Capítulo 10 de "3 cabaços e a missão impossível": Sexta-feira 13!

 (LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: 

Olha o Mateusobaka aqui gente!

É com prazer que trago esse especial de sexta-feira 13, mesmo que quase 24 horas depois do capítulo 9 postado. Foi muito divertido escrever esse aqui, espero que gostem!

Obrigado Juan pelos 20 reais, o senhor continua misterioso para mim! Eu não sei quem é você até hoje 🤣

Quem quiser me ajudar em pagar as minhas contas, meu Pix é 142.958.614-13 (Mateus Vinicius)

Doadores do mês (Dezembro):

Junin Cego (30 reais)

John Doe (30 reais)

Paulo Borges (50 reais)

Paulo Borges (30 reais)

Juan Soares Lopes (20 reais)



CAPÍTULO 10: SEXTA-FEIRA 13!


— Olá. — Uma garota de descendência asiática com estilo gótico ficou na frente das cadeiras dos alunos, depois da permissão da professora. 

— A Marley é tão kawaii! — Gary coloca as mãos baixo do queixo, com corações nos globos oculares, sem se dar conta do quão não atrativo é para 99,99% da população feminina falar desse jeito.

— Será que ela vê anime? — Clemont gostaria de saber. 

— Ela é chinesa? — Japonesa. — O nerd de óculos respondeu incomodado com o Ketchum.  

— É tudo igual, eu não consigo notar as diferenças. 

— Preconceituoso de merda. — Carvalho xinga. 

— QUÊ?! Eu não quis soar assim, eu só não consigo entender! — Ash chorava. 

— Parece o Gary! 

— É isso aí! — O próprio confirmou e o cabelos negros escondeu o rosto entre os braços, atolado na mesa.

 — Nessa sexta-feira 13, eu quero dar uma festa à fantasia de arrepiar! Quem quiser ir, todos estão convidados! 

O trio levanta o braço, e ela pede para que falem. 

— Estamos mesmo convidados? — O líder do trio fala por todos. 

— Sim, por que não? — Pra uma gótica com visual de discípula da Wandinha, ela era muito legal. 

— Porque eles são uns idiotas! — Ethan disse e a grande parte da sala deu risada. 

— Idiota é você, quer brigar na saída? — Puxou a treta o Carvalho. 

— Nobre companheiro, não tente causar intrigas, ou a japonesa gótica vai proibir a gente ir a festa. — Alertou o nerd de óculos e Gary se acalmou. 

— Marley, vai ter comida gostosa lá? — Foi o que Ash perguntou depois de levantar o braço. 

— Éhm… claro… — Sorriu um pouco sem-graça. 

— Ei! Ele falou com uma garota?! Ele falou, não foi? — Perguntou Koharu chocada para Nemona. 

— Se for sobre comida, acho que de longe ele consegue conversar. — Disse Snake com uma gota na cabeça. 

— Você só pensa em comida, procura outro objetivo de vida! — Cabelo espetado reclama. — Tipo ter um harém! — Esse era o objetivo de vida de Gary e Clemont. 

— Vocês querem ter um harém? — Koharu dá risada na esquerda dos pervertidos. — Nem se renascerem na arábia. 

— O que é harém? — Ash perguntou e foi ignorado por seus amigos. 

— A festa vai começar a partir das 22:00, mas pra quem quiser me ajudar, chegue mais cedo! 

— NÓS VAMOS! — Gritaram o trio animado.

 

(...) [De tarde/Residência Carvalho]

— Parem de perguntar onde está minha irmã! — Reclamou no computador, pesquisando fantasias enquanto Ash e Clemont estavam bem no cangote dele. 

— Bota alguma música aí no YouTube. — Pediu o Ketchum e o dono do computador abriu uma nova aba. 

— “O anime que traumatizou uma geração” — Leu a thumb de um vídeo no YouTube e clicou interessado. — Ei, isso é um hentai! É “euphoria”, é de doente mesmo. — Falou Gary. 

— Vou adicionar a minha lista para assistir. — Clemont pegou seu celular e escreveu o nome do hentai em um documento. 

— Que cacete é um hentai?! Respondam minhas perguntas! — Pediu o cicatrizes de raio ao som da música agora “somebody 's  watching me” de Rockwell. 

— É pornô de desenho. — Gary respondeu no seco e voltou ao “shopping” da internet. 

— Vocês não tem mais o que ver não?! — Questionou desapontado. 

— Eu aprecio quase todo tipo de pornografia! Não tenho descriminação! — Exclamou as palavras deploráveis o loiro assustador. 

— Pronto, as fantasias foram compradas. — Gary fica animado colocando novamente no YouTube. — Comprar com dinheiro de pinga pode ser decepcionante, mas é o que tem pra hoje. 

