Capítulo 09 de "3 cabaços e a missão impossível": Meu primeiro encontro!

 (LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: 

Olha o Mateusobaka aqui gente!

Amanhã eu já vou postar o capítulo 10, fiz um especial de sexta-feira 13 pra essa história que está bom demais!

Eu nem comentei sobre o Sharkira no capítulo passado, é que eu postei muito rápido. Bem, Clemont e Gary conheciam ele antes do Ash.

Quem quiser me ajudar em pagar as minhas contas, meu Pix é 142.958.614-13 (Mateus Vinicius)

Doadores do mês (Dezembro):

Junin Cego (30 reais)

John Doe (30 reais)

Paulo Borges (50 reais)

Paulo Borges (30 reais)


CAPÍTULO 09: MEU PRIMEIRO ENCONTRO!


[P.O.V. Gary Carvalho ON] 

Era o meu novo grande dia, tinha finalmente uma garota querendo sair comigo, e ela não parecia uma bola de pesadelos. 

— Tu vai perder a corrida, come poeira, hahaha! — Nemona ria mais a frente em sua bicicleta verde. Ela era muito boa, mas eu estava perdendo de propósito para ver aquela bunda naquele short curto. 

Blusinha amarrada pra mostrar a barriga e o cofrinho, assim não dá, eu fico louco! 

Fiquei hipnotizado e me distrai na estrada da terra, bati no ferro curto que ajudava para carros não sair da pista e quase caí em um barranco se não tivesse me jogado para fora da bicicleta. 

— Que foi isso? — Ela chegou ao meu lado, assistimos juntos minha bicicleta parar no cafundó dos infernos. 

— Empatamos, eu me distrai por um momento e agora perdi minha bicicleta. — Disse virando para a morena da franja verde. 

— Mas então eu ganhei, doido! — Cruzou os braços rindo. — Vamos pegar outra rota para recuperar sua bicicleta. 

— Nem dá, deve ter quebrado todinha, ou o pessoal lá debaixo já deve ter roubado. O bairro da [Censurado] não é pra brincadeira. — Estávamos longe de casa. 

— Tá bom, sobe aqui então! — Ela me convidou para ficar na frente dela, em sua bicicleta. Iria me dar uma carona. 

— Uhuuuuuu!! — Fumaça saiu dos meus narizes e corri saltitando até lá, me sentando em sua frente no ferro e ela ficou atrás. 

Senti mais ou menos seus peitos atrás da minha cabeça, mas seu cheiro já me deixava doido. 

Mulher é foda, não consigo pensar em um mundo sem elas. 

Quando chegamos no nosso bairro, Nemona me deixou em casa. 

— A gente pega o Uber lá pras 18:00? — Perguntei deixando a bicicleta. Não fiquei triste em estar longe daquele corpo, me juntaria novamente mais tarde. 

— Pode ser, a gente se encontra aqui. Tchau Gary! — Acenou para mim sorrindo e foi embora. 

Invés de entrar em casa, eu corri para ir até a casa de Clemont. Precisava falar dela pros meninos! 

— Entra aí, o Clemont está com o Ash lá em cima fazendo algo esquisito. — Disse o pai fortão dele carismático que atendeu a porta para mim.  

— Obrigado Meyer! — Corri até chegar na porta do quarto laboratório, foi aí que decidi escutar a conversa antes de abrir. 

— Essa vai ser a coisa mais gostosa de todas! Graças a ciência!

— Viva a ciência! Eu nem tô com medo de comer isso! 

Será que aquele nerd palmito finalmente fez uma robô sexual gostosa?!

— EU QUERO! — Gritei abrindo a porta desesperado e encontrei os dois idiotas ao lado de uma mesa cromada, com um sanduíche enorme acima dela. 

— Dá pra nós 3, nham! — Ash passava as palmas das mãos uma na outra, moveu a língua entre os lábios. 

Era um sanduíche gigante quase do tamanho da mesa, dava pra ver que tinha todos os ingredientes básicos como: queijo, alface, carne de alguma coisa e etc.. 

— Bem, não era o que eu tava pensando, mas eu quero… — Disse me aproximando deles. 

— Contemple o melhor sanduíche do país, produzido pelos Deuses da culinária e da ciência! Xatuba-2666! — Clemont deu uma risada de cientista louco com os braços levantados. — Esse sanduíche além de ser uma delícia, limpa todo o estômago, o deixando basicamente novo! Impede até as doenças intestinais mais mortais! 

— Tá, tá, cala a boca! — Cortei um pedaço considerável com a faca e dei uma abocanhada. 

