muito suspeito, me deu vinho e agora está me levando para uma missão que tá parecendo mais um encontro! Voltou atrás sobre a lich para me agradar? 

— Para de chamar a Wiz de apenas “lich”, garota, ela é sua amiga e você gosta dela! E isso não é um encontro! 

Essa Deusa parece aquelas vizinhas fofoqueiras que falam mal da amiga assim que viram de costas. 

— De qualquer forma, faz tempo que você não me chama pra sair, e nem lembro qual foi a última vez que me chamou para ficarmos a sós. 

— Do que está falando? Ontem mesmo eu apareci no seu quarto e dormimos juntos. 

— Você só apareceu porque foi obrigado! E você só me chamou pra eu te curar, só que você dormiu! 

— De qualquer forma, não diga coisas estranhas… 

— Você que está falando coisas estranhas! 

Essa Aqua… tem coisas que ela fala sobre mim que eu sempre ignorei, como falar que eu tentei pegar na bunda dela na primeira masmorra que fomos, dizer ter medo de banho misto comigo porque acha que eu tiraria sua virgindade, ficar brava com Vanir pela fala dele sobre um cara (eu) que é facilmente seduzido por qualquer mulher, não ser seduzido por ela, e ainda proferir que tem medo de eu devorar ela com meu pau que cresceu bastante. 

Eu guardei essas informações, mesmo que pareçam irrelevantes à primeira vista. 

E eu ainda não fui agradecer ao médico por ter consertado a deficiência de um japonês. 

Eu realmente preciso ir lá depois dar uma grana pra ele. 

(...)

— Kazuma, você vai voltar a pegar missões?

— Ainda não. Eu só acho que seja o certo, o que vamos fazer agora. 

— Ei, espera, isso só são os arredores da cidade… os sapos estão em época de acasalamento de novo? KAZUMA, EU NÃO QUERO ENFRENTAR ESSES SAPOS! VAMOS EMBORA! 

— Calma Aqua, é por isso que estamos aqui. 

— O quê?! Você está me punindo, mesmo tendo acabado de me dar um presente? Kazuma, seu monstro! 

— Do que está falando, sua idiota? Você está mesmo com medo de inimigos tão insignificantes como sapos? 

Segurei na mão dela e avançamos mais no campo, com a Aqua tentando se soltar de mim gritando. 

Isso tá parecendo mais um sequestro. 

— Aqua, é sério, para com isso! Você não precisa ter medo desses sapos! Derrotamos o rei demônio e sua tropa, porquê não quer lutar contra eles? 

— Kazuma, você bateu a cabeça?! Você é estúpido e bateu a cabeça?! Os sapos são imunes a meus golpes físicos e minhas habilidades com água! 

Agora me lembrei porque no início de tudo eu chamava ela de Deusa inútil. 

Ela tem uma porrada de habilidades e não tem uma que derrote sapos!!

Faz tempo que não lidava com eles, tinha me esquecido completamente. 

— KAZUMAAHH!!

Quatro sapos pulam em direção da gente por causa da gritaria da Aqua. Era 1 rosa e 3 verdes. 

A Deusa da água se escondeu atrás de mim. 

— Eu vou buffar você, então acaba com eles antes que eles tentem me engolir! Eu não posso ficar coberta de fluídos de sapo de novo! 

Nem preciso de buff, mas deixa ela fazer isso, pelo menos está participando do combate. 

Potencialização! Resistência! 

Após aumentar o meu ataque e minha mana, me preparei para atacar. 

Estava pensando em mandar uma “explosão” só de quem não quer nada, mas seria perigoso caso outro sapo aparecesse depois. Além do mais, se Megumin descobrisse, ela nunca mais falaria comigo por ter feito isso sem ela presente. 

Bola de fogo! 

As chamas que disparei estavam muito mais intensas do que o normal. As esferas ardiam como pequenos sóis, cortando o ar com um rugido flamejante antes de atingir os três sapos menores. A explosão foi tão forte que o chão tremeu, espalhando gosma queimada por todo lado.

Raio!

Fiz uma descarga elétrica descer das nuvens no líder dos sapos, o raio o fez inflar por um instante antes de explodir em uma nuvem de vapor e eletricidade.

— Kazuma, é tão legal você derrotar eles tão rápido! Isso mostra o quão a gente evoluiu!

Os ataques saíram muito fortes. Eu teria sido derrotado com 1 golpe só, mas não teria sido tão legal quanto esses com o buff dela. 