— Gary! — Daisy abre a porta. 

— UAAHHH!! — Ash grita igual uma garotinha, se escondendo debaixo da cama. 

— Acho que estou apaixo[SLAP!] — Clemont tomou um tapa do Carvalho ao de levantar.

— Já chegou a encomenda? 

— Sim, tem alguém vestido com roupa de tubarão lá embaixo. — Respondeu sorrindo, deixando o quarto junto com seu irmão. 

— Eae pirralho, vai a uma festa a fantasia? — Pergunta Sharkira com o pacote em suas barbatanas. 

— Chegou rápido, hum? — Perguntou ao lado da irmã, que acaba sorrindo e acenando para o ser estranho. Ele pega a encomenda e assina. 

— Eficiência é dinheiro! 

— Eu nem sei que festa é essa, mas você vai também? — Perguntou Daisy. 

— Eu tenho mais o que fazer, estou construindo um parque aquático e um aquário marinho. 

— Ambicioso! É assim que eu gosto! — Gary bate a porta na cara dele. 

— Irmão, eu posso ficar conversando com vocês? Eu tô sem nada pra fazer. 

— Não é uma boa ideia, meus amigos são muito estranhos! 

— Você só tá tentando me proteger, eu sei. Vou ter cuidado com o Clemont. 

— Ainda bem que você sabe que o Ash é muito gay. 

Falando nos dois, conversavam agora com a dona Carvalho que acabou de aparecer na porta do aposento. 

— Não senhora, não estamos com fome! — Disse Clemont um pouco nervoso, com uma gota na cabeça, desejando que ela não se aproximasse mais. — Mas obrigado!

— A senhora também tá de fantasia por que vai na festa? — Ash perguntou de forma inocente e Clemont deu uma cotovelada nele. 

A única coisa que eu posso detalhar, é que a senhora é parda pra verde, muito magra, possui mãos ossudas que lembravam de uma bruxa velha, e trajava um vestido roxo. 

— Mãe! Sai daqui! Para de assustar meus amigos! — Seus filhos a expulsaram dali. 

— Desculpem a inconveniência. — A Daisy entrou no quarto e sentou na cama. 

— Ash, sem frescura! — Mandou Gary vendo o garoto paralisado olhando para ela. 

— Eu não mordo, tá tudo bem! — Daisy sorri fofamente para o Ketchum, que cora bruscamente e se comporta um pouco. 

— Uou, ela é boa. — Clemont disse sorrindo.

— Minha irmã consegue acalmar qualquer pessoa. — Disse o irmão mais novo indo ao computador. 

— Já previni ele de destruir a casa umas 10 vezes! — Comentou a Carvalho. 

— Parece que as amigas de Marley vão fantasiada de yokais. — Gary comenta mexendo no celular, conversando com sua amiga lésbica.

— Asiáticas com cosplay de yokais? — O óculos do loiro resplandece. — Eu só posso estar sonhando! Alguém me acorda! — Disse e o Ketchum deu um gancho de direita na cara dele, o desabando no chão. 

— Clemont! Eu acho que você não está sonhando! — Comentou Ash se agachando, ajudando o coitado do nerd. 

— Ele é burro assim mesmo. — Gary falou para Daisy não perguntar. 

— Hihi! Seus amigos são engraçados! — Dava uma risada gentil e inocente, quebrando Ash e Clemont olhando para ela. — Falando em yokais, vocês conhecem as histórias mais famosas? 

— Não, conta pra gente! — Disse Snake e o Ketchum ao mesmo tempo, se sentando ao lado dela da cama. Ash ficou do lado de Clemont, mas ficou bem próximo. 

“Mas o Clemont sabe sobre yokais” — Gary encarava o loiro com os olhos semicerrados. — Clemont, eu tô de olho! E Ash! Vou dizer a Koharu! Seu viado! E ela tem namorado!

— Gary, eu não tenho namorado! Você não me deixa ter um!

“Nem eu tô entendendo porque não me sinto desconfortável perto da Daisy” — Ash estava vermelho com um sorriso estampado no rosto. 

— As minhas histórias de yokais favoritas são da Kuchisake-onna, hachishakusuma e Hanako-san! 

— Traduz aí mana. 

— A kuchisake-onna é uma mulher alta que usa um casaco longo e é aparentemente linda, até ela mostrar sua boca rasgada depois de perguntar a sua vítima se ela é bonita. — A última parte faz Ash e Gary se arrepiarem, mas Clemont gosta da história. — Ela carrega uma tesoura enorme, se ela perguntar novamente se é bonita, e você responder “sim”, ela rasga sua boca pra ficar igual a dela! E se dizer “não”, ela corta você ao meio! — Assim que Daisy fez o movimento com os braços de cortar algo, o Ketchum gritou igual uma garota. 