— Isso… é… SPARTA! — Gritei apaixonado pelo sanduíche. Devia ter mais de 100 ingredientes gostosos naquela coisa! — Eu vou querer mais! 

— Tem pra todo mundo, kukuku! — Clemont degustou e vi estrelas em seus olhos. 

Vi Ash comer um pedaço grande inteiro com uma bocada. Aquilo era sinistro. 

Devoramos o sanduíche do tamanho da mesa e sentamos no chão cheios, com a mesma sensação de que tivéssemos tido um orgasmo. 

— Isso aqui… é o céu... — Ash falou parecendo estar grávido, com a cabeça apoiada na madeira da cama do dono do quarto. 

— Foi a coisa mais gostosa que eu comi… — O loiro falava com as mãos na barriga cheia. — Espero que eu diga a mesma frase depois de chupar uma buceta. — Caiu para trás, sorrindo. 

— Falando em buceta… — Tentava falar. — Vou hoje de noite para o cinema com a Nemona… a gente teve um passeio incrível hoje de manhã…

— Já tão namorando? Beijou ela? — Perguntou Ash levemente corado, mas curioso. 

— Calma fi, deixa que o chefe aqui vai conquistar ela hoje de noite. 

— Boa sorte então — Me deu Clemont. — Espero que ela seja aquelas esquisitas que gosta de se asfixiar com gases. 

— Quê?! — Perguntei com uma careta para o nerd, isso era muito nojento. 

— Ué, teu intestino vai ser limpo o dia inteiro hoje, lerdo.

— HAHAHAHA! Vai peidar e se cagar o dia inteiro! Hahahha! — Ash parecia um moleque autista dando risada. 

— Peraí, calma, calma! — Falei desesperando e o flashback me veio a cabeça “Esse sanduíche além de ser uma delícia, limpa todo o estômago, o deixando basicamente novo!” 

— Acho melhor cancelar o encontro e tentar sair amanhã. 

— Por quê me deixou comer isso, seu Snake! — Queria arrebentar a cara dele, mas o sanduíche encheu tanto e foi tão gostoso, que nem queria sair do lugar. 

— Pra você ter aceitado comer ele depois da minha explicação, achei que já tinha estragado as coisas com a Nemona. 

Miserável. 

— Você sabe que eu sou burro igual o Ash as vezes! — Reclamei. 

— Como assim “ás vezes”? — o nerd perguntou fazendo aspas com as mãos.

— Eu não sou burro! — Ash exclamou e escutamos uma explosão nas calças dele. 

— PAI, SOCORROOOO!! — Gritou Clemont. 


(...)

— Não vai ter jeito, vai ter que cancelar o encontro. Eu não tenho nada que vá impedir você de flatular e soltar excrementos. — Clemont me explicava, estávamos na frente de sua engenharia avançada. — A única coisa que eu tenho é perigoso. 

— Eu aceito! — Falei desesperado, eu não podia desperdiçar minha chance com a Nemona. 

— É um tampão? — Ash perguntou vendo o desenho de um dispositivo pequeno na mão do cientista. Essa merda parecia aquelas coisas que o povo botava na bunda, antes de fazer sexo anal. 

— Isso aqui é um protótipo de um “tampão anti-acidente para vergonha alheia”. Se colocar isso dentro do ânus, fica sem soltar gases e excrementos por 2 horas. 

— Por quê você teria algo assim? — Perguntei. 

— Quando criança, eu tive muitos acidentes em público… 

— Tadinho, ainda bem que não traumatizou. — Ash deu uns tapas no cocuruto dele de forma carinhosa e o abraçou. 

— 2 horas, né? Eu vou querer um! — Falei e meus amigos me olharam, surpresos. 


(...) 

Nemona chegaria em casa a qualquer momento, eu já estava arrumado, vesti um terno social verde-escuro e estava lindo de deixar todas as mulheres do quarteirão molhadas. 

— Perfeito!  — Falei depois de pentear meu cabelo frente ao espelho. Invejosos diriam que não mudou nada com o creme que eu passei, continuando de pé. 

Agora vem a parte difícil.

— Merda… — Peguei o dispositivo azul em formato de um supositório da pia e fiquei encarando, com vergonha. 

Aquele quadradinho seria a coisa mais esquisita que enfiaria na minha bunda desde criança.

Tá bom, okay… respira… 

— Taquipariu! 

Ash e Clemont: Hahahaha! 

— Dá pra parar de rir? E como é que muta esse troço? 

Clemont: Se você aprender a mutar, não teríamos entretenimento. 