— Aqua… é por isso que eu te trouxe aqui.

Olhei para ela, à minha direita. A Deusa da água segurava o cajado, me observando com um olhar curioso.

— Pra matar inimigos fracos?

— Não, Aqua! Não é isso!

Preciso me controlar pra não dar um pedala Robinho nela.

— Eliminar sapos foi a primeira missão que a guilda nos deu quando chegamos nesse mundo.

Ela arqueou as sobrancelhas, claramente tentando entender onde eu queria chegar.

— Você foi o que eu escolhi para vir comigo nesse mundo. Eu xinguei muito você já que foi muito inútil no começo, além de causar problemas para mim o tempo todo, mas-

— Espera! Você não vai me descartar aqui, vai??

— Calma, garota! Deixa eu terminar o monólogo!

Ela me olhava com uma expressão triste. Tá, talvez eu devesse só falar das coisas boas. É errado falar tudo o que pensa para uma mulher, mesmo sendo a Aqua? 

— Mas você sempre foi a minha escolha certa. Você me ressuscitou incontáveis vezes, sempre esteve ao meu lado. Poderia ter ido lutar ao lado de Mitsurugi, mas escolheu ficar comigo.

— Quem é Mitsurugi mesmo?

— Eu sei que você lembra, só finge que esqueceu por minha causa.

Ela sorriu, abanando a mão com fingida inocência, depois cruzou os braços atrás das costas, pedindo pra eu continuar.

— Então, Aqua… obrigado. Mesmo que da primeira vez você não tenha tido escolha, obrigado por estar comigo até hoje. Eu sou muito grato por ter você.

Me ajoelhei diante dela e juntei as mãos.

— Deusa da Água, o verdadeiro presente que tenho pra te dar… é a minha sincera gratidão.

Fechei os olhos.

Eu tô com muita vergonha.

Nem acredito que falei tudo isso, ainda ajoelhado igual um devoto. Mas veio do coração.

Apesar de ser egocêntrica e mimada, ela merecia ouvir isso. É o mínimo.

Ainda assim, tô com medo de abrir os olhos. Aposto que tá com aquele sorriso irritante no rosto... se eu abrir e ela estiver segurando um panfleto do culto Axis, eu juro que bato nela.

Pra variar, Aqua estava chorando.

— Kazuma, idiotaaahh!!

Ela pulou em mim, me derrubando no chão e me abraçando com força.

— Kazumaaa!! Isso foi tão bonito!! Tão bonito mesmo!!

Ela me melava de lágrimas, tem até fluídos saindo do nariz. 

Suspirei, sorri e fiz um cafuné na Deusa do choro agarrada em mim.

— Eu achei que você tinha comprado um bar especial só pra mim, ou era uma missão super lucrativa… mas isso foi a melhor coisa de todas!

— Que bom que gostou.

— Isso significa que você vai entrar pra Igreja de Axis?!

— Não é bem assim... mas posso te dar umas oferendas (tipo cachaça) e rezar de vez em quando pedindo sua ajuda. Quando eu estiver bem longe de você.

Duvido que vá precisar, mas vai que…

— Tá, por enquanto isso basta.

Ela se conformou, ficando agora sentada no meu colo, com as mãos sobre o meu abdômen.

— Okay, vamos indo.

— Espera.

Ela me olhou confusa… e rebolou.

— Por que a sua coisa tá mole e encolhida?

— EI!!

A joguei para trás e me levantei, completamente envergonhado.

— Que ideia é essa?! Virou a Deusa da Perversão agora?!

— Nunca mais repita isso!

Ela se levantou, parecendo ofendida.

— É que uma linda Deusa como eu estava sentada bem em cima do seu “amiguinho”, e ele nem se mexeu! A maldição daquela serva da Deusa das Trevas ainda tá ativa?!

— Você acha isso certo? Você me levou para um encontro (— Não é um encontro.) me falou coisas fofas, eu subi em você e você não esboçou nada! 

— Do que você tá falando, em garota? 

— Volte a me chamar de Deusa (— Não tô afim.) e pare de bancar o inocente! Explique porque seu piu piu não ficou duro!

Ela nem consegue falar “pênis”. 

— Aqua, você sabe que eu não sinto atração por você. 

É foda falar isso para uma mulher bonita, mas ela logo vai esquecer disso. 

Ah não, vai chorar de novo?!

Depois de segurar o choro, Aqua explodiu em lágrimas igual uma pirralha querendo um brinquedo novo. 