— M-mas e se você disser que ela é mais ou menos? — Ash ficou vidrado com a história. 

— É, tipo falar a ela que é uma 5/10? — Gary também. 

— Morre do mesmo jeito, fantasmas japoneses são meio cabulosos.  A Hanako do banheiro eu não preciso falar muito, é tipo a loira do banheiro, sabe? É como se fossem primas. — Explica rapidamente a cabelos de mel. — A diferença é que na lenda, Hanako é uma garota de 10 anos e aparece no terceiro box do banheiro da escola! 

— Gostar de crianças fantasmas pode ser considerado um crime?

— Clemont, cala a boca. — Gary o olhava com muito desprezo. 

— Dizem que ela quer novos amigos, e que ela mata a vítima da mesma forma que ela morreu. — A mais velha continua.

— E-e como ela morreu? — Ash pergunta tremendo muito.

— Eu não sei. — Daisy coloca o dedo no queixo como se estivesse pensando — Uns dizem que ela bateu a cabeça, outros que ela foi assassinada, e tem até uma versão que ela foi estuprada por um pervertido.

— Tem certeza que pode ser considerado um crime?

— De novo Clemont, cala a boca. — O Carvalho parecia demonstrar ainda mais desprezo.

— E por fim, a hachishakusuma! A mulher de oito metros de altura! 

— Mamãe! — Clemont olha para cima, imaginando como ela deve ser. — 8 metros é exagero dos japoneses, ela deve ser tipo a mamãe Dimitrescu! 

— O importante é que é uma mulher muito alta que usa um vestido branco, com um chapéu grandão da mesma cor! Ela vive por aí em alguma floresta do Japão e mata crianças, depois delas verem ela dias atrás. Acho que faz um barulho esquisito também com a boca! — Lembrou a garota com o dedo indicador direito para cima. 

— Essa aí dá medo demais! — Ash falou abraçando o loiro de macacão, tremendo de medo. 

— É só outra pedófila louca. — Carvalho reclama. 

— Gary! — A irmã repreende ele. — Ela mata as crianças! 

— Pois pra mim toda fantasma japonês é uma tarada, Clemont me traumatizou com uns doujins. 

— Tô entendendo nada. — Ash tinha uma interrogação sobre a cabeça igual a irmã do cabelo espetado. 

(...)

— Eae, como estamos? — Perguntou o líder do grupo.

Gary vestia uma roupa de múmia fantasma, tinha um olho grande vermelho sobre a cabeça de seu capuz, o resto da roupa parecia até papel higiênico enrolado nele. 

Ash tinha uma fantasia que combinava com Gary visualmente, mas estava vestido de um boneco  assombroso de pano, a boca da fantasia ficava aberta para mostrar a cabeça do cicatrizes de raio. Sua roupa era preta e o zíper da boca era dourado, os olhos do boneco eram rosa e, atrás da cabeça, tinha aquela calda de fantasma. 

Já Clemont era um zumbi pedreiro. 

— Ei! Eu sou um zumbi costurado tipo Frankenstein, e coveiro! — Reclamou segurando uma pá. — Melhor que a múmia de papel higiênico e o boneco de magia negra ali! 

— Nós somos problemóns, seu verme! — Xinga Gary. 

— Eu sou uma Banette, e o Gary um Dusclops! 

— Vocês ficaram muito infantis nessa fantasia! 

— Não, pelo contrário, eles ficaram lindos! — Daisy tinha as mãos entrelaçadas ao lado da bochecha direita. — Eu queria que fossem um casal!

— YAOI ALERT! — Gritou o loiro. 

— Qual é mana, não pensa essas coisas da gente! 

— É, eu sou bem macho! 

— Não me parece verídico. — Snake respondeu ajustando os óculos.

— Então vem aqui me dá um selinho! — Chamou Daisy apontando pra boquinha dela, se aproximando. 

Ash pulou do segundo andar depois de quebrar a janela no desespero. 


(...)

— Esses docinhos de festa tão uma delícia! — A asiática gótica parecia muito bem provando os brigadeiros, surpresa de uva, cajuzinhos. 

— Eu sou um bom cozinheiro, hehe. — Gary nem estava suado naquela fantasia. 

— Meu forno e geladeira “speedrun” portáteis ajudam muito também. — Clemont também queria ser elogiado por Marley. 

— Ash, você tem que deixar um pouco dos confeitos para os convidados! — Pediu sorrindo com um pouco de vergonha a baixinha de franja preta. 

— Fohir malhr! — Se desculpou com pirulitos e outras guloseimas enfiado na boca igual um castor. 

— Hahaha, tá tudo bem! 