Estava usando um fone sem-fio de espião que ficava invisível dentro das orelhas. 

Era meu primeiro encontro, uma ajuda não seria mal. Cada um estava em sua casa trancado no banheiro. 

Eu não. Eu aguento! Vou aguentar! 

Clemont: Tem certeza mesmo que 2 horas é o suficiente para pegar o Uber, chegar ao cinema, assistir ao filme, retornar levando ela pra sua casa, e fazer sexo? 

— Duuh,  Óbvio. Você é burro?

Clemont : Você que é desprovido de inteligência! Isso não me parece matematicamente possível.

Ash: Hihihihihi!

— Tá rindo de quê, cabaço? — Perguntei bravo subindo minhas calças. 

Ash: Eu tô lendo um gibi aqui hahahaha!

— Gary, mãe tá perguntando aonde você vai. — Minha irmã Daisy apareceu na porta. 

— Não interessa a nenhuma das duas! 

A chata era uns 2 anos mais velha do que eu, tinha um cabelo castanho igual ao meu, só que bem menos estiloso que o do pai, somente sendo liso pra baixo e se dividindo em umas 5 pontas no final, com uma faixa verde tampando a testa dela. A Daisy também usa um vestidinho verde sem graça e uma camiseta branca por baixo. Além de umas havaianas brancas.

Ash: Você tem uma irmã? 

Clemont: Como assim você tem uma irmã? Não vi nenhum vestígio disso na sua casa! 

— É que ninguém liga pra ela. 

? — Ficou confusa me olhando, expliquei que estava falando sozinho. 

[Ding Dong] — Escutei a campainha e me arrepiei todo. Foi difícil correr com essa coisa enfiada no rabo, mas impedi que minha mãe levantasse do sofá para assustar Nemona, a atendendo já um pouco suado. 

— Nossa, você vai pra onde? Pra uma confraternização de trabalho? — Nemona brincou comigo e me abraçou, ela estava com uma roupa bem mais casual: Uma blusa branca com uma jaqueta moletom cropped laranja por cima. Shorts lycra pretos que terminam pouco acima do joelho e um par de Sneakers pretos. A blusa tem uma estampa de "I  ❤️  🍿”

Parando pra pensar agora, estou ridículo ao lado dela vestido assim. 

— Quer que eu me troque enquanto chamo o Uber? — Perguntei um pouco nervoso.

— Cara… tanto faz? — Ela falou, aceitando qualquer decisão minha. 

Corri para o meu quarto para vestir alguma roupa de playboy descolado ou algo assim. 

Clemont: Qual o cheiro dela? 

— Calado. — O Uber estava a 5 minutos de casa, dando tempo de eu vestir uma blusa roxa de manga comprida e um calção preto, botando meus sapatos verdes com roxo. 

Ash: Sua irmã é legal, Gary? 

— Nem um pouco. Chata igual todas as irmãs existentes. 

Clemont: Eu sinto que Ash quis perguntar se ela era bonita.

Ash: AAHHH!!

— Vou bater em vocês amanhã. — Ameacei e consegui mudar eles, indo até a porta, vendo uma cena desconfortável. 

Minha irmã conversava com a Nemona com até intimidade, eu não posso deixar ela queimar o meu filme. 

— Gary, por quê você não convidou ela para entrar? 

— Nossa mãe iria assustar ela… — Falei ficando corado. 

— A Daisy tava me contando umas coisas sobre você, hahaha! — Não sei se aquela risada era bom ou ruim.

A minha irmã não é uma cusona, ela é bem legal na verdade. Falei grosso e menti sobre ela para meus amigos, pra nenhum ficar interessado nela. 

Eu não quero sentir a mesma sensação do Ash, de alguém tentando comer um familiar. 

— É verdade que você tem várias medalhas de ouro da sua antiga escola?

— Eu sou bom em muita coisa. — Falei com a mão direita atrás da cabeça, corado. 

— De nada. — Minha irmã passou por mim sorrindo. 

— O Uber está chegando, vamos? 

— Vamos!

Um carro preto bastante degastado para frente a calçada e buzina. 

Droga, eu acho que nem vi o perfil do cara que aceitou meu pedido. 

Eu tinha colocado o preço mais barato. 

Eu não posso deixar a Nemona entrar em um carro desses no nosso primeiro encontro. 

— Mas que carro maneiro! — A reação de Nemona me deixou confuso. — Acho que esse Uber vai ter várias histórias pra contar em como deixou o carro assim! 

Nos aproximamos do carro e o motorista nem abriu a janela. 