— Como pode me levar pra um encontro e não sentir atração por mim?! A linda Deusa da água?! Uma perfeita sacerdotisa de cabelos e olhos azuis com um corpo esculpido pelos Deuses! 

— Aqua, e daí se eu sinto ou não atração por você, por acaso você é apaixonadinha por mim? 

Cruzei meus braços e fiquei firme nas minhas próximas palavras. 

— Lembra da hipótese que você se apaixonaria por mim bem mais tarde, depois de notar que foi deixada para trás pela Megumin e a Darkness? 

— Espera, nessa hipótese você vai mesmo me rejeitar?

Seu olhar azul fica mórbido. 

— Não é isso… claro que não é isso… você não sente atração por mim, por me considerar uma divindade que não pode ser tocada pelos humanos… 

— Na verdade, tenho muito tesão pela Éris. 

Retruquei a desculpa que ela estava inventando.

— Então, peraí herege, você vai me ver como uma mulher agora! Soco divino!!

— CALMA AQUA!! 

Fechei meus olhos desviando o rosto quando vi seu punho na minha direção, mas era falso. 

O que eu recebi mesmo foi um beijo. 

Senti os lábios da Aqua se pressionarem suavemente contra os meus.

Um calor estranho subiu pelo meu corpo enquanto meu coração palpita novamente para essa Deusa. 

Não resisti em retribuir o beijo no qual me sentia tão bem, a Aqua intensificou o beijo, deslizando os lábios com uma mistura de firmeza e delicadeza, como se estivesse impondo sua vontade divina sobre mim. Suas mãos agora seguravam meu rosto, me pressionando suavemente para mais perto.

Senti seu corpo encostar no meu, e a pressão em meu colo aumentou de forma… bem perceptível. Porra, eu fiquei duro. 

Minha respiração ficou curta e o corpo inteiro parecia reagir automaticamente.

Foi um beijo longo, intenso, e ao mesmo tempo… doce. Cada toque de seus lábios fazia meu estômago se revirar de um jeito que só podia ser descrito como perigosamente agradável. Isso é um beijo de uma Deusa?

— Kazuma… 

Ela murmurou depois de terminar aquele beijo, a voz abafada e estranhamente sensual.

— Hm… 

Não consegui responder, apenas olhava para ela de outro jeito naquela grama alta. 

— VOCÊ TÁ DURO, huàhuàhuà!! 

Riu caindo para trás no chão apontando para minha calça.

… 

— Eu falei! Eu sabia que se me visse como mulher, ficaria duro por mim! HahahaHÀ!!

Brochei indignado. 

— Nossa, como você estraga tudo, nunca mais eu vou ficar duro por você! Eu só devo ter ficado por seu poder de Deusa inútil! 

— Do que está falando, seu vagabundo?! Eu dei meu primeiro beijo a você! Sinta-se feliz! Se quiser mais beijos, me trate como uma mulher de verdade! 

— Como se você fosse! Quem dá um beijo no homem e depois começa a rir apontando pro pau do cara?! 

— Eu ri porque você ficou duro, provando que eu estava certa! E não chegue com essa coisa perto de mim, eu não quero perder minha pureza! 

— Nunca que eu comeria você. 

— O QUÊ?! Fiquei sabendo que sou irresistível, se você provar de verdade um pouquinho de mim, não vai conseguir se conter! Acha que eu não notei sua língua entrando na minha bocAAIIHH!! 

Uma língua gigante a agarrou, a levando para dentro da boca de um sapo que se aproximou da gente de uma forma sorrateira. 

— AQUAAAA!! 

Gritei me preparando para salvá-la com algum golpe que não a machucasse, então vi mais sapos me encurralando. 

(...)

Nós dois estávamos cobertos por nojeira de sapo, Aqua chorava deitada no chão por estar fedendo tanto e eu tentava convencê-la a se levantar pra gente ir embora logo. 

— Aí estão vocês!

Darkness chegou brava até nós dois. 

— Quando Megumin contou, não acreditei! Seu cafajeste, como pôde seguir para a rota da Aqua sem dar qualquer satisfação?! 

— Escuta aqui ô idiota, eu não quero saber de frescurinha, não tá vendo a situação da gente? 

— Aahn! Você a chamou para um encontro com sapos gigantes? 

Darkness corou vendo nossos cobertos com fluídos de sapo. 

— V-vocês… 

— Darkness! 

Aqua parou de chorar e se levantou, caminhando até a cruzado. 