— Bonito, huh? — Koharu apareceu ali vestida de competidora do Masterchef. Dolma branca com a parte dos ombros preta, avental e calças pretas. “Koharu Sakuragi” estava escrito no peito esquerdo debaixo da logo do programa. — É só comigo de mulher agora que você não conversa? Em Ash? — Koharu foi se aproximando e o Ketchum foi dando passos para trás com doces na boca até encostar na parede da cozinha. 

— Glup! — Engoliu e olhou para os olhos verdes dela. — Oi… Koharu… 

— Eh?! — Uma flecha atinge o peito dela e ela pisca os olhos várias vezes, ainda não acreditando. 

— Fazer call no Discord com algumas meninas jogando jogos eletrônicos, o fez evoluir um pouco. — Comenta Clemont. 

— M-mas se afasta! Aaaahhh!! — Ash gritou virando o rosto, para não olhar para ela. 

— Ash falou comigo, não acredito, não acredito! — Koharu ficou tão animada, mas logo se envergonhou com os outros assistindo a cena. — Não é o que vocês estão pensando! — Falou nervosa e viu Nemona chegando fantasiada de jogadora de futebol. 

— Mas isso nem é uma fantasia! — Reclamou Gary. 

— É sim, tô fingindo que sou jogadora do Barça. — O número da camisa vermelha dela era 10 e estava escrito o nome da mulher. 

— Amiga, você não vai acreditar, mas o Ash finalmente falou comigo! Me olhando ainda! — Koharu disse e a morena deu um gritinho. 

— O quê?! Gary, isso é obra sua? 

— O quê que eu fiz, Jesus Cristo? — Perguntou sendo sacudido pela jogadora da Espanha. 

— Isso não pode acontecer, ASH!! — Nemona gritou o nome dele, o arrepiando. — VOCÊ CONSEGUE MESMO FALAR COM MULHERES AGORA?! — Perguntou gritando depois de segurar na fantasia dele, o assustando demais.

Começou a hiperventilar com o coração batendo muito rápido e ficou com caveiras nos olhos, desmaiando. 

— Por que mentiram?! É sexta-feira 13, não primeiro de Abril! 

— Nemona, coitado dele! — Reclamou Koharu indo ajudá-lo, sabendo que quando acordar, provavelmente não vai falar mais com ela de novo. 

— Sei o que você fez. — Clemont chegou ao lado da morena, mexendo em seu óculos. — Assustá-lo fará com que ele não converse mais com Koharu por pelo menos mais uns três episódios. 

— Jogada de mestre, Nemona. — Gary surgiu no outro lado, a franja verde de Nemona cobria sua face agora. — Se Koharu nem for bissexual, vou dar risada. 

— Eu não queria fazer isso… — Foi revelado que a garota começou a chorar, chocando os outros dois. — Eu não seria alguém tão ruim assim! 

— E-eu sabia, só tava te testando! — Gary disse nervoso. 

— Ethan, Victor e Hilbert estão chegando com as bebidas!  — A gótica se aproximou deles com o celular em mãos.

— Até que enfim, já estava achando que a festa ia ser meio infantil. — Gary sorri confiante. — Espero que tragam um bônus pra misturar com a cachaça! 


(...)

Ethan Deadpool, Victor Ghostface, Hilbert Snoop Dogg, Flannery bombeira sexy, Maylene Rhaenyra Targaryen e Paul, que se pintou de verde só usando um short curto roxo se chamando de Hulk, haviam chegado na festa com alguns outros alunos. 

— Fala de novo que a minha fantasia tá uma merda, que eu vou quebrar isso que você chama de cara! — Paul já arranjava briga com Victor ghost face, que dava risada dele. 

— Por quê chamou esse gorila? — Koharu perguntou com um copo de cerveja ao lado da Wandinha asiática. 

— Eu convidei a sala inteira, então… 

— Paul esmaga!! — Paul teve a proeza de transformar o ghostface em uma bola de futebol. — Ash, sua vez agora! 

— Sai fora, eu não fiz nada! — O Ketchum saiu correndo para as escadas. 

Clemont vê o brutamontes possuído pelo espírito do Hulk perseguindo o Ketchum, ele estava a direita do líder do trio, um pouco longe da galera, perto da televisão. — Devemos ajudá-lo? 

— Não. Vou tentar chegar em uma das meninas, antes que as amigas asiáticas da Marley cheguem. — Se distanciou do nerd. Aí Flannery, quer apagar o meu fogo, em gostosa? 

… — Clemont olhou para a baixinha que normalmente tem cabelos rosa, mas dessa vez está com uma peruca loira barata, sentada no sofá, comendo doces. Ali perto tinha Ethan e Hilbert dançando bêbados a música de “spooky scary skeletons”. Pareciam mais idiotas que nossos protagonistas dessa vez. 