Chequei a placa e vi que era o carro, a morena abriu a porta da esquerda e eu da direita. 

Entramos no carro e ele tinha um cheiro esquisito de detergente, limão , ou vinagre, sei lá.  Um careca tatuado e forte virou o rosto para gente.

 — Boa noite, vão ao shopping? — Perguntou o homem com uma voz assustadora. 

— S-sim… — Respondi gaguejando, Nemona falou normal. 

Eu não gosto de gente careca e calva, eu só perdoo os que têm câncer. 

Nem colocamos o cinto de segurança, pois não existia, e ele ligou o carro e começou a nossa trajetória. Puxei conversa com Nemona.

— Pensou no filme que a gente vai ver?

— Eu quero ver aquele desenho,  esqueci o nome agora, o que tem um judeu engraçado. Ou podemos ver algum de terror cabuloso. 

— Eu tava pensando em um de romance… 

— Romance não, é muito chato a maioria.

Porra, ela não gosta de filme de romance? Mas tem outros jeitos de fazer clima. 

Quando pensei em dar em cima dela com alguma piada infame, notei que o motorista estava o tempo todo olhando para gente pelo retrovisor. Era bem assustador. 

— Gary, o que você faz quando não tá com seus amigos? 

— Melhor você não saber. São coisas inúteis. 

Não podia falar minha vida de degenerado tão fácil assim.

— Todo mundo tem seus segredos. — O Uber arrepiante falou, Nemona ficou me cutucando com o dedo indicador. 

— Eu ajudo minha irmã em suas atividades e em alguns trabalhos domésticos. Também ajudo meu avô quando ele começa a surtar com sua esquizofrenia, vendo bichos estranhos pela casa. — Falei olhando para janela as coisas boas que fazia, apesar que quase tudo era apulso. 

Esse carro está tão escuro que eu nem consigo ver o trânsito pelas janelas daqui. Olhando para frente, vi que o trânsito parecia calmo, cidade pequena. 

O Uber ainda está olhando para gente. 

Esse cara tá me incomodando mais do que o dispositivo no meu rabo. 

— … e é por isso que meu irmão não tem sardas. — Eu não sei do que a mulher estava falando. Perdi atenção por causa do motorista bizarro. 

— Legal, hahaha. — Forcei uma risada. 

— Como assim é legal? Isso é muito ruim! 

Taquipariu, eu só me complico, melhor trocar de conversa rápido. 

— Tô pensando em juntar o Ash com sua amiga, Koharu. Eles não dariam um casal fofo?

— Não! — Nemona morreu por dentro, respondendo com a voz desabada e olhar tedioso. — Eles não combinam. 

Pra mim combinam, ela é a única que tem interesse nele, isso já basta. 

— Koharu tá sempre tentando conversar com ele. 

— Sério?! — Nemona pareceu bastante interessada no assunto. 

Deixa eu desmutar os dois panacas para escutar o que eles vão falar sobre isso. 

— É, ela disse que queria ser amiga dele, mas eu suspeito que ela gosta do Ash sim. 

Clemont: Vai Ketchum,  é a sua hora de desabrochar igual uma flor defeituosa. 

Ash: Tô cagando, literalmente. 

— Eu não acho que Koharu goste de homens, vou ter que perguntar… — Nemona pegou o celular dela, provavelmente pra mandar mensagem pra coitada. 

Ash: Eu não gosto disso! Eu não quero namorar ninguém! Eu nem consigo falar com uma mulher pessoalmente! 

Esse Ash não aprende, não agarra as oportunidades que a vida dá a ele. Diferente dele, eu não perco nenhuma! Eu vou ter meu primeiro beijo hoje com a Nemona! 

Clemont: Companheiros, estou lendo um hentai muito desagradável. 

— Então para de ler. 

— Hã?! — Nemona não sabe. 

— Desculpa, falei sozinho. — Respondi pegando meu celular. 

Como era uma viagem de Uber, tudo bem não ter um clima agora. Só poderia ter se estivessemos bêbados. 

Clemont: Quando eu começo uma coisa, muitas vezes eu não consigo não terminar. É um hentai de futanari com tentáculos, alguém me ajuda. 

Ash: Que porra é futanari? 

Ele realmente começou a chamar palavrões. 

Quando parei de xingar os dois no grupo do zap, vi que o motorista pegou uma rota que com certeza não levaria para o shopping. Era só ir reto, ele pegou a direita e estávamos indo em direção para a área rural da cidade. 

— Senhor, é o caminho errado. 