— O Kazuma agora me vê como uma mulher!

— O-o-o QUÊ?!

O rosto da Darkness ficou ainda mais vermelho de excitação. 

— V-vocês fizeram c-coisas safadas cobertos de fluídos de sapo? 

Nem a Aqua entendeu o que essa mulher deve estar pensando agora. 

Darkness crava a espada no chão, respirando pesado e provavelmente pensando nas coisas bizarras que já vai falar. 

— Ser traída dessa forma, pelo cara que eu amo… ahahann, nossa. Kazuma, primeiro você escolhe a Wiz para chamar para um encontro, mesmo que não tenha me chamado para um antes, aí depois me amarra… h-hm, e então mais tarde sai com minha companheira de equipe para um encontro erótico com sapos gigantes!! Eu nunca vi tamanha traição!

— Cala essa boca! Isso não é um encontro erótico! 

— Não foi mesmo, não deixei o Kazuma enfiar a língua por muito tempo na minha boca. 

— OOOoohhHH!! 

Darkness desabou para trás. 

— Aqua, dá pra você não falar nunca mais sobre nosso beijo? 

— Até parece que você não quer outro! O Kazuminha ficou Kazuduro por minha inestimável beleza! 

— Que apelido é esse agora?! 

Esse não é o tipo de desenvolvimento que eu esperava com a Aqua, mas hoje eu me lembrei que os velhos tempos não eram legais. 

Parte 5

A mesa estava tão cheia que poderia alimentar uma família de 10 integrantes, invés de 5. Não que aqui seja uma família de 5… 

Megumin e Yunyun realmente levaram a sério a ordem de comprar bastante comida cara. 

Tinha de tudo: carne grelhada com molho de vinho, peixe arco-íris do lago sagrado, uma torta de frutas tão brilhante que parecia coisa de exposição, e, no centro, um enorme prato de lagostas bastante suculentas. 

As lagostas desse mundo são divinas, e de acordo com Aqua, elas são um presente dos mares em homenagem à "Deusa da Água”. Nem faz sentido. 

O problema em si não era a comida, o problema é o mesmo de ontem. 

O clima entre mim e minhas companheiras. 

Darkness estava sentada do meu lado direito, comendo devagar demais, como se quisesse analisar cada garfada.

Do outro lado, Aqua fazia barulhos irritantes mastigando lagosta, olhava para mim de tempos em tempos e depois olhava para as outras duas. 

Nem sei se Aqua está percebendo o que está acontecendo. 

Megumin, na ponta da mesa, me olhava com um “sorriso congelante”, talvez ela queira me matar. 

E Yunyun, coitada, só tentava manter o clima leve, falava aleatoriedades que ninguém respondia e voltava a comer com vergonha. 

Eu podia ouvir o som dos talheres batendo, o estalar do pão, o tilintar dos copos… meu coração agoniado. 

Isso não é justo, elas deviam ficar chateadas comigo se descobrissem o que andei planejando para a Cecily e a Luna, não deveriam ficar assim por causa da Aqua. 

Mas o negócio de encontro com a Wiz juntou-se com o “encontro” com a Aqua e o resultado é a Darkness e a Megumin bravas comigo. 

Por que um harem de verdade tem que ser tão complicado? Naqueles animes ruins que só mostrava peitos parecia fácil. 

— Kazuma. 

Megumin falou com a cabeça baixa. 

Lá vem. 

— Falaram que você e a Aqua se beijaram em um encontro…

— Que chatice Megumin! Eu já disse que foi só um beijo pra provar que ele também fica duro comigo!

A resposta da Aqua faz a maga corar, ainda olhando para baixo, desconcertada. 

— Eu quero ouvir o Kazuma dizendo que é verdade! 

Levantou o rosto pondo as mãos na mesa, assustando de leve a pobre Yunyun. 

Darkness limpa os lábios com um guardanapo e abre a boca para falar atrocidades. 

— Eu não vou perdoar você por nunca ter me levado para um encontro, ainda mais um tão bom quanto esse dos sapos. 

— Sério, quantas vezes eu tenho que repetir que não foi um encontro? Eu só queria dar um presente a Aqua! Fala pra elas, garota. Para de comer e fala pra elas o que realmente aconteceu!

— É verdade, o Kazuma só queria me agradecer por eu estar na vida dele. Ele se ajoelhou pra mim e tudo. 

— AJOELHOU?!

— Epa! Explica isso direito!

Até Yunyun gritou pensando besteira. 