Clemont toma uma garrafa inteira de Ice vinho em uma golada e vai até o sofá, se sentando ao lado de Maylene. 

— O quê que você quer esquisito? — A falsa loira perguntou, fazendo uma cara de nojo.

— Vim só jurar lealdade a minha pretendente favorita do Trono de Ferro, gata. — O loiro natural falou, novamente mais informal por causa do álcool.

— Pra sua informação, a Rhaenyra é a verdadeira rainha de Westeros, não uma mera pretendente! — A baixinha disse alterada por causa do álcool.

— Ela morre no final de qualquer jeito, então não importa muito. — Snake disse, completamente oblívio ao fato de que a rosada ficou vermelha de raiva com esse comentário. — Mas então, prefere que eu jure minha lealdade de joelhos ou você que vai ficar?

[PAFT!] Clemont foi derrubado no chão com um único soco da falsa Targaryen. — Isso é pelos spoilers, seu machista!

Enquanto isso, em outro ponto da festa, Nemona já estava muito bêbada, se apoiando em Koharu para não cair. 

— Koharu, eu te amo… 

— Ai, ai! Alguém me socorre! — Pediu ajuda a cabelos de vinho, e Gary chegou ali junto com Flannery. 

— Deixa que a gente leva ela lá pra cama. 

— Gary, Gary, meu amigo gay! — Nemona o abraça. 

— Gay é você! — Respondeu vermelho. 

— Eu vou com ele para esse pervertido não abusar dela! — A peituda de barriga a amostra falou. 

— Sai fora, tá achando que eu sou o Clemont?! — Reclamou, esquecendo do que tentou fazer com a mãe do Ketchum. 

— Tomem cuidado com ela! — Pediu Koharu e observou seus colegas de classe na  festa. 

Pegou outra garrafa de cerveja e bebeu um pouco, pensando em tomar alguma atitude sobre sua relação com o Ash. 

“Eu vou fazer ele ser meu amigo, e a gente vai sair junto!” — Foi na direção das escadas, Gary e Flannery já tinham subido. 

— Essa aí nunca aguenta beber direito. — Gary riu com a jogadora do Barcelona caída na cama do quarto obscuro de Marley.

— Eu toda vez tenho que proteger essa idiota, suspeitei que Victor e Ethan estavam querendo fazer alguma maldade com ela no dia da festa da piscina.

— Nojo desses caras. — Gary coça a cabeça. — Eu posso até ser um degenerado, mas tenho meus limites. Descobri depois que a mãe do Ash me espancou. 

— Hahaha! Vocês são divertidos… — A bombeira senta na cama. — Eu gosto de vocês dois, vou fazer uma proposta. — Ela sorriu fechando  o olho direito, também estava bem alterada com o álcool. 

— P-proposta?! — Gary corou muito com ela dando em cima dele com apenas os olhares de seus rubis. 

— Se você convencer o Ash, vamos nós três até o quarto dos pais da Marley, e eu deixo vocês dois me foderem ao mesmo tempo. 

[CABRUM!] — Um raio iluminou o quarto, havia começado a chover. 

— S-sério? V-vamos poder te beijar, fazer o que— Poderão foder todos os meus buracos, eu deixo. — Falou seco a gostosa de traje curto, arrebentando o psicológico do cabelos castanhos. 

“ESSA CAVALA É UMA TARADA!!” — Esguichava sangue pelos narizes. 

— Eu sempre quis fazer com dois, a ideia de dois melhores amigos fofos acabarem comigo em uma festa a fantasia… hmmm. — Gemeu fechando seus olhos. 

Gary derruba mais sangue no chão e sai do quarto pálido. 

— Cadê aquele cabaço?! — Andou pelo corredor e achou ele lá no fim, ao lado de Paul na varanda. — O que vocês estão olhando? 

— AIH! — Ash e Paul gritaram de susto. 

— Que porra foi essa? — Carvalho não entendia. 

— Vou quebrar seus dentes, Gary! — Ameaçou o incrível Pulk. 

— Gary, saca só, tem uma mulher altona ali. No outro lado da rua. — Ash falou e Gary ficou no meio dos dois para ver. 

Tinha uma mulher com a descrição exata da fantasma enorme de chapéu branco redondo. A diferença que invés de 8 metros, tinha tipo uns 3. 

— Que corpão! — Foi a primeira coisa que o Gary disse. 

— Estamos com medo dela. — Disse Ash, e Paul deu um murro no braço dele. 

— Você q-que tá com medo! — Disse tremendo as pernas o rapaz pintado de verde. 

— Ai caralho, ela tá olhando pra cá! — Ash se agacha junto com Paul. 