… — Ele não falou nada, Nemona olhou para mim levemente com medo. Perdeu seu senso inocente. 

Peguei meu celular e chequei o perfil do motorista, ficando pálido: a foto de perfil era de uma garotinha de anime, e o nome era “Getro Herb”. 

— Qual é o seu nome? — Falei sério e o vi sorrir pelo retrovisor, olhando para gente. 

— Getro Herbicida. — Disse virando para gente com uma expressão assustadora, puxou uma faca do porta-luvas e ameaçou nós dois. — Ninguém se mexe, vamos fazer uma visitinha a uma cabana na floresta. 

Ash: O que tá acontecendo? 

— Um assassino! — Falei de forma artificial pra meus amigos chamarem ajuda, Nemona me abraçou assustada, essa foi a única vantagem daqui não ter cintos de segurança. 

Peraí, o que eu tô pensando?! Eu não quero morrer! 

Ash: É algum filme de terror slasher novo? Eu comecei a assistir só recentemente. 

Se eu sair vivo, com certeza bato no Ash amanhã. 

— Vocês são um casal tão bonitinho, eu vou adorar brincar com vocês! Hehehe! — O psicopata sorriu bizarro. 

— Não somos um casal! 

— É sério que vai dar satisfação a ele sobre isso?! — Reclamei. 

— Passem os celulares! Eu tenho um revólver aqui também. — Mostrou a arma, será que eu deveria tentar a sorte pra ver se é de brinquedo? 

Entregamos nossos celulares. 

Clemont: Estou nesse momento bombardeando mísseis no oceano atlântico. 

Ele estava cagando. 

Clemont: Estou impressionado o quanto você é azarado, estou acessando a sua conta do Uber para poder rastrear esse provável serial killer. Qualquer coisa eu pego o sinal da call. 

Ash: Puta merda, tô indo na casa do Clemont! Não morre Gary! Nem Nemona! 

[P.O.V. Gary Carvalho OFF] 

(...)

[1 hora depois…] 

Os dois nerds junto com o Negro Noel estavam no meio da floresta, Ash reclamava do seu traseiro enquanto Clemont, que carregava sua bolsa consigo, pedia para ele calar a boca. 

— Esse tampão anti-acidente para vergonha alheia incomoda muito! — Ash estava de roupa comprida preta e sapatos pretos sociais. 

— Se a gente não botasse em nossos ânus, não poderíamos vir aqui resgatar eles! — Explicou o loiro. — Quer salvar os dois cheio de excrementos?

— Eu tinha um encontro hoje à noite com uma patricinha muito gostosa! Vocês vão ficar me devendo, moleques! — Reclamou o mendigo vestido de Papai Noel. 

— Ei! Você acha que eles ainda estão vivos? — Ash parecia preocupado enquanto movia os galhos para os lados, tentando não se machucar. 

— Só pela voz do dito cujo, Getro, e o que ele falou, tem 82% de chance dele ser do tipo que gosta de torturar suas vítimas antes de matar. — Especulou o rapaz de macacão azul. — O problema real é, o que ele está fazendo com os dois! 

— Meu sobrinho é um azarado, quando ele nasceu, teve a proeza de cair do berço e depois quase se afogou dentro de uma privada. 

— Por quê não chamamos a polícia mesmo?  — Cicatrizes de raio não entendia. 

— Ele poderia matar os dois e se matar, ao escutar a polícia. Eu tenho a situação sobre controle. — Pediu calma e apontou com a mão aberta, mostrando uma cabana marrom devastada na floresta. 

— Aaauuuuu!! — Um uivo de lobo arrepia os três homens ali presente. 

— Isso tá me lembrando aquele filme. — Clemont comenta. 

— Que filme?  — Ash queria saber. 

— Aquele com uma cabana na floresta. 

— Sexta feira-13? — Chutou o mendigo. 

— Não, aquele filme com uma cabana na floresta. — O jovem mexe em seu óculos. 

— A bruxa de Blair? — Ash também chuta. 

— Não, aquele com uma cabana na floresta! 

— A morte do demônio! — Exclama o cego. 

— Não caramba, o filme com uma cabana na floresta.

— Premonição! 

— Não Noel, esse filme nem tem cabana e nem floresta! — Clemont reclama e os três escutam os gritos de Nemona e Gary. 

— Podem gritar, AAHHHH!! Ninguém vai ouvir vocês, hahaha! — Escutaram o assassino e sequestrador zombando deles, ficando assim pálidos. 

Os dois seguram as mãos do velho e vão agachados até abaixo da janela, subindo suas cabeça com cautela para ver o que estava acontecendo lá dentro. 