— Ajoelhei no sentido de respeito! De gratidão!

— Isso! Kazuma é muito grato por me ter desde que viemos para esse mundo… aí depois eu rebolei nele. 

— AQUA!! 

— O quê?! Não era pra contar a verdade?

Essa mulher só tá complicando tudo.

— Escutem aqui vocês, você também, Yunyun. Eu vou contar tudo detalhadamente sobre o que aconteceu.

(...)

— Aqua, você não tem vergonha de fazer algo assim com o Kazuma? 

— É, ele está noivo da princesa Iris, o que tava pensando? 

Virei o jogo, agora a Megumin e a Darkness repreendiam a Deusa do vinho. 

— Vocês podem fazer esse tipo de coisa com ele e eu não posso? 

Ela não está bêbada, bêbada. Lombrada e o nome certo. E é estranho ver ela falar essas coisas, ainda mais que é sobre mim.

— Eu só tava testando ele, eu não posso perder minha pureza. 

Deusa miserável, mas até que isso é bom… eu acho…? 

Droga, o beijo com Aqua está na minha cabeça, aquilo foi muito bom. 

Mesmo eu tendo beijado novamente a Darkness ontem de noite, o beijo com a Aqua que está me deixando ansioso, ainda mais pensando nisso novamente. 

Essa não, só pode ser uma maldição do culto de Axis. 

— Kazumaahh, me ajuda aqui! 

Aqua pediu com as broncas que recebia de suas amigas, Yunyun só assistia a confusão parecendo desconfortável. 

Está na hora de resolver isso como um verdadeiro protagonista. 

— Aí vocês duas! Parem de se fazer de difíceis e venham para o meu quarto! Vocês sabem que eu vou terminar o noivado com a Iris. 

— Kazuma, não ache que a gente esqueceu o que você fez ontem de noite!

Megumin respondeu no mesmo tom de reclamação que o meu. 

— Sim! Eu posso querer muito que você faça coisas bizarras comigo, mas estou brava com você! 

Darkness foi na onda feminista de Megumin. 

— Isso é um absurdo! 

Bati na mesa e um pedaço de pão voou. Yunyun, do outro lado, quase deixou o copo cair.

Mas que droga, esse mundo não presta. Nem o harém daqui funciona. 

— Yunyun, eu não fiz tanto por elas? Eu não deveria ser recompensado? 

A pergunta fez ela soltar um gritinho que quase fez os peitos pularem do decote. A demônio carmesim corou muito olhando para mim e as outras. 

Decidi incluí-la na conversa só porque não tinha alternativa. 

— Kazuma, mesmo que você tenha tido tantas conquistas extraordinárias, e que seja o herói que derrotou o rei demônio… isso não vai fazer você dormir com suas parceiras. 

Yunyun virou o rosto para trás, não querendo olhar para ninguém depois de sua resposta tão realista. 

— Quer saber Yunyun, você tem razão. 

Me levantei com meu grupo me olhando. 

— Megumin, esqueça daquela promessa. Darkness, aceite alguma proposta de encontro de algum nobre legal, tente me esquecer. Aqua…! Continue comendo. E Yunyun, tudo bem você ter um relacionamento Yuri com a Megumin. 

 — Calma aí Kazuma!

— Kazuma, para de dizer essas coisas! 

— Chomp! Chomp!

— Eu não tenho um relacionamento Yuri com a Megumin!!

— Nenhuma de vocês merece um tipo de homem como eu, muito menos a Iris.

Meu coração tá doendo. 

— Se eu sou só um otário que só está interessado em dormir com vocês, já que não amo vocês, segundo a Yunyun… (— Wah!) vocês não tem motivo nenhum pra querer algo comigo. 

— Não foi isso o que eu disse, Kazuma! É que você ultimamente só pensa naquilo! 

— Não, tá tudo bem. Eu aceito isso. Sou um pervertido que merece ficar sozinho. 

Fui embora da sala, parece até que eu forcei um drama, na verdade até que sim, mas foi natural. 

Eu tô bem mal agora, mas estou bravo comigo mesmo. 

Antes de vir pra esse mundo, eu tinha virado um recluso depois que minha amiga de infância, com quem eu esperava me casar, partiu meu coração me trocando por um motoqueiro viado. 

Mas acho que ela fez o certo, eu acho que não mereço terminar com ninguém, não importa o que eu faça.

Eu sou um pervertido. 

Por que estou tendo essa crise existencial de novo? Ugh, eu tenho que parar com isso. 