— Deixem de ser palermas, deve ser a amiga asiática da Marley. — Disse acenando para a mulher, que continuava olhando na direção deles, não dava para ver os olhos dela por causa do chapéu e sua sombra. 

— Mas por quê ela tá parada ali? E por que ela é tão grande?! 

— Você que é baixinho! — Gary deu um tabefe nele e o puxou dali. — Ela deve estar esperando suas amigas, dãã. 

— No meio da chuva?! Não vai estragar a fantasia? — Perguntou sendo arrastado pelo castanho.  

— Calado! A Flannery quer transar com a gente. 

— T-transar o quê?! — Os cabelos do Ketchum vão todos para cima. — C-como assim?!

— Eu também não entendi, mas ela quer dar pra nós dois. Provavelmente você vai brochar, então finge que vai comer ela pelo menos! 

— Que merda você tá falando, cara? — Ash fica sério do nada, querendo respostas. 

— A gente vai perder a virgindade com a Flannery, você já vai estragar minha primeira vez, mas pelo menos deixa eu ter uma vitória na minha vida!  — Disse antes de esbarrar em alguém, já que falava não olhando para frente. 

— Como assim primeira vez…? — Koharu perguntou quase deixando seus olhos caírem para fora da cabeça. Ela escutou apenas a parte final da conversa. — Vocês vão…? — Perguntou corando horrores e os dois se contorceram de vergonha. 

— Não é isso! — Gary exclamou abrindo a porta do quarto. — É que a Flannery ia… ah, qual é! — Reclamou depois de ver a pervertida dormindo bêbada ao lado de Nemona. 

— Eu não vou deixar você tirar a virgindade do Ash! — Koharu puxou o Ketchum para ela, que infartou no meio de seus seios. — Ash, eu sei que você é inocente, mas não confia nele! Ele quer transformar você em gay! 

— Eu não sou gay! — Gary falou muito vermelho, querendo morrer por dentro. 

— Ko… ha… ru… — Ash falava pausadamente, tão tomate quanto Gary, com a mesma vontade de enfiar a cabeça no chão para se esconder. 

— Droga Ash, tu é muito fofo… — Koharu sangra pelo nariz. 

No andar de baixo, Clemont, tentando esconder o olho roxo com uma mão, pergunta onde fica o banheiro para a dona da festa e ela disse que ficava atrás da cozinha, perto da parte do quintal de trás da casa. 

— Quer vir comigo, não? 

— Tenta depois, Clemont! — A gótica dá uma leve risada do garoto bêbado. 

Assoviando, o loiro foi até o tal banheiro, conseguiu escutar grilos e a chuva forte junto com a música abafada enquanto estava urinando. 

— Queria saber como é a Hanako-san verdadeira. — Falou e sentiu um arrepio. — Que frio! — Fechou o zíper da calça jeans azul e quando foi abrir a porta, escutou um barulho vindo da privada. 

 …

Uma cabeça de uma garota estava saindo de dentro lentamente, encarando o rapaz com seus olhos roxos. 

— Caramba, o efeito do álcool nunca fez isso comigo antes, isso é possível?!  — Se perguntou. 

Na sala, tinha uma discussão vergonha alheia entre Koharu, Gary e Ash, que chamou a atenção dos outros ali. 

— Isso aqui tá virando bagunça! Eu vou embora! — Ash correu para a porta com a caixa de som inciando a música tema de "caça-fantasmas."

Dessa vez foi o Ash que esbarrou em alguém depois que tentou sair da residência, e caiu de bunda no chão. 

! — Diante dele, em pé na porta, uma mulher alta de máscara vermelha cobrindo sua boca, que trajava um casaco longo cor de vinho, tinha seus braços atrás das costas, parecendo esconder algo. 

Sangue parece ter sido espirrado nela. 

— Caramba, que fantasia foda! Quem é essa mulher linda? — Ethan se aproximou de Ash com Hilbert e Victor. 

— Acho que é a amiga da Marley… — Ash comentou ainda no chão, sendo intimidado pelos olhares da mulher, que estava calada.

— Humpf, eu não disse a você que elas iriam chegar? — Gary chegou ali junto da dona da festa. 

— Yoko!! — A garota sorriu, mas recuou quando notou que tinha algo estranho. — Espera aí, você não é a Yoko! É muito alta pra ser ela, inverteu o papel com a Momo? 

[I ain’t ‘fraid of no ghost!] 

… — A mulher misteriosa continuava calada. — Watashi kirei? 

— PESSOAL!! — Clemont gritou animado chegando ali. — A Hanako do banheiro está na festa! E ela tem nossa idade! — O loiro sapateou feliz, sendo ignorado por todos logo em seguida. 