— Não, não, para por favor! — Gary gritava para ele não fazer aquilo. 

— SOCORROOOO!! — Nemona berra chorando. 

— Vamos assistir os filmes da freira antes do meu sacrifício a ela! — Falou o careca com uma tatuagem de um demônio antigo no braço ao lado da televisão. Ele estava pelado. 

— Legal, eles vão ver um filme! 

— Esse filme é um lixo, Ash. Isso é uma atitude deplorável, mais do que sequestrar e despir eles. — Sussurrou o loiro, Gary e Nemona estavam apenas de roupas íntimas. 

— O que vamos fazer? Será que dá tempo de salvar eles e ir para o encontro? 

— Você é um velho tarado no cio ou o quê? — Reclama o nerd loiro abrindo a bolsa. — Ash, preciso que vá atrás da casa e entre com cautela pela provável janela dos fundos. 

— Tá bem, e depois? 

— Noel e eu vamos dar um jeito no assassino. 

— Eu sou faixa preta em artes marciais. 

— Isso não é nada quando alguém enfia uma bala no meio de seu cérebro pequeno. — Respondeu o olhos azuis enquanto Ash saia andando agachado. — E você é cego, tá achando que é o Kenshi de mortal Kombat? 

— Eu sou muito melhor do que ele. — Afirmou o negro de óculos azul de playboy. 

Caminhando em passos leves, chegou na janela do outro lado — Tá bem, com cuidado… — Abriu a janela devagar, sem fazer barulho, e invés de apenas atravessar com cuidado, pulou que nem um louco [CRASH!] entrando na casa pela janela de vidro. 

— O quê? — Herbicida olhou na direção do barulho e Gary sorriu, afinal, escutou toda a conversa o tempo todo. O careca musculoso pegou o revólver ao lado da tv e foi checar o que aconteceu. 

Clemont e Negro Noel entraram no lugar e o mendigo foi na direção certinha dos dois para desamarrar as cordas. 

“Como?” — Se perguntou o loiro. 

— Foi o máximo de stealth que eu consegui. — Disse Ash se limpando dos cacos de vidro.

— Em nome da freira Valack, eliminarei você a queima roupa. 

— Calma aí, vamos conversar! — Ash saca uma bíblia. — Vamos parar 1 minuto para ouvir a palavra do senhor!

— Como se atreve! — Parecia que o cabelos negros vivia mais perigosamente nessa época. 

[PAFT!] — Atrás do assassino, a luva de boxe da bolsa de Clemont, que estava de costas, saltou da bolsa e socou o homem atrás da cabeça, o fazendo derrubar a arma. 

— E ainda tem a arma de choque do começo da história. — O Nerd disse mirando no careca, atirando nele. — Ash, chama a polícia! 

— Eu sinto que tem muitos corpos mortos de mulheres no porão. — Negro Noel chegou ali com Gary e Nemona, que se vestiam. 

… — Clemont ficou com o nariz sangrando, depois de olhar para a morena de franja verde.

 — Hahahaha! — Gary passou por seus amigos rindo, comentando que eles estavam com o dispositivo na bunda. — Hahaha! — Encheu de chutes o motorista do Uber nocauteado.— A gente ainda vai ao cinema? 

— Tá brincando, né? — Nemona o olhou brava. — Claro que sim! — pro alívio dele, era brincadeira, ela sorriu fofa. 

— Nemona!! — Os olhos de Gary ficaram bastante esperançosos, foi até ela sério, queria falar algo importante. 

— Gary caralho, vem cá! — Clemont chamava aflito. 

— Vem logo! É sério! — Ash também atrapalhava o momento dele com Nemona. 

— Calem a boca vocês dois! Eu tenho que falar uma coisa para ela! 

??? — A morena voava confusa. 

— Nemona, eu… — Cara, você tem que remover o dispo — Ele pega os fones invisíveis e tava longe. 

— O que foi isso? — A garota fica um pouco desconfortável. 

— Não é nada! Olha, eu…. eu… — Não conseguiu falar, seus olhos subiram e soltou sangue pelo nariz e boca, despencando para trás. 

(...)

— Onde eu estou…? — Se perguntava ao acordar na cama do hospital.

— Cara, eu tentei falar a você que era pra remover o tampão anti-acidente para vergonha alheia. Seus gases e excrementos se acumularam tanto que quase te causou combustão espontânea. 

— Fala sério… — Gary olha para o lado, querendo morrer. Olhou dentro do lençol da cama do hospital e viu que estava de frauda.