É com essas crises de virjão que eu só pioro a situação. 

(...)

Mas estou incomodado, meu drama foi digno de um Emmy, mas nenhuma delas veio aqui falar comigo. 

Estou na cama com os braços esticados, olhando para o teto… perdido em pensamentos de um ansioso cretino. 

Viver em um mundo de fantasia onde suas fantasias não são realizadas, doi demais.

Darkness e Megumin já falaram que queriam um filho meu, então pra quê tanta confusão? 

Acho que o maior problema é ser provocado tantas vezes, e mesmo assim continuar praticamente do mesmo jeito. 

Preciso parar com essa obsessão e apenas continuar uma vida de aventuras com elas… não seria ruim, seria divertido… 

Deveria ter reencarnado no Japão… 

Me abracei, abraçando junto o agasalho, e decidi ir dormir, hoje foi um dia com muitos altos e baixos. 

Quando estava quase dormindo, ouvi o som da porta rangendo, alguém entrou.

Será a Megumin…? Ou é a Darkness? 

Permaneci com os olhos fechados, fingindo que já tinha adormecido. 

Eu tô ouvindo sons de roupa, como se alguém tivesse as tirando. 

Subiu na cama, tá se aproximando.

E se for um fantasma? Ai que medo. 

Não, espera, esse cheiro… esse cheiro de alguém que acabou de tomar banho. 

Decidi parar de palhaçada e abri os olhos, tendo uma revelação e tanto.

Era Aqua usando seu pijama azul ajoelhada de costas, ajoelhada perto das minhas pernas penteando o cabelo se olhando de longe no espelho, mesmo no escuro. 

Não sei dizer se estou decepcionado, na verdade estou muito surpreso. 

— Kazuma, eu sei que está acordado, não se preocupe, vou dormir com você. 

Meu coração está disparando mesmo pela Aqua, e ela tá de pijama! 

Do que essa Deusa tá falando? Ela está agindo como uma Deusa séria, e ela quer transar comigo? Isso não tá certo. 

— Não sei porquê você quer tanto alguém pra dormir, mas eu não tenho problema com isso, só não me devore com esse monstro que você tem aí dentro da calça. 

Aahhh… é claro. Ela achou que “dormir”, era dormir mesmo. 

Isso até me acalma um pouco, por um momento achei que a Aqua tinha se tornado uma mulher madura de verdade. 

Mas é só a boba de sempre. 

Ela subiu na cama apenas pra me fazer abrir os olhos mesmo, então ela saiu para guardar o pente sobre a minha estante e subiu na cama novamente ajoelhada, mas com as mãos apoiadas no colchão. 

— Kazuma, você não precisa ter feito aquele show todo só porque ninguém queria dormir com você. Está tendo pesadelos por acaso? 

Até agora não falei nada, e nem sei se quero depois dessa fala tão burra dela. 

— Aqua, a Yunyun naquele momento se referiu a sexo. 

— Então você não quer mesmo dormir com alguém? 

Ela até reagiu bem, sabendo que está agora na toca do lobo, praticamente dentro da boca. 

Sorte dela que esse lobo não quer a chapeuzinho vermelho… eu acho. Merda, eu tenho que esquecer aquele beijo. 

Mas ela de quatro tão perto de mim… nunca imaginei que poderia ter esses pensamentos com a Aqua. 

Melhor ficar quieto. 

— Olha, já que está aqui, se quiser dormir comigo, eu não vejo problema. Tem muito espaço aqui. 

— H-hm, mas você não vai me devorar, vai? 

— Eu não vou! Para de repetir essa palavra! 

— Não estou confiante nas suas palavras depois de ver o Kazuduro, me deixe colocar você para dormir primeiro!

E essa agora, até parece que sou um estuprador noturno. 

— E como você vai me botar pra dormir? Vai me curar e fazer cafuné? Dessa vez eu não fui espancado pra precisar de cura. 

Disse observando a Deusa que estava tão perto que o brilho da lua desenhava cada curva do pijama dela.

Esse pijama que mostra os ombros parece até que está mais folgado, querendo descer… 

— Kazuma, eu vou colocar você pra dormir com o carinho da Deusa. 

Carinho da Deusa?!

Aqua se inclinou lentamente, os fios azulados de seu cabelo caindo sobre meu rosto, e antes que eu pudesse dizer algo, ela começou a me beijar. 

Aceitei os beijos e a guiei para ficar em cima de mim enquanto eu aproveitava esse tipo de carinho da pessoa que eu menos esperava. 