Nemona e Flannery chegam ali depois de descer as escadas, pareciam meio destruídas. 

— Já acordaram? — Koharu fica surpresa. 

— A Nemona acordou gritando de um pesadelo, não sei como conseguiu sonhar tão cedo, bêbada…

— Watashi kirei? — A mulher repetiu a pergunta em japonês. 

— Sua amiga asiática que veio de Kuchisake-onna é uma ótima atriz! — Gary disse sorrindo e foi até diante da moça misteriosa.  — Fala em português, linda!

[I ain’t ‘fraid of no ghost!] 

— Eu sou bonita? — Perguntou e mostrou uma cabeça de uma jovem decapitada com sua mão direita. 

— YOKO?!!!

— AAAHHHHHH!! — Todo mundo da festa berram apavorados, menos nossos protagonistas. Ash continuava no chão, paralisado, e Clemont pulava animado. 

— Youhooooo, sou a Hanako-san, vim matar vocês! — Uma jovem baixinha de cabelos curtos e olhos roxos fantasmagóricos acaba de vir da cozinha. Usava uma roupa escolar japonesa vermelha com preto. 

A mesma garota tinha manchas de sangue, como a outra mulher. 

— Essa não é a Hinata!! — A gótica parecia com medo de verdade. 

— Eu matei a Hinata-senpai! — Deu um sorriso diabólico e levantou sua saia vermelha, mostrando vários olhos sinistros escondidos em uma espécie de sombra fantasma. 

— AAAAHHHH!! 

— CALEM A BOCA!! — Gary gritou e todo mundo se calou. — Isso aqui é uma cabeça de mentira, babacas. — Falou pegando a cabeça da mão estendida da estranha mulher e mostrou a eles, claramente aquilo era uma cabeça real. — Até meu primo talarico consegue fazer isso lá na faculdade de artes. Vocês vão mesmo cair nesse showzinho? — Perguntou olhando para seus colegas de classe, apavorados. — É claro que é tudo uma brincadeira de sexta-feira 13, seus manés! — Falou jogando a cabeça decepada nas pessoas, que gritaram. Hilbert abre a janela da sala com aquela distração, que era longe das duas fantasmas, e já foge da residência. 

A mulher cutuca o ombro de Gary para ele voltar a se virar para ela, Ash se levanta ao lado dele tremendo de medo. 

— G-Gary — Cala a boca Ash. Desculpa senhorita, eu não quis desrespeitar. Vou continuar a brincadeira. Ele sorri para a mulher de máscara, finalmente respondendo sua pergunta. — Sim, você é bonita. 

— Sou bonita,  é? — Quando estava prestes a retirar sua máscara, foi parada pelas palavras do Carvalho. 

— Não, você não é bonita! 

?! — O olhou brava, preparada para mostrar o que estava em seu outro braço. 

— Você é linda, muito linda mesmo! — As palavras de Gary a param novamente. — Tira essa máscara pra eu ver toda a sua perfeição! — Enquanto puxava o saco dela, todo mundo da festa vai lentamente indo embora pela janela aberta pelo maconheiro da turma. — Ela não é linda, Ash? 

O Ketchum confirma com a cabeça, corado. 

— Vocês são estranhos, são burros ou o quê? — Perguntou Hanako indo até eles puxando o Clemont pelo casaco. — Esse aqui sabe que eu sou real e tá me olhando como se estivesse apaixonado! 

— Real? Hahaha! Não força, você é mais fraca que a grandona. — Disse ainda cético e viram a mulher de casaco remover sua máscara, mostrando sua boca cheia de dentes afiados que se estendia até as orelhas e sua língua de cobra. 

— E agora? Eu sou bonita? — Perguntou depois de mostrar sua enorme tesoura ensanguentada,  parecendo que iria atacá-lo a qualquer momento. 

Na sala além das duas fantasmas, só ficou o trio ternura. 

— Essa maquiagem! Cacete, posso te tocar? — O castanho perguntou já mexendo na cara dela, chegando até tocar em seus dentes e puxar sua língua. — Parece tão real! Como vocês fizeram isso? 

— Ele ficou impressionado com isso e não com a minha saia sobrenatural?! — Reclamou Hanako-san. 

— Ela se parece com a Mileena do mortal kombat, só que mais bonita! — Clemont comenta apaixonado por ela também. 

— Gary… — Ash fala o nome de seu amigo dando uns passos para trás. — Eu acho que essa é a Kuchisake-onna de verdade! 

— Eu notei há um tempo atrás, eu só tava querendo disfarçar pra tentar fugir também… 

— AAAHHH!! — Ash grita pegando o Clemont das mãos da Hanako, (— Não, me solta!) e os três correm até a janela, mas são empacados pela mulher gigante que tentou começar a entrar na casa por aquela saída alternativa, e em um piscar de olhos, estavam encurralados pelas outras duas fantasmas. 