— Se passaram duas horas! Tu se cagou no chão depois de sangrar e até a polícia riu de você. — Comentou Ash no outro lado da cama, ele também estava de frauda. 

— Hã? O que aconteceu com você? — Perguntou vendo o Ketchum em pé ao lado dele daquele jeito. 

— O meu acabou há uns minutos, então tive que me previnir. 

— O meu acaba em 7 minutos. — Clemont olha para a lâmpada do quarto do hospital. — Essa noite será marcada por um dia trágico de vergonha alheia. 

— O Getro foi preso e deixamos o seu tio ficar com os holofotes, pra ninguém saber do que aconteceu com a gente. — Comenta Ash. — Poderíamos ter nos tornados heróis!

— Ainda somos, Ketchum. Só que ninguém sabe. 

— E a Nemona? — Gary pergunta desesperado. 

— Ela não riu de você, nem foi embora. — O nerd de óculos sorriu. — Está lá fora, falando com a enfermeira. 

— E o que vocês, brochas, estão fazendo aqui?! Saiam e mandem ela entrar!! — O tom do Gary mudou no mesmo instante, despejando seus amigos. 

… — Correu de volta pra cama e escondeu a frauda com o lençol. 

— Gary! Eu fiquei tão preocupada! — Ao chegar, ela correu e abraçou o garoto, que encontrou alguma paz interior com aquele abraço carinhoso. 

— Nemona, aquilo aconteceu por causa daqueles dois! Eu não sou cagão assim! — Falou com seus olhos fechados, bastante corado. 

— Tá tudo bem, eles já me explicaram sobre o sanduíche e o tampão. 

— Eles falaram sobre o tampão? — Caveiras aparecem nos olhos do castanho, quando foram abertos. — Eu vou matar eles! 

— Não faz isso com os coitados! Eles só tentaram te ajudar… quer ir ao cinema depois que melhorar disso aí? Amanhã? 

— Você ainda realmente quer sair comigo? — Gary fica super feliz. 

— Sim, hoje a gente já viu um filme de terror, mesmo eu não querendo, hahaha! 

 — Desculpa por isso… — O olhos castanhos pede depois de lembrar do Uber maldito. — Nemona! — Exclamou o nome dela. 

— Oi?! — Perguntou sorrindo. 

— Eu gosto de você! 

— Eu também gosto de você! 

— É agora que a gente se beija? — Quando perguntou, os olhos de Nemona trincaram. 

— Calma aí Gary, eu te vejo como amigo! — Ela levantou as palmas das mãos. 

Crackt! — Seu coração dá uma rachada. 

— Você aparenta ser alguém muito legal, quero te conhecer mais, sair com você, só que a gente nunca vai poder ficar junto. 

— Mas por quê? O problema sou eu? Eu sou muito errado? — Encheu de perguntas querendo chorar. 

— Não Gary, não chora! — Ela o abraça novamente. — Não tem nada haver com você, é que… — Quando desfez o abraçou, olhou para ele um pouco vermelha. — Eu sou lésbica. 

… — Gary continua com a mesma cara. 

— Eu achei que você soubesse, meio que todo mundo sabe… 

… — Gary fica neutro, sério, parado olhando para ela sem responder. 

— Eu nunca precisei falar porque era meio óbvio, mas acho que a Koharu não sabe… eu amo ela. Quero namorar com ela!

— Mas assim, sem querer te desrespeitar, mas qual é a orientação sexual da sua irmã Daisy?

(...)

— LÉSBICA! ELA É LÉSBICA!! — Gary gritava surtando em seu quarto usando uma frauda, quebrando tudo enquanto seus dois amigos assistiam em pé perto da porta. 

— O que é uma lésbica? — Pergunta Ash. 

— Significa que ela gosta da mesma “fruta” que você, entende? — Clemont explica. 

— Ela gosta de uva também? 

— Não retardado, significa que ela gosta de mulher! 

— Eu sabia. — O Ketchum desvia o olhar envergonhado.

— EU VOU ME MATAR AAAHHHHH!! 

— Gary gritava na cama batendo as pernas contra o colchão, insano. — Alguém me mata!! Como eu não notei?!

— Não vai mais sair com ela? — Pergunta o nerd de macacão azul. 

— Claro que não! Qual o sentido agora?! Se eu não vou ter chance de pegar ela? 

— Que coisa feia, Gary! Você é só um interesseiro! Ela ficou tão preocupada com você! — Ash reclamou indo até ele. 

— E daí, seu bosta? Não tem sentido perder tempo com ela, se eu não vou fazer vuco vuco!