E era muito bom. 

— A Deusa não deu permissão para você pegar na bunda dela. 

Ela avisou suspirando perto de mim, antes de voltar a me beijar. 

Ela permitiu que eu explorasse a boca dela com minha língua enquanto eu passava a mão nela, ela estar de pijama agora me incomodava. 

Antes que eu pudesse começar a retirar suas roupas, já bastante excitado, eu comecei a sentir uma sensação de sono muito forte, eu parecia estar em muita paz. 

Não só por eu ter tido um final de noite recompensador, mas com certeza é a Aqua com seu charme de Deusa. 

Eu não sabia mesmo que ela tinha esse dom tão bom. 

Se eu soubesse, teria beijado ela há muito tempo. 

— Kazuma… parece que a sua espada quer cortar sua calça… 

Ela não o chamou de monstro. 

— Pena que o Kazuminha tem que dormir, então eu vou selar essa coisa por enquanto. 

Eu já ia gritar pra ela não fazer isso, mas não consegui, já que fui atacado com um beijo feroz e erótico da Aqua, que segurou minha cabeça com as mãos enquanto parecia estar amando provar minha boca. 

No momento que eu não senti mais meu pênis, eu posso dizer que eu pareço ter transcendido o que é a paz interior. 

Aqua se sentou ao meu lado e colocou minha cabeça sobre seu colo, começando a cantarolar. Seu canto de Deusa começou a fechar lentamente os meus olhos…

— Kazuma, agora que você está em paz e está prestes a dormir, eu tenho que te dizer uma coisa… doei meus 2 bilhões de Éris para o culto de Axis, então você vai voltar a me bancar, e dar minha mesada. 

Sua Deusa idiota… ZzZ.


(LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: O que acharam do capítulo 2? Por favor, comente! Preciso saber, fiz esse capítulo com muito carinho e atenção. Fidelidade com a obra original é difícil haha. 

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Comentários

  1. Capitulo Incrível.
    Eu faria esse acordo com o Vanir, é um bom trato pegue 1 leve 2.
    Gostei do desenvolvimento da Aqua.
    Gostei da parte da Wix e da Cecily.
    Gostei da parte da Luna tbm, mais queria que tivesse mais coisa com ela.
    Torcendo pelo relacionamento yuri da Megumin e da Yunyun.
    A mente da Darkness é um nível muito elevado, pra ela ter ideias de encontros românticos safados envolvendo os sapos.
    O Kazuma é o banco do grupo tem que bancar geral kkkkkkkkk.
    Quantas mulheres vai ter nesse harem do Kazuma ? O cara vai ter que farmar muitos níveis para dar conta de todas.

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    1. Meu revisor que sempre lê antecipadamente! KKKk obrigado por comentar.
      Quem não quer levar uma Wiz? Uma coisa fofa e peituda dessa?
      Wiz passou bem rapidinho pq não é o momento dela
      Nem a Luna também, não é pra agora xD
      KKKK
      A Darkness é bisonha
      Sim, tá bancando geral KKK
      Cara, é bem grandee

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  2. Caramba
    Que capítulo incrível kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Muito legal esse desenvolvimento da Aqua, Vanir esperto demais em entregar a Wiz pro Kazuma, achei cômico como qualquer coisa minimamente boa pro Kazuma, tem uma ratoeira por trás kkkkkkkkkkkkkkkk
    E o final foi muito bom, botar o Kazuma pra dormir tranquilamente, só pra falar no final que gastou 2 bilhões
    E que agora ele vai ter que bancar ela
    Parabéns! Ficou muito legal

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    1. Valeu demais KKK
      Então
      É exatamente isso, cara KKKk
      Foi muita sacanagem xD
      Novamente!
      Muito obrigado mesmo pelo comentário! Hoje eu tô triste pelo que o Fabrício Bruno fez para o Brasil, Mas seu comentário me alegra

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  3. Primeiramente: Vanir gênio dos negócios, até eu faria esse acordo, foda-se o custo extra.

    Segundamente: Porra, o Kazuma tá certo, as duas já admitiu que quer dar e ao invés de dar fica enrolando o cara e aí reclama quando ele começa a mirar em outras, vá toma no cu viu.

    Terceiramente: Graças a Deus essa intervenção tá acabando, eu daqui a pouco já tava era mais puto que o Kazuma, puta que pariu!