A mulher de quase 3 metros desiste de tentar passar pela janela, a fecha com poder sobrenatural, e depois arrudeia a residência para entrar abaixada pela porta da frente, finalmente ficando diante dos garotos. A porta bate sozinha. 

— Mamãe?! — Agora foi os três que falaram juntos na sombra da mulher gigante. Kuchisake estava agora na direita deles e Hanako na esquerda. 

— Nós assassinamos as despeitadas que ousaram se fantasiar da gente nessa sexta-feira 13! — Disse Hanako dando risada, apenas a mulher gigante de chapéu não tinha sangue em suas roupas brancas. 

— E queríamos mais sangue! Ouvimos tudo o que vocês falaram da gente hoje, nos chamaram de pervertidas, e outras coisas! — Foi a vez da mulher da boca rasgada falar. — Sendo que os verdadeiros depravados são vocês! 

Os três estavam abraçados, mas apenas dois tremiam de medo olhando para elas. Clemont tinha apenas um sorriso idiota com corações nos olhos. 

— Já que vocês acham que somos obscenas… — A linda mulher de 3 metros levanta a cabeça, retirando o chapéu. — Vamos ser! — Disse começando a tirar suas roupas junto com as outras. 

— Minhas fantasias sexuais com fantasmas vão se tornar verdade! — Clemont retirava as calças super alegre. 

— Não! Eu não quero perder minha virgindade com fantasmas! — Reclamou Gary. 

— Não se preocupem! Transar com fantasmas não conta como perder a virgindade de verdade, é como se tudo fosse um sonho! — Falou a sádica da Kuchisake. 

— Eu gosto de mulheres normais!! — Falou tremendo de medo Gary, ainda no abraço com seus dois companheiros. 

— Eu aceito qualquer uma, tirando a mulher gigante… com todo o respeito, é que notei só agora que não gosto de mulheres tão altas assim, me faz parecer fraco demais. — Comenta Clemont, parece que existia uma limite para ele. 

— M-mãe, Koharu, alguém! — Ash falava baixinho, tremendo de medo vendo agora os corpos nus das fantasmas. 

— Eu fico com o loiro nerd! — Hanako lambe os próprios lábios, sapeca. 

— Eu vou ficar com o líder deles. — A língua de cobra daquela boca horrorosa aponta para o Carvalho. 

— Eu vou ficar com o baixinho, eu gosto dos pequenos mesmo. Mas depois a gente reveza, pra todas curtirem esses garotos fofos!  

— AAAAAAHHH!! — Os três gritaram com as sombras das fantasmas se aproximando e encobrindo eles.


(LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: 

Comentem tanto no 9, quanto agora 10 em! Foi difícil trazer eles tão próximos, espero que tenham gostado 🥲 estou aceitando qualquer crítica. Academia de garotas será atualizada logo, logo!





Comentários

  1. A essa altura do campeonato, seria mais misericordioso sacrificar do que deixar esses 3 idiotas continuarem convivendo em sociedade.

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  2. Kkkkkkk capítulo muito bom,ri do começo ao fim
    Só tenho dó da pobre koharu,iludida pelo Ash
    Que reviravolta interessante, continua,quero saber o que vai acontecer depois

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    1. KKKKKm fico feliz
      Koharu tadinha
      Huahua!
      O que vai acontecer depois? Prima do Ash!

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  3. Capítulo muito bom.
    Será que alguma dessas meninas vai reaparecer na academia de garotas???

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  4. Mano kkkkk, não consigo dizer se eles se eles tão se dando bem dessa vez ou não kkkkk

    SHARKIRA, perdão, perdi a linha aqui, sou muito fã

    Não mencione Euphoria 😐

    "O que é harém?", Ash, futuro maior pegador do verso

    Esse capítulo só me fez shippar mais ainda Ash e Koharu (As pessoas ainda usam o termo "shippar" ou eu tô passando vergonha?)

    Capítulo incrível véi, de verdade, principalmente esse final onde veremos uma das top 10 maiores batalhas dos animes

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    1. Se deram mal mano KKKKKK

      O cara ama o Sharkira demais

      KKKKK euphoria

      Maluco vai fazer o maior harém da história

      Pode falar "shippar" sim

      Final foi estilo Du, Dudu e Edu total, com as Kankers sabe? Sksks

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  5. Meu Deus do céu, Matt...

    O cara tá jogando lenha na fogueira do meu tão amado Ash x Koharu só pra no fim não dar nada, quer ver?

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  6. Então é daí que veio o trauma do Ash com festa a fantasia?

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