— É por isso que você não tem amigas! Só tem segundas intenções! — Ash falou umas verdades. 

— Gary, ver você falando essas coisas mais desprezíveis que o normal, me incomoda também. — Por incrível que pareça, dessa vez o Clemont estava com o rapaz de cabelos negros. — Aproveita a chance cara, Nemona pode acabar te apresentando pra outra garota, ou te ajudar, sei lá. 

— É! Você vai ficar perto de uma buceta de qualquer jeito!

— Ash? — Gary e Clemont falaram o nome dele ao mesmo tempo, chocados. — Você tá bem, mano? 

Ash moveu a cabeça negativamente, com as mãos sobre a boca, assustado com o que falou. 

— Uh… foda-se, eu vou continuar sendo amigo dela… tentando esquecer essa merda toda. 

— Tem muitas fêmeas por aí para a gente pôr nossas mãos, perder uma pra comunidade LGBT faz parte da nossa trajetória de vida. — Clemont disse sorrindo de olhos fechados. 

A barriga dos três faz um barulho esquisito. 

— Uhr, de novo não… — Gary falou por todos ali. 


(LEIA-ME) NOTAS DO AUTOR: 

Amanhã é sexta-feira 13 uOOuuOh 👻 nos veremos aqui! Comentem logo em!

Meu Pix é 142.958.614-13 (Mateus Vinicius)
Me ajude se puder, pois minha situação é deplorável.



Comentários

  1. Kkkkkk, mano, que capítulo brizado véi, foi inspirado em fatos reais também? Kkkk

    De todas as vezes que os meninos se foderam, essa sem dúvidas foi a maior kkkk

    E pra completar o Gary ainda ficou sem vuco vuco kk

    Negro Noel 😭😭😭 total MVP da partida

    E se o negro Noel for o Ash dê um futuro alternativo e que voltou no passado pra guiar o Ash do presente? Teorias (Pensei nisso enquanto comia pipoca)

    Ótimo capítulo broder

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pior que não KKKKK

      Eu acho que a das abelhas foi pior 🤣

      Claro pô KKKKk teve nem beijo

      Fez nada kakakak

      Viajou, viajou ksksks

      Obrigado!!

      Excluir
  2. Ótimo Capitulo.
    Eu estava meio desconfiado da Nemona mesmo.
    É Gary não foi dessa vez... kkkkkk

    Continue com o ótimo trabalho.

    ResponderExcluir
  3. Capítulo Excelente.
    Quase o Gary morre no começo do capítulo kkkkkkkkk.
    Esperava muitas coisas, mas não um sanduíche gigante kkkkkkkk.
    Ele se autossabotou comendo o sanduíche kkkkkkkkkk.
    Às vezes = quase sempre kkkkkkkkkk.
    A solução é um tampão kkkkkkkkk, acho que só 2 horas não vai dar tempo suficiente kkkkkkkkkk.
    Com a ajuda desses caras, talvez você estivesse melhor sozinho.
    O Ash escondendo a mãe e o Gary escondendo a irmã kkkkkkkkkkk.
    Quem diria a irmã dele está dando assistência para ele.
    Esse Uber tá meio esquisto ein.
    Então ele faz algumas coisas boas até.
    Não prestar atenção na conversa é erro comum.
    Gary fofoqueiro kkkkkkkk.
    Futanari com tentáculos é demais até para o Clemont kkkkkkkkkkkkkkk.
    No começo achei que você ia meter uma piada que ia ser um mal-entendido e o cara limpou o carro dele, fiquei surpreso por ele ser um assassino mesmo.
    Que equipe de resgate 10/10 kkkkkkkkkk.
    Piada da cabana kkkkkkkkkk.
    Careca doidão kkkkkkkkkkkk.
    Todo um trabalho para não fazer barulho e ele vai se joga kkkkkkkkkk.
    Estava tudo dando certo, tinham sido resgatados, mas no final o Gary se ferrou de novo e quase morreu kkkkkkkkkk.
    Quando o Gary ia marcar um gol, ele percebeu que a Nemona joga no mesmo time que ele kkkkkkkkkkkkkk.
    Pelo menos ganhou uma amiga, mas se não ficar esperto ela vira cunhada rapidinho.
    O Ash está mudando kkkkkkkkkkkkkk.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado pelo comentário hahaha
      Sim, o Ash está mudando! Vai entrar em pane daqui uns capítulos

      Excluir
  4. Mais alguém pegou a referência de todo mundo em Pânico?

    ResponderExcluir

Postar um comentário