    Quartamente: Senti uma decepcionante falta de Chris/Éris nesse capítulo, mas é compreensível... Se até ela entrasse nessa imbecilidade eu ia endoidar.

    Quintamente: A criancinha toda fofa entregando um desenho pro herói dela... E é óbvio que a porra da Cecily tinha que estragar esse caralho.

    Sextamente: Porra Kazuma, para de ser boiola velho, pega a Aqua logo, pra ela deixar mais óbvio só se ela escrever na testa.

    Sétimamente: Já tô vendo que quem vai ter que botar o pau na mesa e acabar com toda essa palhaçada vai ter que ser a Iris, pq é bem possível que os únicos dois neurônios do harém inteiro estejam com ela, k7. Capaz de até a Éris estar sem nenhum.

    Oitavamente: Tenho a impressão de que com a Wolbach não vai ser essa enrolação toda não, hein kkkkkkkkk

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    1. 1) Cara bom, imagina te dar uma Wiz do nada, assim KKKk

      2) Então né Bro, só Tsundere nessa porra. Até o Kazuma é um Tsundere KKKK

      3) Intervenção chata manooo

      4) É que não é o momento de trabalhar ela. Muito menos a Luna, e Cecily também.

      5) estragou o momento veio KKKKK

      6) O cara não quer, mano KKKKk

      7) Como adivinhou que Iris iria aparecer novamente nesse volume?!

      8) rapaz... KKKKK

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  4. Foi mal pelo sumisso baka, eu sou anônimo que comentou sobre a vontade de ver o capítulo de Konosuba (ta maravilhoso para não falar nada), mas ainda não tive tempo de comentar, pois queria ler novamente os dois antigos capítulos e reler o mesmo antes, enfim FICOU SENSACIONAL adaptação daquele capítulo é muito bom e extremamente fiel, realmente deve ter sido árduo de ter feito, mas vai por mim, se o autor postasse o seus capítulos como um spin off (já que ele sempre faz vários), não tenho dúvida que ninguém reclamaria sobre. O DESENVOLVIMENTO DA AQUA foi muito bom de se ver (mostra um lado da Aqua que só foi desenvolvido pelo final da história, digo mostrar o quanto ela se importava com o grupo e as aventuras, e praticamente meio esquecido por conta da side storys vindas depois), mostra os problemas que o Kazuma enfrenta mesmo tendo derrotado o Rei demônio é incrível KKKKKKKKK (se ele tivesse sobrevivido a batalha sinceramente acho que ele deveria fazer que nem Salomão, pedir sabedoria como desejo, já que pra aturar as três não é facil e ele ja ta pensando em ter mais kakakakak, so com a yunyun, wiz e cecily, já dão no total de 6 Kkkkkk, bem não chegou nem na metade do harém do ash de academia KKK, na minha conta apesar que dá de contar chemosuke se tiver na forma humana/deusa como sétima kkkkkk).

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    1. (eu já percebo pela forma que você escreve KKKk)
      Sim, tá realmente parecido com a novel original né? Eu diria que 90% fidelidade.
      Simmm, e acho que tá liberado fazer Ecchi com ela depois do coração de Kazuma ter batido por ela. E ela sempre se incomodou do Kazuma antes não sentir nada por ela.
      E como ela é uma Deusa sem noção, ela pode trazer cenas hot com muita facilidade.
      É muita mulher mano KKK
      Acho que nessa brincadeira tem umas 8 (comparar com o Ash da academia é esculacho kkkk)

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  5. Kkkk cara, finalmente consigo ler conteúdo de konosuba 😭, fazem anos que não vejo nada sobre, nem o anime

    Cara, por mais que eu não tenha terminado a obra original, ainda tá sendo bem legal ler aqui, me fez lembrar de quando eu catava fic sobre lá no Spirit kkk

    Assim como no capítulo anterior, tu conseguiu captar bem a personalidade deles e passar pro papel, muito bom

    Toda a espera definitivamente valeu a pena, esse capítulo me prendeu bastante, gosto desses capítulos maiores (Lá ele)

    Vai ser muito bom acompanhar mais dessa história, mesmo que demore

    Ótimo capitulo mano Baka, e desculpa mais uma vez pela demora

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    1. Vai ver o filme e a 3 temporada, homem! Tá perdendo coisa boa!

      Hahahaha! Fico feliz!

      Valeu demais, Junin!

      Até que o próximo não vai demorar tanto. Pelo menos não vai durar 1 ano ou 6 meses KKKk eu prometo!

      Tmj demais

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